PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

01 abril 2020

Covid-19: ministro da AGU entra em isolamento

Por G1
O advogado-geral da União, André Mendonça, entrou em isolamento ontem, por suspeita de ter contraído o novo coronavírus, informou o próprio ministro em uma rede social.
Na segunda (30), Mendonça participou de entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Luiz Henrique Mandetta. (Saúde), Walter Souza Braga Netto (Casa Civil),Tarcísio Gomes (Infraestrutura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania).
"Queridos, desde ontem manifesto sinais de possível infecção. Corpo dolorido, tosse seca, mas sem febre. Hoje fiz o teste para Covid. Pode ser apenas resultado do ritmo de trabalho, mas para prevenir eventual transmissão a outros, aguardo o resultado em casa. Sigo trabalhando", escreveu o ministro.
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 22h00 desta terça, 5.812 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país tem 201 mortos.

Bolsonaro volta a defender movimento de 64

Por O Globo
O presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais nesta quarta-feira para lembrar o aniversário do golpe militar de 1964. Ele, no entanto, disse que "não houve golpe" na data e afirmou que a chegada de Marechal Castelo Branco à Presidência obedeceu a Constituição Federal daquela época. Ele foi escolhido para comandar o Brasil por eleições indiretas para a vaga deixada por João Goulart, deposto pelo golpe. O início do regime militar naquela ocasião deu início a um período ditatorial que se estendeu até 1985. 
Na segunda-feira, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, já havia feito referência ao aniversário do golpe na ordem do dia das Forças Armadas. Para ele, o "movimento de 1964 é um marco para a democracia brasileira". A mensagem foi lida nos quarteis em comemoração ao 56º aniversário da data.
No ano passado, a celebração do golpe de 1964 causou polêmica após o presidente Jair Bolsonaro defender as "as comemorações devidas" da data. Depois, Bolsonaro afirmou que a ordem havia sido para "rememorar" e "rever o que está certo e o que está errado". A ordem do dia do ano passado, também assinada por Azevedo e pelos três comandantes, tinha semelhanças com a desse ano, como o destaque do contexto da Guerra Fria e o elogio à Lei da Anistia.

Justiça Federal libera igrejas e lotéricas

Por Reuters
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União e liberou a vigência de um decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro que colocava igrejas, templos religiosos e casas lotéricas como serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, o que significa que eles podem funcionar.
A decisão também derrubou a proibição de que o governo federal e o município de Duque de Caxias (RJ) se abstivessem de adotar qualquer estímulo à não observância do isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde, assim como o pleno compromisso com o direito à informação e o dever de justificativa dos atos normativos e medidas de saúde, sob pena de multa.  
Em sua decisão, o presidente do TRF-2, desembargador Reis Friede, afirmou que a Justiça de primeira instância havia usurpado anteriormente as competências do Legislativo e do Executivo e que existe ainda um perigo de ela perdurar.
"Isso porque a retirada das unidades lotéricas da lista de serviços e atividades essenciais acarretaria, na prática, a possibilidade de seu fechamento por decisão de governos locais, gerando o aumento do fluxo de pessoas nas agências bancárias tradicionais, implicando em aglomerações indesejadas no momento atualmente vivido pela sociedade brasileira", disse o desembargador.

