O vice-presidente Michel Temer, articulador político do governo Dilma Rousseff, cobrou pressa nas nomeações de cargos do segundo escalão e empenho dos partidos aliados, principalmente do PT, para evitar uma derrota do Palácio do Planalto na votação das medidas do ajuste fiscal.
O vice-presidente defendeu em reuniões do governo acelerar a publicação das nomeações, alegando que alguns parlamentares estão "ansiosos" na semana em que começam a ser votadas no plenário da Câmara as medidas provisórias do ajuste fiscal.
Temer disse também que pediu ao PT que "se dedique por inteiro a essa aprovação" e que telefonou para "todos os ministros do PMDB" para que orientassem os deputados do partido com esse objetivo.
Na mesma linha, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez cobranças ao partido da presidente. "Se o PT não tiver acordo [sobre o tema], vai ser difícil convencer os partidos da base a acompanhá-lo", disse Cunha.
Um assessor presidencial disse à Folha que cerca de 50 cargos foram encaminhados para nomeação, dentro dos acordos fechados por Temer, mas estão demorando para serem publicados no "Diário Oficial" da União por causa de dificuldades burocráticas.