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21 outubro 2016

Agente com coque e sem uniforme irrita Polícia Federal

O surgimento do policial federal hipster – com coque no cabelo e barba 'estilo lenhador' – escoltando Eduardo Cunha veio apenas cinco dias após o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, criticar estereótipo de alguns agentes que aparecem na mídia nesses casos da Lava Jato.
O misterioso agente virou tema das matérias e dos debates das redes sociais.
Na palestra, feita para policiais em Porto Alegre, Daiello lembrou da importância da imagem da PF. Citou um tênis branco sem o padrão da botina preta determinada, numa outra operação anterior. ( Assista aqui a palestra )
O cabelo e barba do hipster não são problema. É que, além de ser surpresa na operação o estilo hipster, ele não usava o uniforme da PF. O episódio também provocou mal-estar entre os policiais federais.
Tem gente na cúpula da PF achando ser provocação da Fenapf, a federação dos policiais, contra Daiello. As classes dos delegados e dos policiais não se bicam.  (Leandro Mazzini)
 Assista aqui a palestra  do diretor geral da Polícia Federal

Prisão de Cunha não interfere em votações do Congresso, diz Temer

Segundo porta-voz, Temer não antecipou sua volta ao Brasil do Japão devido à prisão preventiva de Cunha
O presidente do Brasil, Michel Temer e o deputado afastado Eduardo Cunha
O presidente do Brasil, Michel Temer e o deputado afastado Eduardo CunhaFoto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O presidente Michel Temer avalia que a prisão do ex-deputado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não interferirá nas votações de interesse do governo no Congresso Nacional. Essa foi a sinalização repassada há pouco pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, ao responder a questionamentos sobre o tema. De acordo com Parola, a Operação Lava Jato é "da alçada" do Poder Judiciário e não terá a interferência do Executivo. As investigações, disse, são um "sinal de amadurecimento democrático". 

O porta-voz declarou que Temer não antecipou sua volta ao Brasil do Japão devido à notícia da prisão preventiva de Cunha. "O presidente tomou conhecimento da prisão preventiva de Cunha quando já estava em voo de regresso ao Brasil. A decisão de antecipar o regresso, aliás, foi tomada na noite anterior", diz Parola. Uma das questões levadas até o presidente foi se a prisão do peemedebista poderia prejudicar a aprovação em segundo turno da proposta que cria um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. 

"A agenda política de recuperação e reconstrução do Brasil não se confunde com as investigações levadas adiante pela Justiça. A agenda de reformas e modernização econômica, social e política responde a uma urgência do povo brasileiro", disse o porta-voz. Eduardo Cunha foi preso ontem (19), em Brasília, pela Polícia Federal, depois que o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, emitiu a ordem de prisão preventiva.

Justiça decreta ilegal a greve da Polícia Civil

O Sindicato já foi notificado sobre a decisão. O descumprimento implicará em multa diária no valor de R$ 100 mil.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por meio do desembargador Bartolomeu Bueno, concedeu liminar ao Governo do Estado declarando ilegal a greve decretada pela Polícia Civil. A decisão foi divulgada na noite desta quinta-feira (20).

De acordo com nota divulgada pelo Governo de Pernambuco, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) já foi notificado sobre a decisão. O descumprimento implicará em multa diária no valor de R$ 100 mil. 

Em entrevista coletiva, por volta das 19h desta quinta-feira, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, anunciou que serão mobilizados policiais militares e bombeiros. Eles não realizarão o trabalho dos policiais civis, mas vão, de acordo com o secretário, garantir a segurança das delegacias e o acesso da população.

Os policiais civis decretaram greve em assembleia na manhã desta quinta-feira (20). A categoria decidiu cruzar os braços a partir da meia-noite.

“A gente fica surpreso com a celeridade da justiça quando é para julgar contra os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros. “A greve continua”, complementou.

De acordo com o sindicalista, apenas a categoria pode decidir pelo fim da greve. Uma nova assembleia geral extraordinária está marcada para as 17h desta sexta-feira (21), na sede da entidade, em Santo Amaro, área central do Recife. “Nós não estamos convocando essa assembleia por conta da decretação da ilegalidade da greve por parte do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), mas por conta de uma nova rodada de negociação com o Governo do Estado, convocada pelo novo secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia”, afirmou. 

20 outubro 2016

Fraude no FGTS prejudicou 13 empresas de Pernambuco, diz PF

De acordo com a polícia, o prejuízo a essas firmas chegou a R$ 3,4 milhões.
Suspeitos de liderar organização criminosa foram presos nesta quarta (19).