Números da Covid-19 no país podem ser maiores

Por TV Globo
A quantidade de testes em pessoas com suspeita da Covid-19 ainda é insuficiente no Brasil. Por esse motivo, muitos especialistas acham que as taxas de contaminação e de mortalidade podem ser maiores do que os números oficiais.
A empresária Maristela Duarte Andreoli vive o luto pela perda do marido. Carlos Eduardo, de 59 anos, morreu na última sexta (27) depois de apresentar tosse, cansaço e comprometimento dos pulmões. O resultado do exame de Covid-19, feito há uma semana, ainda não saiu.
“Eu fiz o enterro dele no sábado e eu já me senti mal. Eu não tenho o resultado, só tenho o resultado que eu e ele não tivemos a influenza. H1N1 saiu na hora, mas o do corona, não”, contou.
Existem dois tipos principais de testes para o novo coronavírus. O mais preciso é o RT-PCR: amostras de secreção do nariz e garganta são coletadas com uma haste flexível.
A análise demora pelo menos 12 horas e detecta, com 90% de certeza, se o vírus está ativo, mesmo em pacientes que começaram a apresentar sintomas há apenas um dia.
“Esse é principal teste, o teste ouro. É um teste de difícil execução, precisa de profissional treinado, precisa de máquina específica, precisa de um kit específico, precisa desenvolver o método. Só que o teste não está muito disponível. Teve uma alta demanda e a maioria dos laboratórios não estão conseguindo entregar o teste”, explicou Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, médico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica.
Só em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz, o único que atende a rede pública do estado, tem 14 mil exames como esse esperando resultado.
O infectologista Jean Gorinchteyn diz que além da falta de estrutura nos laboratórios do país, faltam insumos.
“Exatamente produtos, reagentes que são utilizados na testagem, como também a limitação do número de pessoas, de técnicos que façam realmente a interpretação desses exames, fazendo com que haja um retardo no fornecimento dos resultados para as instituições hospitalares”, disse o infectologista do Hospital Emílio Ribas.
Governos do mundo inteiro também estão recorrendo a um outro tipo de teste: os testes rápidos: 500 mil kits chegaram na segunda-feira (30) da China. Eles serão analisados pela Fiocruz antes de serem distribuídos aos estados.
O teste rápido é feito com uma amostra de sangue, uma picada no dedo. Em dez minutos, ele detecta os anticorpos que o organismo produz para se defender do novo coronavírus. Mas, como esse tempo varia de pessoa para pessoa, o teste é indicado apenas a partir de sete dias depois do início dos sintomas. IgM indica que a pessoa está doente. IgG, que já teve a doença.
“Isso é uma ferramenta para o sistema de saúde saber como administrar dinâmica populacional intensa em movimento”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Atualmente o Ministério da Saúde recomenda que sejam testados apenas pacientes internados e profissionais da saúde. O ministro disse que o governo pretende fazer o exame PCR, mais preciso, num esquema de drive-thru.
“Nós fechamos o contrato com um pool de laboratórios privados. Vamos fazer os ‘check points’, que as pessoas chamam de drive-thru. A gente faz a logística e centraliza isso tudo em São Paulo e no Rio. Em 24 horas a gente devolve no aplicativo para a pessoa e para o sistema de saúde. Esse teste sim, esse é o que nós vamos levar quase como um mantra nosso, pra gente saber a velocidade de propagação. E o outro, nós vamos usar muito pra saber em qual velocidade de percentual da população que tem anticorpo”, explicou Mandetta.
Vendo os casos aumentarem e sem saber exatamente o número total de pessoas com o novo coronavírus, municípios de várias partes do país resolveram comprar kits por conta própria. No estado de São Paulo, as sete cidades do ABC anunciaram que vão adquirir um milhão de testes rápidos, o suficiente para realizar testes em 36% da população. Já Niterói, no Rio de Janeiro, quer ser o primeiro município do país a fazer testes em massa.
A cidade com quase 20% da população acima de 60 anos, vai receber esta semana 40 mil testes importados dos EUA. A ideia é identificar as pessoas contaminadas, isolar os infectados e minimizar a propagação do vírus.
“Quando eu exerço esse poder dos testes de ajudar, de apoiar as autoridades de saúde a criar estratégias de bloqueios, muitas vezes até mais efetivos, eu também permito aquele achatamento, uma progressão mais lenta do número de casos, bem como o número de casos graves que acabam impactando nos hospitais”, defendeu Jean Gorinchteyn.

Parlamentares repudiam fala de Mourão sobre golpe

Do DCM - Diario do Centro do Mundo
No dia que o golpe militar no Brasil completou 56 anos, na terça-feira (31), o vice presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), usou suas redes sociais para fazer explícita defesa da ditadura. “As FA [Forças Armadas] intervieram para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições”, escreveu o vice. A partir de seus perfis, políticos de diferentes partidos repreenderem a postura do Governo, declarando repúdio à manifestação.
“Há 56 anos o Brasil era açoitado pela face cruel da ditadura militar. Por isso, apesar de estarmos tendo nossas vidas e nossos sonhos novamente atacados pelo autoritarismo, neste 31 de março exalto a nossa democracia. A liberdade é o nosso maior patrimônio e um bem inegociável”, disse o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), referindo-se à publicação de Mourão.
“Generais amanheceram com saudades da ditadura (ou seja, da censura, da violência de Estado e do arbítrio político) tentando reescrever a história. Dedico esse trecho do discurso de promulgação da Constituição de 1988 aos golpistas de ontem e de hoje”, disse Camilo Capiberibe (AP), inserindo o vídeo em que o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães (MDB), franco opositor ao regime imposto pelos militares, afirma que “Traidor da Constituição é traidor da Pátria”.
Lídice da Mata (PSB-BA) acompanhou o discurso do colega. “Marco histórico? Só se for para lembrar que foi, sim, golpe; um período nefasto, com perseguições, censura, mortes e quebra da democracia. O Brasil não vai aceitar”, declarou a deputada.
Eleita pelo PT, a deputada Maria do Rosário (RS) preferiu responder diretamente à Mourão. “Resposta para um futuro com memória, verdade e justiça! Não, general. 1964 não foi uma democracia. É o marco de uma ditadura que envergonha o Brasil. Aliás, sua versão dos fatos é tão vergonhosa quanto é imoral que as Forças Armadas tenham produzido torturadores e assassinos. Basta disso”, defendeu.
Já Carlos Veras (PT-PE) aproveitou a oportunidade para afirmar que a democracia permanecerá, apesar dos desejos autoritários do atual presidente da República. “56 anos do golpe militar. Constituição rasgada. Congresso fechado. Cassação de direitos. Tortura e execução como política de Estado. Eles tentam, mas não mudarão a história. Neste 31 de março, exaltamos a democracia. Apesar de Bolsonaro, amanhã há de ser outro dia!”, declarou.
Líder da minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também demonstrou sua rejeição em uma postagem direta. “Autoritarismo, assassinatos, covardia. O golpe de 1964 marcou a história do país como um tenebroso período. Quem apoia um dos maiores ataques à vida humana que já ocorreram, não está apto a viver em sociedade. Temos ódio e nojo à ditadura, e sempre teremos!”, afirmou.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) declarou que a data histórica precisa, de fato, ser lembrada, para que não seja esquecida. “Ditaduras sempre são abjetas. O dia 31 de março de 1964 marca a data de início de um período sombrio de nossa história, não podemos deixar que o golpe militar e a ditadura sejam esquecidos, temos que lembrar para não deixarmos que isso se repita”, definiu.
Colegas de Partido, Glauber Braga (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP) aproveitaram o momento para fazer diferentes cobranças a Jair Bolsonaro. “Há 56 anos o Brasil sofria um duro golpe. Parte dos generais do atual governo não tem vergonha de celebrar a data, insistindo em falsas versões da história e desrespeitando as vítimas da ditadura. Fazem isso apoiados na figura do presidente, que sempre preferiu comemorar a morte”, disse Braga, referindo-se às inúmeras polêmicas envolvendo o presidente e seus filhos.
Já Valente preferiu cobrar a sanção presidencial do projeto que garantirá o pagamento a trabalhadores de baixa renda durante o período de calamidade decretado em razão da Covid-19. “Que tal o governo parar de saudar milicianos, torturadores e ditadores… e pagar logo os R$ 1.200 para as famílias vulneráveis diante da pandemia do coronavírus?”, questionou.
Esta foi a mesma cobrança feita pelo líder da Minoria da Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). “Ele exalta a ditadura enquanto muitos passam fome. Ele legitima o golpe militar de 64 enquanto o coronavírus ceifa vidas. 56 anos depois, o povo sofre um novo golpe. Cadê a renda básica emergencial aprovada pelo Congresso, Bolsonaro?”, disse, em cobrança à sanção do PL

