Quatro dias após a eleição e depois de muitas consultas internas, Marina Silva anunciou nesta quinta-feira (9) que o apoio a Aécio Neves (PSDB) dependerá da resposta pública que o tucano vai dar à série de sugestões definidas por ela e seu grupo. Em suma, a ex-candidata --terceira colocada com 21,3% dos votos válidos-- condicionará sua adesão ao tucano à sinalização clara de apoio a teses historicamente defendidas pela esquerda.
Carta divulgada por seus aliados traz declaração de Marina de que a posição pública de Aécio sobre esses temas será 'fundamental' em sua 'manifestação individual' sobre o segundo turno.Entre outros pontos, a ex-senadora e seu grupo querem que Aécio abandone uma de suas principais bandeiras de campanha: a redução da maioridade penal (hoje de 18 anos) para crimes hediondos.
'Não quero derrotar Dilma e o PT para colocar a mesma coisa no lugar', disse Marina a interlocutores. Seu coordenador de campanha, Walter Feldman, reforçou: 'A Marina quer ter um papel de protagonismo neste segundo turno, mas espera que o Aécio avance na direção de uma postura de nova política'. (Da Folha de S.Paulo)




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Um dia após ter ficado fora da disputa pela Presidência da República, Marina Silva (PSB) começou a calibrar o discurso e negociar o formato do anúncio de seu apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. A ex-senadora estuda a melhor maneira de se colocar ao lado do tucano sem parecer incoerente com a postura de 'nova política' que defendeu durante a campanha e enumera pontos de seu programa de governo que pedirá que sejam incorporados pela candidatura do PSDB.

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Nas conversas ontem, Marina Silva repetia, a quem quisesse ouvir, que foi 'desrespeitada' pelo PT e que não havia chance de discutir um apoio a Dilma Rousseff. 'Não dá', dizia ela, segundo relata Bernardo Mello Franco, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira.