PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

30 setembro 2015

PT e PSDB pregam irresponsabilidade econômica

Blog do Kennedy
Documento petista e proposta tucana na TV agravariam crise atual
Ao propor uma nova política econômica, o PT atrapalha o governo Dilma no seu momento mais difícil. Documento da Fundação Perseu Abramo, instituto de debates e de políticas públicas do PT, defende uma receita que já foi implementada pela presidente Dilma Rousseff e deu errado.
O documento petista pede queda dos juros. A presidente fez isso na marra no primeiro mandato e voltou a subir a taxa básica. Defende expansão de gastos públicos. Já aconteceu no primeiro mandato e deu errado.
O ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é consequência dos erros que o governo Dilma cometeu no primeiro mandato adotando a receita econômica preferida pelo PT. A destruição do superávit primário, que é a economia que o setor público faz para manter a sua dívida sob controle, foi um erro grave, que acabou com a credibilidade fiscal do país. O ministro da Fazenda está tentando consertar as besteiras do PT.
É irresponsável uma entidade ligada ao partido apresentar um documento desse tipo numa hora em que é preciso votar no Congresso vetos presidenciais que barram o aumento do rombo nas contas públicas. Transmite sinal de oportunismo aos demais partidos aliados.
O ex-presidente Lula deveria impedir atitudes assim, mas faz um jogo duplo perigoso. Quando governou, Lula implementou um ajuste fiscal mais duro do que o proposto por Levy. Propôs reformas ao Congresso que resultaram na expulsão de petistas do partido. Agir com responsabilidade fiscal foi o que abriu espaço no orçamento para a realização de políticas públicas importantes, como o Bolsa Família e o crédito consignado.
Essas políticas, chamadas na época de válvulas de escape, só foram possíveis porque havia um pilar fiscal consistente. Até na crise de 2008 e 2009, o governo Lula fez superávit primário. Foram 3,4% de superávit primário em relação ao PIB em 2008, o ano da crise econômica internacional. Em 2009, 2% do PIB, um esforço maior do que o governo realizou em 2013. No ano passado, houve déficit primário, queda de 0,6%. Para este ano, a meta foi reduzida para 0,15% e não deverá ser cumprida.
Para o ano que vem, havia previsão de déficit primário de 0,5%, mas o governo diz que vai perseguir um superávit de 0,7% do PIB, que é nada na comparação com o que país já entregou no passado recente. Se fosse levada a sério, a proposta do PT afundaria o país de vez.

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