CGJ-PE: cartórios funcionarão todos os dias

Por G1 PE
A Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) publicou, ontem, um documento que regulamenta os serviços dos cartórios de registro civil de pessoas naturais de Pernambuco, durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o órgão, todos os estabelecimentos do estado precisam funcionar diariamente, para atendimento ao público.
Os serviços são realizados das 8h às 15h. De acordo com a orientação da CGJ, das 8h às 12h, o atendimento é voltado à emissão de certidões de nascimento e de óbito, bem como a realização de casamentos via teleconferência e outros serviços.
Das 12h às 15h, os cartórios de registro civil farão, exclusivamente, a emissão de certidões de óbito. As serventias extrajudiciais de notas e protestos permanecem em regime de trabalho remoto, ficando autorizado o atendimento presencial em casos urgentes.
A decisão publicada pela CGJ também determina que as pessoas incluídas no grupo de risco, que trabalham nos cartórios, deverão atuar em regime de trabalho remoto, "competindo aos delegatários estabelecer metas funcionais, monitorar seus atingimentos, relatar quais as pessoas que estão nessa situação e expedir relatório semanal à Corregedoria Auxiliar do Extrajudicial".


Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato com a CGJ de Pernambuco pelo e-mail corregedoria@tjpe.jus.br ou pelo telefone (81) 3182.0605. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

PE: governo anuncia corte de gastos de R$ 136 milhões

Por G1 - PE
O governo de Pernambuco anunciou um corte de gastos de R$ 136 milhões, que vai vigorar até o fim de 2020. A medida, que começa a valer na sexta (3), pretende amenizar os impactos causados pelo novo coronavírus. Em abril, a estimativa de perda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) chega a 31%. A meta é direcionar o valor economizado para a saúde.
Segundo o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, os cortes atingem diversas áreas. O governo planeja reduzir em 50% os gastos com materiais de almoxarifado, 50% das despesas com combustível (exceção ao que é gasto pela Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria Estadual de Ressocialização), bem como 50% do consumo com energia elétrica e com bens de consumo (café e papel).
Além dos cortes, o governo planeja mais redução de despesas. De acordo com Padilha, está suspensa a celebração de novos contratos, com exceção das relacionadas ao combate do coronavírus.
Perdas
Mesmo com o anúncio dos cortes, o secretário Décio Padilha se mostrou preocupado com a situação econômica de Pernambuco e dos demais estados. Segundo ele, um dos problemas é a perda de arrecadação.
De acordo com Décio Padilha, mais de 70% da arrecadação do governo vem do ICMS, que é um tributo que incide sobre o consumo.
"Pernambuco arrecada 1,4 bilhão, por mês, com o ICMS, que dá 18 bilhões por ano. Com essa arrecadação desaparecendo, qual o dinheiro que vai cobrir isso?", questionou.
Saúde
Outro ponto é o aumento dos gastos, especialmente, com saúde. Segundo o secretário, a previsão de Pernambuco era gastar R$4 bilhões, na área, este ano.
Mas, devido à pandemia do novo coronavírus, o gasto deve saltar pelo menos mais R$880 milhões, de acordo com cálculos preliminares da Secretaria Estadual da Fazenda.
O cenário, por causa disso, é muito preocupante, na visão de Padilha, que também reclama da falta de debate sobre a situação econômica dos estados com a crise.
"Na hora em que os estados não tiverem mais o ICMS, eu pergunto a você: quem é que vai pagar, R$152 milhões, em um só num dia, em cima de respiradores, leitos e de EPIs, como fizemos ontem [segunda (30)]? Da onde vai vir esse dinheiro? A sociedade tem que fazer essa pergunta, porque parece que existe outra forma de produzir dinheiro. Não tem", afirmou.
Propostas
Para o secretário da fazenda de Pernambuco, é necessária uma ação rápida e coordenada, que aconteça em menos de 20 dias.
"A pergunta que a gente faz para a sociedade: quem é que vai prover os hospitais? Quem vai prover os medicamentos? Quem vai prover os recursos necessários para a segurança? Estou falando da coisa mínima, básica da sociedade, que é saúde e segurança. Se a gente não tiver um discurso sério disso, esse país pode estar em maus lençóis daqui a 20 dias, numa situação irreversível", declarou.
Para evitar que os estados sofram ainda mais, Décio Padilha afirma que levará a discussão para o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz), do Ministério da Fazenda, na qual pretende formular uma proposta ao governo federal.
As ações seriam montadas a partir de algumas questões, segundo Padilha. "Uma operação internacional de crédito, coordenada pelo governo federal, e o FMI (Fundo Monetário Internacional), juntando Banco Interamericano, Banco Mundial e Banco dos Brics, para emprestar US$ 100 bilhões de dólares para os 27 estados e para a União", disse.
Ainda segundo ele, os estados e a União teriam um longo tempo para pagar o valor de volta aos bancos, com os juros devidos. "Esses US$ 100 bilhões entrariam para se pagar em 20 anos, com carência de dois anos. É a única forma de trazer dinheiro novo para sobreviver", declarou.

