A conta de luz ficará mais cara para os consumidores brasileiros, neste mês de julho, com o acionamento da bandeira tarifária amarela, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A alta será de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês, por causa da previsão de chuva abaixo de média e a expectativa de aumento do consumo de energia. O alerta foi publicado na sexta-feira (28).
“Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas”, afirmou a Aneel.
A previsão de escassez de chuvas e as temperaturas mais altas no país aumentam os custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. Dessa forma, é necessário acionar as usinas termelétricas, que possuem custo maior.
Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico e o preço da energia.
As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, o menor. (Com ABr)
Candidato à reeleição, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), só pode inaugurar obras até a próxima sexta-feira, dia 5, quando se encerra o prazo previsto na legislação para gestores que disputam a reeleição participarem de eventos dessa natureza. Com investimentos que somam R$ 2,5 bilhões, até o momento, João acelerou o passo para uma verdadeira maratona de entregas de obras.
Cumprindo esse cronograma, somente nos três últimos dias o prefeito inaugurou três unidades de saúde requalificadas, duas creches, uma central de capacitação para empreendedores, o Compaz Leda Alves, no Pina, seis ruas calçadas, os primeiros quiosques da orla de Boa Viagem, a milésima escadaria da sua gestão e 1,5 mil títulos de posse de terra.
Com o pé no acelerador, até sexta-feira entrega os conjuntos habitacionais da Vila Brasil I e II, evento que terá a presença do presidente Lula. Encerra essa período entregando a primeira etapa do Parque da Tamarineira, na Zona Norte da capital pernambucana. E tem mais inaugurações, entre elas o Jardim do Poço, um abrigo para idosos, uma central de formação para mulheres vítimas de violência e mais cinco unidades de saúde requalificadas, além de um conjunto de obras de encostas nos morros.
“O Parque da Tamarineira terá três praças, uma delas com o padrão da Praça da Infância; uma super quadra esportiva e academia para a Terceira Idade; pista de cooper; um jardim drenante que também vai ajudar na drenagem da região; e um labirinto de vegetação para as crianças, com o plantio de 140 novas árvores e fonte interativa”, comentou João em suas redes sociais.
Segundo ele, a Prefeitura teve a preocupação de fazer o Parque da Tamarineira, promessa de campanha dele, preservando o patrimônio físico e cultural, sem interferir no funcionamento do hospital estadual.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, em novembro de 2024, poderia impulsionar a direita no Brasil, ou, mais especificamente, um possível retorno de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, à Presidência da República.
Em entrevista ao UOL, publicada neste domingo (30), Eduardo destacou que “se os Estados Unidos, que são o farol da região, mudarem, vai asfaltar o caminho para muita coisa”. A aproximação de Eduardo com Trump começou em 2018, antes da eleição presidencial de seu pai. Foi a partir daí que, segundo o parlamentar, a direita brasileira se uniu a expoentes da direita global, como o presidente da Hungria, Viktor Orbán. Com informações do Poder 360.
Na avaliação do filho do ex-presidente, o avanço da direita nos EUA e na Europa está vinculado à agenda verde e práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), que não atenderiam aos anseios da população. Para Eduardo, no Brasil, além da agenda verde, as pautas de costumes são o elo entre os apoiadores e Jair Bolsonaro. “O meio aglutinador [da direita global] não é o meramente econômico”, afirmou.
Eduardo também mencionou a possibilidade de reversão da inelegibilidade de seu pai com uma eventual mudança no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Com qualquer outro [ministro], será uma composição muito mais balanceada do que foi Benedito Gonçalves (…). Do que foi Alexandre de Moraes e o pessoal que não deixou meu pai nem fazer live dentro de casa”, declarou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai jogar pesado para fortalecer os pré-candidatos que apoiará nas eleições municipais de outubro. A estratégia, que passa pela intensificação de viagens pelos estados, tem dois objetivos: o primeiro é evitar o avanço dos nomes apoiados por Jair Bolsonaro e o segundo é impedir que vençam em centros importantes — que abrem a possibilidade de que a oposição e a extrema direita possam formar palanques fortes, que coloquem em risco a estratégia do petista de buscar a reeleição, em 2026.