A Polícia Federal em Pernambuco informou, na manhã desta quarta-feira (19), que a organização acusada de fraudes no saque do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) lesou 13 empresas de Pernambuco. O prejuízo a essas firmas chegou a R$ 3,4 milhões. Quando a corporação deflagrou a 'Operação Demara’, em 2015, descobriu que havia mais de 350 requerimentos com solicitações falsas de retirada dos recursos.
A PF revelou que a média de saques chegava R$ 10 mil. De acordo com a polícia, os líderes da organização, presos em Pernambuco, falsificavam documentos dos sócios e o contrato social das empresas. Assim, conseguiam retirar o certificado digital das firmas. Com esse certificado, os líderes cadastravam a empresa no sistema da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento do FGTS.
Com esse cadastro, eles poderiam informar um número ilimitado de demissões, mesmo que elas fossem falsas. Segundo a PF, o aliciado era chamado para ir até uma agência da CEF para assinar o termo de rescisão contratual, usando identidade e carteira de trabalho ilegais.
“Eles falsificavam os documentos pessoais dos sócios administradores dessas empresas para obter certificados fraudulentos", afirmou a delegada Kilma Kaminha. Os agentes federais apreenderam com os suspeitos carteiras de identidade, aparelhos de plastificação de documentos e nomes que poderiam ser usadas em futuras falsificações.
A fraude veio à tona a partir de uma prisão em flagrante. Essa pessoa estaria tentando sacar o FGTS e, por causa do nervosismo, acabou chamando a atenção da Caixa Econômica Federal. "Essa pessoa estava utilizando a documentação falsa. Quando a funcionária da Caixa entrou em contato com a empresa, ela informou que a verdadeira funcionária não havia sido demitida, que continuava trabalhando", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz.
A PF suspeita que os líderes da organização conseguiam dados dos alvos acessando os sistemas de informática. Os agentes acreditam que não há vínculo entre os funcionários dessas empresas ou da Caixa com a organização. A instituição e servidores foram vítimas da fraude.  
Polícia Federal explicou as fraudes cometidas contra o FGTS (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Polícia Federal explicou as fraudes cometidas contra o FGTS (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Segundo a delegada Kilma Kaminha, a organização criminosa utilizava os dados dessas empresas e os documentos, contratos sociais legítimos, porém se passando por representante dessas firmas.
Polícia Federal informou ainda que, caso seja comprovado que esses saques foram feitos de forma fraudulenta, a Caixa Econômica será responsável por esse ressarcimento para as contas dessas pessoas prejudicadas.
A Operação
A ação da PF desmontou um grupo suspeito de atuar nos estados de Pernambuco, Sergipe eMaranhão. A organização tentou resgatar mais de R$ 3 milhões em valores indevidos. O prejuízo financeiro aos cofres públicos confirmado, no entanto, já chega a R$ 800 mil. Quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos.
Os dois líderes do esquema, segundo a PF, estavam no Aeroporto Internacional do Recife. Eles desembarcaram no terminal e vinham de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Os federais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Caruaru, no Agreste pernambucano, na UR-10, no Ibura, na Zona Sul do Recife, e no bairro de Afogados, na Zona oeste do Recife. 
De acordo com a PF,  grupo usava documentos falsos e informações indevidas enviadas à Caixa Econômica Federal, por meio do aplicativo web do Sistema Conectividade Social. Informava supostas demissões de empregados, envolvendo dezenas de empresas.
O nome
O nome da operação teve inspiração em Ferdinand Waldo Demara Jr. Conhecido como “O Grande Impostor”, o americano nascido em Lawrence, Massachusetts, adotou diversas identidades falsas, apresentando-se como médico de um navio, engenheiro civil, vice-xerife, assistente diretor de prisão, doutor em psicologia aplicada, advogado, editor, pesquisador de câncer e professor.

Declaração de Fátima Bernardes sobre casamento choca telespectadores


Durante o programa “Encontro” desta segunda-feira (17/10), a apresentadora Fátima Bernardes se viu em saia justa após comentário polêmico sobre casamento. Enquanto entrevistava a atriz Klara Castanho — recentemente emancipada pelos próprios pais — , Fátima desabafou: “Casamento e prisão são quase a mesma coisa”.
Depois de alguns segundos de “climão”, a apresentadora disse que era “brincadeirinha”. No entanto, o assunto foi parar nas redes sociais e internautas repercutiram a frase de Fátima. Alguns fazendo piadinhas, outros lamentando o fim do relacionamento dela com o jornalista William Bonner.

Tamanho do bumbum de Nicole Bahls impressiona em ensaio sensual

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A musa  impressionou com o volume do  durante o  para uma marca de biquíni. Ela garante que o  é totalmente natural. Como tirou de baixo para cima, está parecendo bundão (risos)”, brinca ela. O registro foi feito pelo fotógrafo Davi Borges, que compartilhou a imagem no Instagram nesta terça-feira.