20 março 2020

Sobem para 28 os casos confirmados do novo coronavírus em Pernambuco

Os pacientes dos seis novos casos são residentes no Recife, Jaboatão e Rio de Janeiro, que estava de passagem pelo Estado
Coronavírus
CoronavírusFoto: Reprodução/Google
Nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados do novo coronavírus subiu de 22 para 28 em Pernambuco. Os pacientes dos seis novos casos são residentes no Recife (4), Jaboatão (1) e Rio de Janeiro (1), que estava de passagem pelo Estado. Os dados fazem parte de boletim divulgado na tarde desta quinta-feira (19) pelo Governo do Estado.

Ao todo, Pernambuco registrou 508 notificações, com 166 descartes, 311 ainda em investigação e três casos prováveis, ou seja, pacientes que apresentaram sintomas semelhantes aos da Covid-19 e tiveram contato com pessoas com diagnóstico confirmado.

Por meio da assessoria de Imprensa, o Governo do Estado informou que vai instituir um fundo para receber doações em dinheiro. Os recursos serão geridos por um comitê e utilizados para aquisição de insumos hospitalares e equipamentos para atendimento das pessoas doentes.
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O secretário estadual de Saúde, André Longo, destacou durante a coletiva que as medidas restritivas aplicas pelo governo e prefeituras é no intuito de diminuir a velocidade de chegada da epidemia no Estado. "É muito importante que a gente tenha um cuidado especial com os idosos, pois estão entre as mais vulneráveis ao novo coronavírus. Eles devem ter um maior isolamento social e evitar sair de casa desnecessariamente. Todas as pessoas, sejam jovens, adultos ou crianças, devem trabalhar no sentido de proteger essas pessoas idosas", disse.

Na última terça (17), o Estado confirmou a primeira ocorrência de transmissão comunitária, quando não é identificada a origem da contaminação. O paciente foi uma pessoa com histórico de viagem para o Sul do Brasil. Dessa forma, Pernambuco entrou na fase de mitigação com o objetivo de evitar casos graves e mortes. A partir de então, a notificação e detecção de casos de covid-19 ocorrerá por meio da vigilância dos casos internados que atendem à definição de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), assim como já é realizado para influenza.