A intensificação dos giros pelo país não é coincidência: a partir de 5 de julho, candidatos às prefeituras não podem mais participar da inauguração de obras públicas, conforme previsto na Lei Eleitoral. Isso explica por que Lula visitou oito cidades nas últimas duas semanas — apenas no Rio de Janeiro esteve duas vezes —, levando aliados aos eventos de que participou e concedendo entrevistas a rádios locais. Para esta semana, outras quatro viagens estão programadas até quarta-feira.
Mas a estratégia de Lula requer alguns cuidados. Já disse que não entrará em “bolas divididas” com as siglas que têm assento no ministério, nas cidades onde petistas disputam com PDT, PSD ou União Brasil. O foco das intervenções do presidente são aqueles que chama de “negacionistas”.
A série de viagens começou em 19 de junho. Lula foi ao Rio de Janeiro para a posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras, mas assinou também uma concessão de crédito da Caixa e do Banco do Brasil à prefeitura carioca. Eduardo Paes (PSD), que busca a reeleição, tem o apoio do presidente, que trabalha contra a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), apoiado por Bolsonaro e os filhos.
O presidente retornou ao Rio na sexta-feira e, ao lado de Paes, inaugurou obras na Favela do Aço. Lula, porém, mantém equidistância na formação da chapa na capital fluminense — o PT pleiteia a vaga, mas o prefeito quer o deputado federal Pedro Paulo, também do PSD.
Em 20 de junho, Lula esteve em Fortaleza, onde o PT tem o deputado estadual Evandro Leitão como pré-candidato. Porém, o presidente deve se isentar de conceder apoios — pelo menos explicitamente. Isso porque seu partido é adversário do PDT, que pretende lançar José Sarto, e o União Brasil — que tem ministério na Esplanada — virá com Capitão Wagner (União). Isso, porém, não impedirá que ministros se envolvam na disputa, como o da Educação, Camilo Santana, que deve abraçar a candidatura de Leitão.
No dia 21, Lula foi a Teresina e a São Luís. Na capital piauiense, pela primeira vez, o PT tem um candidato com grandes chances de assumir a prefeitura: Fábio Novo é apoiado pelo governador Rafael Fonteles, também petista. O adversário a ser batido é Silvio Mendes (União Brasil), aliado de Bolsonaro. Em São Luís, o presidente subiu no palanque com o deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), que competirá com o atual prefeito, Eduardo Braide (PSD).
Na última quinta-feira, Lula iniciou um giro por Minas Gerais para enfraquecer as movimentações do governador Romeu Zema (Novo), seu adversário declarado. Começou a andança por Contagem — onde apoia a reeleição da prefeita Marília Campos — e passou por Belo Horizonte, cuja candidatura ao comando do município deve ser a do deputado federal Rogério Correia (PT-MG). Na sequência, seguiu para Juiz de Fora, a fim de turbinar a reeleição de Margarida Salomão. Nas Alterosas, Lula ainda manifestou apoio ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), “a qualquer coisa que ele queira disputar” em 2026 — como frisou em mais uma entrevista de rádio.
Palanque
Ontem, o presidente participou do lançamento da pedra fundamental do câmpus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do câmpus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Levou uma parte expressiva do seu ministério — com ele estavam os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação), Jáder Filho (Cidades), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Laercio Portela (Secretaria de Comunicação), além do vice-presidente e ministro da Indústria Geraldo Alckmin — e abriu espaço no palanque para o pré-candidato à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos (PSol), e sua vice, Marta Suplicy. São Paulo é de vital importância para os planos de Lula e o jogo será pesado para impedir a reeleição de Ricardo Nunes — apoiado por Bolsonaro. Para o governo federal, o estado e a capital não podem ser bastiões do bolsonarismo e da extrema direita para 2026.
