Entre os que rejeitaram Haddad e Bolsonaro, reprovação à conduta de Moro chega a 60%.
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Folha de S. Paulo - Coluna Painel Por Daniela Lima
A maioria dos eleitores que preferiu não escolher um lado na polarizada disputa presidencial de 2018 reprova a interação do ex-juiz Sergio Moro com investigadores da Lava Jato, revela o Datafolha.
O contingente não é desprezível. Somados, votos brancos, nulos e abstenções superam 40 milhões, cerca de 30% do total do eleitorado.
Nesse grupo, 60% classificam a conduta do hoje ministro como inadequada e 62% dizem que eventuais irregularidades são graves e devem levar à revisão de decisões.
Demanda por medicamentos à base de canabidiol em alta. 2019 deve bater recorde em número de pacientes autorizados.
Consultas públicas da Anvisa sobre cultivo de maconha vão até 21 de agosto Foto: Fábio Seixo/6-10-14
Época - Por Guilherme Amado
O número de pacientes autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar medicamentos à base de canabidiol — composto da maconha com efeitos terapêuticos — deve bater recorde em 2019.
Nos cinco primeiros meses do ano, 1.470 pacientes obtiveram a permissão, número maior do que todo o ano de 2017. Se o ritmo se mantiver, ao fim de 2019 serão 3.528.
No ano passado, foram 2.371 em todo o ano. Em 2017, foram 1.392.
A primeira empresa a receber o aval da Anvisa para importar esses produtos, a HempMeds Brasil, subsidiária da americana Medical Marijuana, afirma que sua demanda cresceu 254% nos últimos cinco anos.
A Anvisa abriu consulta pública sobre a regulamentação do plantio da cannabis . O prazo para contribuições da sociedade vai até 21 de agosto.
Datafolha mostra elo de aprovação a Moro com o bolsonarismo.
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Folha de S. Paulo - Coluna Painel Por Daniela Lima
Somos um Os dados reforçam a percepção de que a avaliação positiva da atuação de Sergio Moro está atrelada ao bolsonarismo. Os eleitores do presidente —ele venceu a disputa com 55% dos votos válidos— são os que mais dão suporte aos atos do ex-juiz.
Persona non grata Entre os que optaram por Fernando Haddad (PT), o índice dos que veem a conduta de Moro junto aos procuradores como inadequada chega a 80%. No grupo dos que votaram no petista, 83% não descartam a revisão de decisões do ex-juiz diante de eventuais irregularidades e 66% acham que Moro deveria deixar o governo.
Meu pessoal Já entre os que votaram em Bolsonaro, quase metade (48%) diz, diante da exposição de conversas com bastidores da Lava Jato, que Moro agiu corretamente. Outros 39% tratam a conduta como inadequada e 13% dizem não saber opinar.
Bolsonaro fala em reeleição para entregar "país melhor" em 2026. Intenção contraria discurso de campanha, quando o então candidato falou ser contra disputar um novo mandato.
Presidente Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa Foto: Marcos Correa / Agência O Globo
O Globo
Aos gritos de "mito", o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso no palco de uma festa junina no Clube Naval em Brasília, na noite deste sábado, em que voltou a falar de reeleição. Bolsonaro disse que deixará um país melhor a quem o suceder em 2026. O atual mandato do presidente termina em 2022.
A intenção de disputar novamente a Presidência, que ele já havia manifestado recentemente em agenda no interior de São Paulo, contraria discurso de campanha, quando o então candidato falou ser contra a reeleição.
— Pegamos um país quebrado, moral, ética e economicamente, mas se Deus quiser conseguiremos entregá-lo muito melhor a quem nos suceder em 2026 — afirmou o presidente.
Bolsonaro disse que não há "nenhuma acusação de corrupção" em seu governo:
- Aquilo que parece que estava fadado a fazer parte da nossa história, ficou para trás.
Votação da Previdência atropela medida provisória que aceleraria abertura de empresas.
Paulo Guedes, ministro da Economia
Folha de S. Paul - Coluna Painel Por Daniela Lima
A equipe econômica já foi informada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que a medida provisória 876, com iniciativas que reduzem o tempo de abertura de empresas, vai caducar.
A proposta vence na quinta (11) e ainda não foi votada nem na Câmara nem no Senado. A prioridade de Maia é a reforma da Previdência. A equipe de Paulo Guedes quer, então, que a medida seja convertida em projeto de lei.
A fake news do mercado de gás e o Planalto. Ministério de Bento Albuquerque precisou entrar em campo neste domingo para desmentir falso evento no Planalto.