Após denúncias de que estaria faltando insumos, como máscaras e álcool gel, nas unidades hospitalares, o secretário estadual de Saúde disse que a SES iniciou processo de compra emergencial de equipamentos de proteção individual e todos os profissionais estão sendo orientados pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). “Não estamos medindo esforços para garantir os insumos e os equipamentos necessários para isso. Não há relato de falta de materiais nas nossas unidades referência para o atendimento de pessoas infectadas pela covid-19 e estamos trabalhando para manter os estoques", disse Longo.

Ainda segundo o secretário de saúde, foi iniciada a requisição de materiais em distribuidoras para que evitem o atraso nas entregas. "Ressaltamos que não é momento de paralisações, mas sim de união e solidariedade, e iremos contar com todos os profissionais de saúde de Pernambuco neste momento”, pontua André Longo.

Pré-candidato a vereador Dr. Luís Braz de filia ao PP


Deputado Gonzaga Patriota propõe o uso dos recursos do fundo eleitoral para combate ao novo coronovírus

Clipping
O Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE) protocolou na Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (18/03), uma Emenda solicitando o cancelamento dos mais de 2 bilhões de reais, que seriam destinados a financiar a campanha política deste ano, conhecido como “Fundão Eleitoral”, e a soma deste valor à Medida Provisória nº 924/2020, que trata do Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública, para combate ao Novo Coronavírus.
Com os 5 bilhões já autorizados no último dia 13/03, nesta Medida Provisória destinada ao combate ao Novo Coronavírus, adicionado ao valor que já está aprovado e destinado ao financiamento público da eleição deste ano, serão cerca de 7 bilhões de reais destinados exclusivamente ao financiamento de ações para o enfrentamento desta nova pandemia, que está chegando com muita força ao Brasil.
O valor que o parlamentar quer ver cancelado se destina à confecção de santinhos, alugueis de comitês, combustível para carros de som, contratação de agências publicitárias, cabos eleitorais, etc. Para Gonzaga Patriota, a prioridade é o combate ao Novo Coronavírus, e o momento que o país está atravessando na luta contra essa pandemia mundial requer esforço de toda a sociedade.
“O vírus é extremamente potente e de fácil proliferação, e não há que se pensar em destinar recursos públicos, oriundos do suor do trabalho do contribuinte brasileiro, para financiar campanhas políticas, ao tempo em que é notória a necessidade urgente de mobilização de profissionais de saúde e aquisição de equipamentos voltados à assistência e tratamento dos doentes, principalmente o aumento de leitos de UTI”, justificou Gonzaga Patriota.

TRATAMENTO - CONTRA O CORONAVÍRUS, CIENTISTAS APOSTAM EM REMÉDIO QUE TRATOU A MALÁRIA

Enquanto laboratórios correm para desenvolver medicamentos biológicos e outras terapias de última geração, uma droga da década de 1940 é a aposta dos Estados Unidos para tratamento de pacientes de Covid-19. A cloroquina, remédio originalmente desenvolvido para malária, pode receber o aval da Food and Drug Administration (FDA), o órgão de vigilância sanitária norte-americano, para a nova indicação. Ao menos três estudos científicos indicam a ação da substância tanto em laboratório quanto em pacientes humanos. Um deles, inclusive, sugere que ela pode prevenir contra o novo coronavírus.

O presidente Donald Trump chegou a dizer aos jornalistas, ontem, que a droga já estava aprovada para tratar pacientes de Covid-19. “Poderemos disponibilizar esse medicamento quase imediatamente. Já passou pelo processo de aprovação, foi aprovado. Reduziram muito o tempo, muitos meses”, afirmou. Porém, ele foi corrigido por Stephen Hahn, comissário de alimentos e medicamentos da FDA pouco depois. Hahn esclareceu que a cloroquina está sendo testada, entre outros remédios, pelo órgão. Mas ressaltou a prioridade à substância. “Essa é uma droga que o presidente nos ordenou a examinar mais de perto.”