Nesta semana, o presidente retorna ao Nordeste, onde passará pela Bahia e por Pernambuco, mas é em Goiás, na próxima quinta-feira, que está a preocupação. Lula vai confirmar o apoio à delegada Adriana Accorsi (PT) à prefeitura de Goiânia e trabalhar para impedir que o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL) e algum candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União) avance.
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) anunciou a lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional, ou seja; os deputados federais e senadores mais influentes do Brasil. Pela quinta vez, o pernambucano Fernando Filho figura entre os destaques do levantamento.
Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades ao longo do mandato. Entre os atributos que caracterizam protagonismo no Congresso, o Departamento leva em consideração a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações, facilidade para conceber ideias, entre outras iniciativas parlamentares.
Apenas seis deputados pernambucanos estão na lista do DIAP. Desses, Fernando Filho é o único com atuação forte na região sertaneja. Para o parlamentar do União Brasil, continuar na lista dos mais influentes é um reconhecimento e incentivo para seguir defendendo pautas importantes para o desenvolvimento de Pernambuco.
“Nosso maior compromisso é com o povo pernambucano. Trabalhamos todos os dias para debater e levar soluções para as mulheres e homens de nosso estado, em especial, os que mais precisam. Estar mais uma vez na lista do DIAP é um reconhecimento que também se traduz em incentivo para seguirmos trabalhando duro pela nossa gente”, destaca Fernando Filho.
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (28), encerrando o primeiro semestre de 2024 com alta de mais de 15%. Cotado a R$ 5,59, a moeda americana chegou ao maior valor desde 10 de janeiro de 2022 (R$ 5,6742). O câmbio teve um novo dia ruim após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a criticar o Banco Central do Brasil (BC). Em entrevista à rádio O Tempo, de Belo Horizonte (MG), Lula disse que o patamar de juros no Brasil “vai melhorar” quando ele indicar o próximo presidente do BC. As informações são da Folha de S. Paulo.
Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos, afirma que isso traz receio ao mercado, que entende a fala como uma sinalização de que o novo presidente vai promover quedas forçadas na taxa básica de juros, a Selic. Ou seja, vai intervir politicamente no banco Central, que é autônomo.
Ainda no cenário doméstico, o BC divulgou um resultado negativo para as contas do setor público consolidado de maio, com o déficit primário subindo para R$ 63,9 bilhões. Além disso, o mercado repercute a divulgação do índice PCE no país, o indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e que dá dicas sobre o rumo dos juros por lá. O número recuou ligeiramente em maio para 2,6% interanual, conforme esperado pelo mercado.
Além disso, a divulgação do resultado consolidado do setor público revelou um déficit superior às projeções. Também hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,1% no trimestre encerrado em maio, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Com os resultados, o número absoluto de desocupados teve queda de 8,8% contra o trimestre anterior, atingindo 7,8 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 13%.
Nesta semana, não foi a primeira vez que as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiram nos mercados. Ontem, o presidente criticou as perspectivas de investidores e do mercado financeiro sobre uma aposta no enfraquecimento do real e em uma piora da economia brasileira.
Em uma iniciativa inédita, a Sudene, as instituições de ciência e tecnologia na região e o Consórcio Nordeste de Governadores deram o primeiro passo para criação da Rede ICT Nordeste (Redictne), com a assinatura de uma carta de intenções durante reunião realizada nesta sexta-feira (28) na capital pernambucana. O objetivo central da iniciativa é a reafirmação do papel dessas instituições, articuladas para o diálogo com os demais atores político-institucionais presentes na região, para a promoção do desenvolvimento regional.
Tornar a região competitiva, aproveitando a janela de oportunidades a partir da neoindustrialização é o que move a iniciativa.
“Esse é um momento histórico: pela primeira vez a Sudene reuniu aqueles que representam a ciência, a pesquisa e a inovação no Nordeste, para que juntos possamos pensar o Nordeste do futuro, incorporando a pesquisa ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a Nova Indústria Brasil (NIB), ou seja, agregar aqueles que têm conhecimento àqueles que estão formulando os planos para que a gente possa transformar em realidade tudo isso e mudar a vida do povo do Nordeste”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
O gestor ressalta que a melhoria na competitividade da região só pode ser alcançada a partir de investimentos em infraestrutura, avanços na educação e inovação.