Ministério de Minas e Energia (Divulgação/Divulgação)
Da Veja - Por Robson Bonin
Veja como o problema das fake news chega aos setores mais segmentados do governo. Em pleno domingo, o staff do ministro Bento Albuquerque, do Ministério de Minas e Energia, precisou entrar em campo para desmentir um falso lançamento relacionado ao leilão de gás que supostamente ocorreria no Palácio do Planalto no dia 10.
A nota do Comitê de Promoção da Concorrência do Mercado de Gás Natural no Brasil aos representantes do setor registra:
“Há pouco recebemos nas redes sociais uma mensagem na qual o Ministério de Minas e Energia (MME) convida empresas para participarem do lançamento do Novo Mercado de Gás (NMG), no dia 10 de julho, próxima quarta-feira, no Palácio do Planalto. No âmbito do Comitê de Promoção da Concorrência do Mercado de Gás Natural no Brasil, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e Ministério da Economia, informamos que tal mensagem é Fake News. Não há qualquer evento (relativo ao NMG) agendado para o próximo dia 10/7.”
Com Mineirão como palco, Brasil e Argentina disputam uma vaga na final da Copa América 2019
Poderia ter sido a final dos sonhos, mas o destino quis que Brasil e Argentina medissem forças nas semifinais pela primeira vez na história da Copa América, em um duelo de gigantes sul-americanos. O palco do combate desta terça-feira, a partir das 21h30, será o Mineirão, onde a Seleção Brasileira sofreu sua maior derrota, o 7x1 para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Mas foi lá também que a Canarinho venceu por 3x0 a Alviceleste nas eliminatórias para a Copa da Rússia-2018.
O Brasil nunca perdeu uma Copa América como anfitrião e a torcida exige que esta estatística seja mantida. Já a Argentina, que não vence o torneio desde 1993, terá a oportunidade de ferir o eterno rival, mas precisará que Lionel Messi mostre seu futebol.
De acordo com a Fifa, seriam na verdade 105 clássicos, com 41 vitórias brasileiras e 38 argentinas, além de 26 empates. A Argentina soma 14 troféus continentais, contra 8 do Brasil.
"É difícil dizer quem é favorito quando se joga um Brasil e Argentina, eles são os anfitriões, que têm que se provar para sua torcida, que têm um projeto mais longo, são jogadores que vêm com o mesmo técnico, a mesma ideia, mas é uma partida equilibrada", analisou Messi.
O Brasil chega às semifinais sem ter sofrido um gol sequer em quatro jogos, mas, apesar da goleada por 5x0 sobre o Peru na última partida da fase de grupos, tem sofrido para balançar as redes adversárias. Nas quartas de final, não conseguiu superar o bloqueio defensivo do Paraguai e só alcançou a vaga nos pênaltis (4x3).
Já a Argentina começou tropeçando na Copa América, perdendo por 2x0 para a Colômbia e empatando em 1x1 com o Paraguai. Em seguida, ressuscitou na competição com uma vitória por 2x0 sobre o Catar e venceu a Venezuela pelo mesmo placar nas quartas.
Sem Neymar, fora por lesão, o Brasil viu surgir Everton "Cebolinha", atacante do Grêmio, que se tornou o xodó da torcida e a principal arma ofensiva da equipe de Tite, jogando no ataque ao lado de Firmino e Gabriel Jesus.
Casemiro voltará ao meio de campo da Seleção após cumprir suspensão e a única dúvida na equipe é o lateral-esquerdo Filipe Luís, que se queixa de dores na perna e poderia ser substituído por Alex Sandro. Richarlison já se recuperou da caxumba que o tirou do duelo contra o Paraguai e estará à disposição para o confronto com os argentinos.
Messi sumido E se o Brasil sente a falta de Neymar, na Argentina o craque Lionel Messi ainda não deu as caras nos campos brasileiros. O próprio jogador culpou em parte o estado ruim dos gramados por suas atuações apagadas, mas admitiu que não está em suas melhores condições. "A verdade é que não estou fazendo minha melhor Copa América, mas são jogos que acontecem assim", lamentou recentemente Messi.
Em sua "ausência", quem vem assumindo a responsabilidade é o jovem atacante Lautaro Martínez, da Inter de Milão. "Estamos mostrando que em cada jogo damos tudo de nós", declarou Lautaro. Mas ninguém subestima Messi. "É claro que todo cuidado é pouco para uma equipe com o melhor jogador do mundo", reconhece o zagueiro Thiago Silva.
Quem também terá grande desafio neste confronto de semifinal é o técnico da Argentina, Lionel Scaloni, que sabe que uma vitória sobre o Brasil significaria um "upgrade" no raso currículo. "Acho que vai ser um jogo bonito, queremos criar dificuldades e ganhar", afirmou o treinador. Até agora, Scaloni optou por deixar Paulo Dybala como peça de reposição no banco de reservas. Talvez poderia surpreender contra o Brasil.
Nesta terça-feira, quando o árbitro equatoriano Roddy Zambrano apitar o início da partida, o Brasil espera uma Argentina ofensiva, num torneio em que as retrancas vêm estragando o espetáculo, com direito a três jogos sem gol nas quartas de final. "Não acredito que a Argentina venha para se defender, porque tem jogadores de qualidade, que atacam muito, acredito que vão partir para cima", declarou Gabriel Jesus.
FICHA TÉCNICA:
Brasil Alisson; Dani Alves, Marquinhos, Thiago Silva, Filipe Luis (ou Alex Sandro) - Arthur, Philippe Coutinho, Casemiro - Gabriel Jesus, Roberto Firmino, Everton. Técnico: Tite.
Argentina Franco Armani; Juan Foyth, German Pezzela, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico; Rodrigo De Paul, Leandro Paredes e Marcos Acuña; Lionel Messi, Sergio Agüero e Lautaro Martínez. Técnico: Lionel Scaloni.
Local: Mineirão (Belo Horizonte) Horário: 21h30 (de Brasília). Árbitro: Roddy Zambrano (EQU). Transmissão TV. Globo e SporTV
MORO QUEM? - Os filhos de Jair Bolsonaro, considerados importantes mobilizadores nas redes sociais, não divulgaram no Twitter nenhuma informação sobre a manifestação de domingo (30) nos dias que antecederam os protestos —que tinham como principal bandeira a defesa de Sergio Moro.
Em viagem com o pai para o G-20, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) praticamente só tratou de assuntos internacionais. Apenas no dia da manifestação, à qual compareceu, ele postou fotos e filmagens.
Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) desprezou o assunto. Só falou dele no dia —e, ainda assim, retuitando uma única mensagem. O senador Flávio Bolsonaro, nem isso.
Já o MBL (Movimento Brasil Livre), criticado no passado por Moro, tentou bombar o tema —foram dez mensagens às vésperas da mobilização. (Mônica Bergamo – FSP)
Ministro resiste a aceitar regras mais brandas para a aposentadoria de policiais civis e federais
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
A bancada do PSL pode registrar uma baixa de até 22 votos a favor da reforma da Previdência. A debandada seria causada pela recusa do ministro Paulo Guedes, da Economia, de aceitar destaques que beneficiariam policiais civis e federais com regras mais brandas para a aposentadoria.
Guedes resistia à ideia. Na manhã de segunda (1°), repetiu a orientação ao deputado Alexandre Frota (PSL-SP), coordenador da comissão da reforma da Previdência. “A hora não é de desidratar. É de hidratar a proposta”, diz o parlamentar.
Frota, por sinal, chegou a marcar um almoço entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para azeitar de novo a relação entre os dois. O encontro acabou desmarcado depois que o presidente Jair Bolsonaro acusou os parlamentares de quererem transformá-lo em uma rainha da Inglaterra.
Frota diz, no entanto, que o governo deve a reforma a Maia. Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro “não reúne hoje nem 50 votos na Câmara”. A reforma, se passar, será “uma obra do Rodrigo Maia [presidente da Casa]”.
Para minimizar o dano provocado pela possível retirada de estados e municípios da reforma da Previdência, parlamentares estudam a elaboração de um selo de responsabilidade previdenciária regional.
O debate se dá em torno da criação de uma lei de responsabilidade previdenciária, segundo a qual os estados seriam forçados a aprovar medidas de ajuste, sob pena de perder o direito de tomar empréstimos. Algumas delas, porém, já constam do relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP).
O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), confirmou a retirada de estados e municípios das mudanças nas regras de aposentadorias. Ainda há chance, porém, de governadores e prefeitos articularem a aprovação de uma emenda para serem reincluídos na reforma Adriano Machado -
É grave o caso - Nos cálculos de parlamentares do Nordeste, a inclusão de estados tiraria apoios a ponto de pôr em risco a reforma por 10 a 15 votos. (Daniela Lima – Folha Painel)
A aguardada oitiva do ministro da Justiça, nesta terça (2), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mobilizou a oposição.
O PT pediu que seus integrantes voltassem mais cedo a Brasília para traçar estratégia. Tentará dar a Moro tratamento mais duro do que o recebido no Senado.