Temer antecipa volta ao Brasil após viagem oficial ao Japão

 , que estava em Tóquio, no Japão, participando de encontros empresariais, resolveu voltar para o Brasil nesta quarta-feira (19).naom_5807a0d1f1b8f
A aeronave deve parar para reabastecimento em Seattle, nos Estados Unidos, e chegar a Brasília nesta sexta (21).
A viagem oficial do peemedebista ao país asiático foi a primeira de um presidente brasileiro ao Japão em 11 anos. A atração de investimentos japoneses para o Brasil é um dos principais objetivos do  com a visita.
Hoje, após começar o dia de compromissos em Tóquio com uma conversa de cerca de meia-hora com o imperador japonês, Akihito, Temer almoçou com empresários brasileiros e japoneses. No fim do dia, o presidente se reuniu com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe e participou de um jantar oferecido pelo japonês à comitiva brasileira.

Para Moro, Cunha praticou crimes 'de forma profissional e sofisticada'

Moro entendeu que há risco à investigação e à ordem pública, o que justificaria a prisão
Juiz federal responsável por processos da Lava Jato, Sérgio Moro
Juiz federal responsável por processos da Lava Jato, Sérgio MoroFoto: Miguel Schincariol/AFP
Na decisão que ordenou a prisão preventiva do ex-deputado Eduardo Cunha, o juiz federal Sergio Moro considerou que há provas "da prática reiterada, profissional e sofisticada de crimes" pelo político, réu na Operação Lava Jato.

Moro entendeu que há risco à investigação e à ordem pública, o que justifica a prisão. Também destacou que "não raramente" o ex-deputado usava táticas de extorsão, e intimidou testemunhas e delatores que poderiam depor contra si.

Para Moro, o fato de Cunha estar sem mandato não ameniza o risco de que ele influencie testemunhas ou obstrua a investigação.

"O ex-parlamentar é ainda tido por alguns como alguém que se vale, com frequência, de métodos de intimidação", escreveu o juiz. "Embora a perda do mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de influência."

Moro cita trechos da decisão do ministro Teori Zavascki, em maio, que afastou Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. Nela, o magistrado afirma haver indícios de que Cunha "pressionou e extorquiu" empresários para obtenção de vantagens espúrias, além de intimidar pessoas que poderiam expor irregularidades.

Entre os exemplos citados estão a demissão de funcionário da Câmara que apresentou provas contra o ex-deputado, a convocação de delatores e seus advogados para a CPI da Petrobras, pedidos de quebra de sigilo, requerimentos ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), para impedir seu processo de cassação.

"Considerando o histórico de conduta e o modus operandi, remanescem riscos de que, em liberdade, possa o acusado Eduardo Cosentino da Cunha, diretamente ou por terceiros, praticar novos atos de obstrução da Justiça, colocando em risco à investigação, a instrução e a própria definição, através do devido processo, de suas eventuais responsabilidades criminais", escreveu Moro.

Crimes

O juiz ainda afirmou que há indícios de que "Cunha teria se envolvido na prática habitual e profissional de crimes".

Além de réu na Justiça Federal do Paraná, sob acusação de receber US$ 5 milhões em propina pela exploração de um campo de petróleo na África, Cunha também responde a um processo no TRF (Tribunal Regional Federal) por suspeita de corrupção na compra de navios-sonda pela Petrobras, além de responder a pelo menos outros cinco inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).

"As provas são, em cognição sumária, da prática reiterada, profissional e sofisticada de crimes contra a Administração Pública, por Eduardo Cosentino da Cunha, não só em contratos da Petrobras, mas em diversas outras áreas, não raramente com o emprego de extorsão e de terceiros para colher propinas", escreveu Moro.

O magistrado também destaca que a investigação ainda não identificou todas as contas supostamente mantidas no exterior por Cunha, e que há o risco de que o político fuja para o exterior, por ter dupla nacionalidade.

Prisão no STF

Moro ainda destacou que "já havia, é certo, razões" para a prisão de Cunha na época de seu afastamento da Presidência da Câmara.

"Apesar de existirem causas para a preventiva, naquele momento, o então parlamentar estava protegido pelo estatuto normativo especial do parlamentar federal, que proíbe a prisão cautelar do parlamentar federal salvo em casos de flagrante delito", escreveu.

O juiz destacou que a Procuradoria-Geral da República chegou a solicitar a prisão preventiva de Cunha por entender que ele descumpriu a ordem de afastamento da presidência da Câmara. O ministro Teori, porém, entendeu que, quando Cunha teve seu mandato cassado, o pedido foi prejudicado.