Estavam presentes, na reunião, representantes de nove universidades das 20 que integram a Rede Nordeste (Rene) da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Nós temos capacidade técnico-científica de aplicação dos resultados. Não existimos apenas para preencher currículos na plataforma Lattes”, frisou a reitora Ludimilla Oliveira, Universidade Federal Rural do Semiárido, ao falar sobre a contribuição que as universidades podem dar para o aumento da competitividades regional.
De forma prática, espera-se que seja assinado um acordo de cooperação técnica com todos os integrantes da Rede em dois meses, já com a definição do plano de trabalho e as metas a serem alcançadas.
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em maio ficou em 7,1%, alcançando o menor patamar para o período desde 2014. O índice representa um recuo em relação ao trimestre móvel anterior, terminado em fevereiro, quando marcou 7,8%. Além disso, fica abaixo do nível registrado no mesmo período de 2023, quando era 8,3%. As informações são da Agência Brasil.
Se comparados com todos os trimestres da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012, o indicador é o menor desde o período de três meses encerrado em janeiro de 2015. Na época, a taxa ficou em 6,9%. O menor índice já registrado foi 6,6% no fim de 2014.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que, em maio, a população desocupada – pessoas com 14 anos ou mais de idade que não tinham trabalho e procuravam emprego – era de 7,8 milhões. Isso representa uma diminuição de 751 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2024 e de 1,2 milhão em comparação ao trimestre encerrado em maio de 2023.
A Pnad apura todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.
Ocupados A população ocupada chegou a 101,3 milhões de pessoas, um recorde da série histórica do IBGE. Esse contingente é 1,1 milhão superior ao do trimestre encerrado em fevereiro e 2,9 milhões acima do registrado no mesmo período de 2023.
De acordo com a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”.
Para ilustrar a avaliação, o número de empregados com carteira assinada (38,3 milhões) foi recorde. “Esse recorde não acontece de uma hora para outra. É fruto de expansões a cada trimestre”, diz Adriana Beringuy.
O contingente de empregados sem carteira também foi o maior já registrado (13,7 milhões).
Na passagem de três meses, se destacaram na criação de vagas os grupamentos de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (4,4%, ou mais 776 mil pessoas). Apresentaram redução os setores de transporte, armazenagem e correio (2,5%, ou menos 146 mil pessoas). Os demais grupamentos não tiveram variações significativas.
Recorde na massa salarial O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre encerrado em maio ficou em R$ 3.181, estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.161) e 5,6% maior na comparação anual. Esse valor é o mais alto já registrado para um trimestre encerrado em maio. Quando a comparação é geral, é o maior desde o outubro de 2020.
“Em 2020 havia rendimento elevado, mas com perda de população ocupada”, explica Adriana, se referindo ao período em que a economia sofria efeitos da pandemia, que forçaram o corte de postos de trabalho de menor remuneração e informais, principalmente.
A massa de rendimentos, que é o total de renda que os trabalhadores recebem, atingiu o recorde de R$ 317,9 bilhões. Esse valor funciona como um combustível para movimentar a economia, seja com consumo ou poupança.
A taxa de informalidade foi 38,6% da população ocupada, o que representa 39,1 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior o índice era de 38,7 % e, um ano atrás, de 38,9%.
Esse grupamento informal inclui, principalmente, empregados sem carteira, empregador e trabalhador por conta própria sem CNPJ.
Contribuição para a previdência A pesquisa do IBGE revelou que o país alcançou recorde no número de trabalhadores com contribuição para a previdência social. Foram 66,171 milhões no trimestre encerrado em maio. Esse volume tem crescido seguidamente desde o início de 2023.
Esse dado representa que 65,3% dos trabalhadores contribuíram para a previdência no trimestre terminado em maio. O maior patamar registrado foi 66% no início de 2016.
Durante o Primeiro Seminário de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado do Nordeste, realizado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Coronel Alberto Feitosa apresentou os índices em Pernambuco, divulgados recentemente pelo Atlas da Violência, questionou a postura do atual presidente Lula e cobrou um plano de segurança pública eficaz.
