Como candidata recém-filiada ao partido, Marina Silva está tendo a autoridade que faltou a Sarney, há quase 30 anos, como presidente da República. Ao contrário de Sarney, que se sentiu praticamente um intruso no PMDB, Marina se sentiu, nas primeiras horas do PSB, legitimada a comandar sua própria campanha.
Ou seja, na hora de exercer seu papel, Marina mostrou que, de frágil, só tinha a fama e a delicadeza. E com delicadeza vai moldando a campanha que, em último caso, é da responsabilidade dela.
E Marina responde tudo na lata, uma vantagem estupenda sobre seus adversários, que demoram dias para responder sobre aeroportos, e anos, sobre faxina, sem conseguirem explicar nada.
Quem conhece a candidata do PSB na intimidade conta que ela é teimosa como Dilma, autoritária como Dilma.
A esta altura, já nem sei se isso é tanto defeito.
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