Presidenciável afirmou que é necessário fundar um novo pacto social e político
O ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), lembrou do ex-ministro Fernando Lyra ao fazer os cumprimentos durante discurso no ato de transmissão de cargo, nesta segunda-feira (04), no Palácio do Campo das Princesas. O socialista destacou que gostaria de ter Fernando Lyra nesse momento.
Campos lembrou também que há 50 anos Miguel Arraes, seu avô, saiu conduzido pelos militares e que saiu pela porta da frente, como ele está fazendo ao deixar a gestão de Pernambuco, após dois mandatos.
O presidenciável proferiu um trecho do discurso de 2006, ano em que assumiu o primeiro mandato, no qual ele afirmou que iria começar um tempo novo, “onde os que estavam acostumados a perder vão começar a ganhar”.
Eduardo Campos agradeceu à família e chorou ao falar da mulher Renata Campos e de Miguel, seu filho caçula. “A eles todo o meu agradecimento”, declarou.
Campos ainda afirmou que é necessário fundar um novo pacto social e político. Ele também agradeceu à Magdalena Arraes, sua avó.
O presidenciável disse que ao seu lado sempre um amigo João Lyra Neto e afirmou que tem certeza que o atual governador vai concluir as obras que ficaram e que fará outras também.
Campos ressaltou as conquistas de Pernambuco, afirmando que o Estado cresceu a índices superiores aos do Nordeste e do Brasil e que a desigualdade diminuiu. Ele citou a criação do Pacto pela Vida – programa que visa diminuir os índices de violência -, e dos hospitais.
O socialista, que deixou o governo para poder concorrer a presidente nas eleições de 2014, lembrou das histórias libertárias de Pernambuco e que em 1º de abril a Praça da República amanheceu repleta de militares.
Em seu discurso, Campos não deixou de fazer críticas e disse que há um sentimento generalizado que o País parou de melhorar, ainda mais na comparação com outros países. Ele destacou que a juventude mostrou isso ao ir às ruas para protestar no ano passado e que as ruas foram inequívocas. “É necessário superar a velha política. Há um clamor de respostas”. Segundo Campos, não basta sair da linha da pobreza. Ele disse ainda que é preciso ter planejamento para atrair investimentos.
Emoção – Durante o ato, o poeta Antonio Marinho declamou um poema que emocionou o ex-governador Eduardo Campos. Os versos citaram Miguel Arraes, avô de Campos
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