Durante sua fala, “Em um ano e meio não há um plano eficaz. Precisamos cobrar sim um Plano de Segurança Pública que combata os altos índices de violência”, disse Feitosa em resposta a parte da fala do Secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubo, que abriu as falas do Seminário.
“Falta vontade política. Tem que fazer o que os governadores Tarcísio Freitas (SP) e Robaldo Caiado (GO) estão fazendo com sucesso”, afirmou.
Em ano de eleição, a propaganda eleitoral é uma importante ferramenta tanto para candidatos quanto para eleitores. Se de um lado ela tem potencial para captar votos do eleitorado, do outro ela serve para promover o debate público, apresentando as propostas e projetos dos candidatos que pretendem conduzir a política brasileira. Mas você sabia que existe um momento certo para que as candidaturas sejam divulgadas nos meios de comunicação? A propaganda feita antes de 16 de agosto é irregular e pode ser retirada do ar, bem como gerar a aplicação de sanções ao responsável e ao candidato beneficiado. Além disso, quando feita de forma ilegal, ela pode prejudicar a igualdade de oportunidades entre os candidatos e a integridade do processo eleitoral.
A legislação possibilita o debate político na pré-campanha, desde que não haja pedido de voto e sejam respeitadas as regras previstas tanto na lei, quanto naResolução 23.610/2019 do Tribunal Superior Eleitor (TSE). Cabe ao Ministério Público Eleitoral fiscalizar se essas normas estão sendo cumpridas por partidos, federações, coligações e pré-candidatos, e pedir à Justiça Eleitoral a retirada do conteúdo, bem como aplicação de multa aos responsáveis, com o objetivo de evitar abusos.
O que pode?
Pelo artigo 36-A da Lei das Eleições, antes de 16 de agosto, é permitido debater e discutir políticas públicas ligadas a saúde, segurança, economia, meio ambiente, entre outros temas de interesse do cidadão. Também não é considerada campanha eleitoral antecipada exaltar qualidades pessoais, mencionar a pretensa candidatura, viajar e participar de homenagens e eventos, bem como publicar fotos e vídeos nos perfis das redes sociais.
A participação em entrevistas, programas de rádio e TV também é permitida, mas as emissoras devem dar tratamento equilibrado aos pré-candidatos. Os partidos podem, ainda, realizar encontros, seminários, congressos em ambientes fechados e campanhas de arrecadação de recursos (as chamadas vaquinhas eleitorais), desde que não haja pedido de voto.
O que não pode?
O pedido explícito de voto nos atos de pré-campanha é proibido por lei. Ou seja, o uso de expressões como “vote em mim” ou “vote em fulano” é vedado, bem como de outras expressões que transmitem o mesmo significado, conforme previsto da Resolução TSE n. 23.732, aprovada este ano. É o caso de termos como “tecle a urna”, “peço que me escolha”, “conto com seu apoio”, entre outras, que a depender do contexto podem ser interpretadas como pedido de voto.
Ainda que não haja esse tipo de pedido, partidos e pré-candidatos estão proibidos de usar na pré-campanha qualquer meio que seja vedado no período oficial de propaganda eleitoral. É o caso de outdoors, cavaletes, inscrição em tinta em muros, distribuição de brindes, showmícios, entre outros artifícios. O impulsionamento de conteúdo em redes sociais tampouco pode ser feito por perfis que não sejam do próprio pré-candidato, do partido ou da federação. O uso de robôs para simular conversas com o eleitor, divulgação de informações falsas, propaganda paga em rádio e TV, ligações telefônicas ou disparo automático de mensagens também estão proibidos.
Transmissão e impulsionamento
Atos de pré-campanha podem ser transmitidos ao vivo, exclusivamente nos perfis e canais dos pré-candidatos e legendas partidárias. No entanto, não pode haver retransmissão por emissoras de rádio, TV, ou em sites, perfis e canais pertencentes a pessoa jurídica. O impulsionamento pago do conteúdo é permitido somente quando o serviço for contratado diretamente pelo partido ou pela pessoa que pretende se candidatar, quando os gastos forem moderados, proporcionais e transparentes. Em todas as hipóteses permanece vedado o pedido de votos.