O extrato da cloroquina, substância retirada da casca de uma árvore, era usado por indígenas peruanos para tratar febre no século 16. Por destruir o Plasmodium falciparum, protozoário causador da malária, passou a ser usada com esse fim quando foi introduzida na Europa. O medicamento foi substituído por drogas mais potentes, porque o patógeno se tornou resistente, mas vem sendo testado como antiviral, quando associado a outros medicamentos. Para HIV e hepatite C, a substância não demostrou atividade. Porém, testes in vitro (no laboratório) com a cloroquina mostraram que a substância “é altamente efetiva” no controle da infecção, segundo um estudo do Instituto de Virologia de Wuhan — a cidade chinesa onde a pandemia começou — publicado na revista Nature Cell.

O medicamento foi testado também em pacientes com Covid-19 na China, na Coreia do Sul, no Japão e na Austrália. Há uma semana, pesquisadores da Universidade de Columbia publicaram, on-line, um apanhado sobre resultados obtidos pelos dois primeiros testes em pessoas infectadas. O estudo informa que “o uso de tabletes de cloroquina está mostrando resultados favoráveis em humanos infectados com o coronavírus, incluindo tempo mais rápido de recuperação e internações mais curtas”. Além disso, os autores citam um estudo do Centro de Controle de Doenças norte-americano (CDC) segundo o qual “a cloroquina tem um potencial forte como medida profilática (preventiva) contra o coronavírus em laboratório, enquanto esperamos pelo desenvolvimento de uma vacina”. O teste do CDC foi feito em células de primatas não humanos.

Um terceiro estudo indicou que, combinada ao antiviral remdesivir, a cloroquina inibiu a ação do Sars-Cov-2 in vitro. “Além da atividade antiviral, a cloroquina tem uma atividade imunomoduladora, o que pode sinergicamente elevar o efeito antiviral in vivo. A cloroquina é uma droga segura e barata que tem sido usada por mais de 70 anos e, portanto, é potencialmente aplicável clinicamente contra o Sars-Cov-2”, concluíram os pesquisadores da Universidade de Qingdao, em um artigo publicado na revista BioScience Trends.

Curso encurtado

O artigo cita 15 estudos clínicos, feitos em pacientes de Covid-19, em mais de 10 hospitais em Wuhan, Jingzhou, Guangzhou, Pequim, Shangai, Chongqing e Ningbo. “Até agora, resultados com mais de 100 pacientes demonstraram que o fosfato de cloroquina é superior ao tratamento de controle, inibindo a exacerbação da pneumonia, melhorando os pulmões nos exames de imagem, promovendo uma conversão vírus-negativo (o que demonstra a ausência viral no organismo), e encurtando o curso da doença”, destacou o trabalho.

Contudo, trata-se de pesquisas feitas com números pequenos de pacientes, e em ambientes monitorados por profissionais de saúde. Usar o medicamento inadvertidamente pode trazer mais prejuízos do que a própria infecção viral. “A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda que nenhuma medicação, como lopinavir-ritonavir, cloroquina, interferon, vitamina C, corticoide etc., seja usada para tratamento de pacientes com Covid-19 até que tenhamos evidência científica de sua eficácia e segurança”, ressalta, em nota, a SBI. “Algumas delas, como o corticoide, já demonstraram que podem piorar a evolução de outras viroses respiratórias, como na gripe. Essa recomendação pode mudar à luz de novos conhecimentos científicos, especialmente porque vários estudos clínicos estão em andamento.”

Vacina em até 18 meses

As multinacionais da indústria farmacêutica se comprometeram, ontem, a dispor de uma vacina contra a Covid-19 entre 12 e 18 meses. Dezenas de ensaios clínicos estão em andamento para ajustar kits de detecção menos caros e mais precisos, assim como um tratamento ou uma vacina capaz de combater o coronavírus. No entanto, os laboratórios alertam que tanto produtores quanto as autoridades de controle não podem comprometer a segurança de uma potencial vacina e, portanto, não se pode acelerar o cronograma de ensaios clínicos e o estudo dos resultados.


Fonte - Agência Brasil 

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