O que acontece com quem faz propaganda antecipada?
Ao identificar casos em que há descumprimento das regras de propaganda, o MP Eleitoral, os próprios candidatos e partidos podem propor ações à Justiça. Nesses casos, o juiz pode determinar a retirada da peça irregular e os responsáveis podem ser condenados ao pagamento de multa. A Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) prevê multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil para o responsável pela divulgação e o pré-candidato beneficiado.
Se for constatado abuso de poder econômico no financiamento de ações de divulgação na pré-campanha capazes de influenciar o equilíbrio da disputa, o MP Eleitoral também pode pedir a cassação do registro ou do mandato, bem como declaração de inelegibilidade do beneficiado.
Casos de propaganda irregular antecipada podem ser denunciadas ao Ministério Eleitoral pelo MPF Serviços.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou, nesta segunda (24), a Operação São João 2024 em Pernambuco. O reforço nas fiscalizações teve início na última sexta (21) e buscou promover a segurança viária e a mobilidade do trânsito nas rodovias federais do estado, que tem os festejos juninos como uma de suas maiores manifestações culturais.
A expectativa de que houvesse, durante a operação, um aumento expressivo na movimentação de veículos foi confirmada, nas BRs que dão acesso aos importantes polos do São João no estado, como Caruaru, Gravatá, Bezerros, Arcoverde e Petrolina, que atraem visitantes locais e de outras regiões. Milhares de pessoas circularam nas BRs 232, 408, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e Sertão do estado, e contaram com a presença dos policiais nos principais trechos.
A PRF reforçou a fiscalização em trechos críticos das rodovias, a partir de levantamentos dos locais onde mais ocorrem colisões com feridos ou mortes. Nos quatro dias da Operação São João 2024, foram registrados 39 sinistros, que resultaram em 35 feridos e quatro mortes. Já durante a Operação São João 2023, a PRF registrou 35 sinistros de trânsito, que resultaram em 37 pessoas feridas e três mortos.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais atuaram com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Flagrados trafegando com velocidade acima do permitido, 184 motoristas foram autuados. Já com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes intensificaram também as abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. Fizeram o teste durante a operação 2.546 condutores, 67 deles acabaram autuados por alcoolemia ao volante e oito desses foram encaminhados para a delegacia de polícia.
Evento acontecerá de 12 de julho a 1º de setembro, com quase 900 ações entre shows, espetáculos, cortejos e outras atividades
Evento cultural que vai reunir diversos artistas regionais e nacionais em apresentações realizadas em cidades do Agreste e Sertão, o Festival Pernambuco Meu País teve sua programação divulgada nesta terça-feira (25). A governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause, anunciaram, no Cais do Sertão, no Recife, as atividades que vão ocorrer durante o festival, com quase 900 ações entre shows, espetáculos, exibições de filmes, mostras de fotografia, feiras de artesanato e cortejos. A festa vai ocorrer de forma gratuita em oito cidades, de 12 de julho a 1º de setembro, fortalecendo o cenário cultural e o turismo, gerando emprego e renda. Serão R$ 25 milhões de investimento do governo estadual para a realização do evento.
Entre os artistas que irão se apresentar no festival estão os pernambucanos Alceu Valença, Duda Beat e João Gomes. Vanessa da Mata, Chico César, Carlinhos Brown, Ana Carolina e Maria Gadú são outros nomes na programação. O evento vai percorrer as cidades de Taquaritinga do Norte (12 a 14 de julho), Bezerros/Serra Negra (19 a 21 de julho), Gravatá (26 a 28 de julho), Pesqueira (2 a 4 de agosto), Caruaru (9 a 11 de agosto), Triunfo (16 a 18 de agosto), Arcoverde (23 a 25 de agosto) e Buíque (30 de agosto a 1º de setembro).
Durante o lançamento, a governadora Raquel Lyra assinou o termo de cooperação entre Pernambuco e os municípios. “O festival vai celebrar a cultura do nosso Estado, prioritariamente a nossa cultura popular, através de diversas linguagens artísticas, da música, do cinema, da dança, da arte, do artesanato, da gastronomia. Eu não tenho dúvida nenhuma de que é um festival que já nasce muito grande, porque a gente vai envolver toda a cena cultural do nosso Estado, com respeito ao artista, garantindo a geração de mais emprego e mais renda. A cultura precisa ser política pública, com ações na prática, com orçamento garantido”, destacou a governadora.
Mais de 80% dos artistas da grade do festival são pernambucanos. “Serão vinte e quatro dias de programação que reunirão diversas linguagens artísticas, percorrendo oito municípios e transformando a vida das pessoas por meio da arte”, registrou a secretária de Cultura, Cacau de Paula. Para a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba, “a curadoria teve como prioridade o protagonismo dos artistas, em especial da cultura popular, além das outras linguagens artísticas”. A diretora de Ações Culturais da Fundarpe, Carla Pereira, foi a responsável pela curadoria.
O festival vai homenagear dois artistas pernambucanos responsáveis por divulgar a cultura do Estado mundo afora com suas obras marcadas pelo amor à terra onde nasceram: o artista plástico Abelardo da Hora e o percussionista Naná Vasconcelos.
“Pernambuco tem tantas linguagens a abraçar. Ter a presença de Abelardo com suas forças, ideias, artes e produções é uma honra imensa”, frisou Daniel da Hora, neto de Abelardo da Hora. A viúva de Naná Vasconcelos, Patrícia Vasconcelos, enviou um vídeo ressaltando que estava “muito feliz porque é muito simbólico esse evento”.
Ao todo, serão promovidos 251 shows de música; 11 palcos; 260 apresentações de cultura popular; 18 exposições e atividades de artes visuais; 56 filmes em 22 ações do audiovisual; 50 atividades de circo; 44 apresentações de dança; 30 atrações de design e moda; 14 debates e palestras de mercado em arte e cultura; 20 mostras de fotografia; 18 de gastronomia; 52 ações de literatura; 41 de teatro e ópera; e oito feiras de artesanato.
O evento vai contar com o Palco Pernambuco Meu País, onde acontecerão shows locais e nacionais, além de mais 10 palcos para as mais variadas linguagens artísticas. No palco País das Culturas Populares, por exemplo, terão apresentações de Patrimônios Vivos como Caboclinhos União Sete Flexas de Goiana (Goiana) e Coco de Roda Negras e Negros do Leitão da Carapuça (Afogados da Ingazeira). No palco País das Artes Cênicas vão se apresentar espetáculos como Ara Mimo Ajó Nagô (Caruaru). No País da Literatura, algumas atrações e ações serão o Encantando Histórias (Garanhuns) e Cordel Animado (Recife).
A prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, falou em nome dos prefeitos. “Com o festival, podemos contar mais da nossa cultura e receber pessoas na nossa terra. Um festival cultural nos engrandece enquanto cidade”, disse. A deputada estadual Débora Almeida registrou que “a cultura e a arte levam desenvolvimento para o interior do Estado”. Por sua vez, o deputado estadual Luciano Duque afirmou que “o festival vai mostrar nossas histórias, raízes e saberes”.
Acompanharam o lançamento do festival os prefeitos Lero (Taquaritinga do Norte), Joselito Gomes (Gravatá), Luciano Bonfim (Triunfo), Wellington Maciel (Arcoverde), Zeinha (Iguaracy) e Vilmar Capellaro (Lagoa Grande), além de Lino Portela (secretário executivo de Governo de Caruaru, representando o prefeito Rodrigo Pinheiro). Os secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), Eduardo Vieira (Chefia de Gabinete), Rodolfo Costa Pinto (Comunicação), coronel Manoel Jesus (interino da Casa Militar) e Daniel Leite (interino de Turismo e Lazer), bem como o presidente da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Eduardo Loyo, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira Filho, também compareceram ao evento.