Cunha foi preso em apartamento funcional que já deveria ter desocupado

Cassado pelos próprios pares em 12 de setembro, Cunha tinha 30 dias para desocupar o imóvel
Deputado cassado Eduardo Cunha
Deputado cassado Eduardo CunhaFoto: José Cruz/ Agência Brasil/Arquivo
O apartamento funcional em que Eduardo Cunha foi preso nesta quarta-feira (19) já deveria ter sido devolvido à Câmara dos Deputados há uma semana. Cassado pelos próprios pares em 12 de setembro, Cunha tinha 30 dias para desocupar o imóvel, que fica no final da Asa Sul, região central de Brasília.

A assessoria de imprensa da Câmara informou que além da tolerância de 30 dias após a cassação, foi dado ao ex-parlamentar mais dois dias devido ao feriado do dia 12, mas que mesmo assim ele não devolveu as chaves. Com isso, o peemedebista foi notificado nesta terça (18), um dia antes de sua prisão, a deixar o local sob pena de multa diária de R$ 142.

Apesar de dar 30 dias para que ex-deputados desocupem os imóveis funcionais, são comuns situações em que esse prazo é estourado. Nesses casos, a Câmara sempre tenta resolver a situação de forma administrativa. Só em situações extremas recorre à Justiça para que o imóvel seja desocupado. O advogado Ticiano Figueiredo, um dos que representa Cunha, afirmou que seu cliente estava desocupando o imóvel, que já o havia passado para outro parlamentar e que não tinha nenhuma intenção em permanecer no local.

Aborto e denúncias sexuais agitam debate entre Hillary e Trump

Pesquisas colocam a democrata com vantagem de pelo menos 6,5 pontos percentuais em relação ao republicano
Hillary lembrou acusações de assédio que recaem sobre Trump
Hillary lembrou acusações de assédio que recaem sobre TrumpFoto: Paul J. Richards/AFP
A questão do aborto e as denúncias de abuso sexual contra Donald Trump agitaram o último debate entre o candidato republicano e sua adversária democrata, Hillary Clinton, nesta quarta-feira (19), em Las Vegas, Nevada.
A discussão sobre a Suprema Corte abriu o encontro, com Hillary e Trump expondo suas diferenças em relação aos juízes a serem escolhidos pelo futuro presidente para a mais alta instância do Poder Judiciário dos Estados Unidos.
Trump buscou tranquilizar a base conservadora de seu partido, ressaltando que indicará juízes pró-vida (contrários ao aborto) e que se oponham a mais controles aos donos de armas. Nesse sentido, agradeceu à National Riffle Association (NRA) - o principal lobby de armas do país - pelo apoio à sua campanha.
Hillary rebateu criticando o atual Congresso de maioria republicana por impedir o presidente Barack Obama de tentar preencher o assento vacante na Suprema Corte. A democrata disse ainda que vai "defender o direito das mulheres de fazer suas próprias decisões de cuidado de saúde".
"Eu não acho que o governo dos Estados Unidos deveria estar fazendo essa decisão", insistiu ela, acrescentando que "viemos tão longe para ter de recuar agora".
"Essa eleição é sobre o tipo de país que seremos", afirmou Clinton, acrescentando que os direitos da comunidade gay e das mulheres não devem ser reduzidos.
"Se vocês forem com o que a Hillary está dizendo, você pode pegar o bebê e tirar o bebê do útero da mãe pouco antes do nascimento do bebê", alertou Trump.
"Usar esse tipo de retórica do medo é apenas terrivelmente infeliz", respondeu Hillary. "Você deveria se encontrar com as mulheres com as quais eu me encontrei".
"Essa é uma das piores escolhas possíveis que qualquer mulher e sua família têm de fazer", insistiu Trump, referindo-se ao aborto.
Em outro momento do debate, o republicano acusou Hillary e sua equipe de criar e promover as denúncias sobre os episódios de assédio sexual de Trump às mulheres.
"Acho que ela incitou essas pessoas a dar um passo adiante", disse Trump, apontando um dedo para Hillary, ao acusá-la de organizar "uma campanha suja" baseada em denúncias que são "mentiras".
"Não conheço essas pessoas, mas tenho uma ideia de onde vêm (essas denúncias)", afirmou, referindo-se às alegadas vítimas.
Trump insistiu ainda em que há evidências de que grupos ligados à democrata contrataram provocadores para atrapalharem e interromperem seus comícios de campanha.
"Eles contratam gente. Pagam US$ 1,5 mil para eles, e está gravado como dizem a eles para serem violentos, provocarem brigas", completou.
Clinton e Trump se enfrentaram em um debate de 1h30, moderado pelo jornalista Chris Wallace da Fox News, o último antes das eleições de 8 de novembro.
As últimas pesquisas colocam a ex-secretária de Estado com uma vantagem de pelo menos 6,5 pontos percentuais em relação ao magnata do setor imobiliário.

Um silêncio eloquente

O silêncio do Planalto não poderia ser mais eloquente. A prisão de Eduardo Cunha deu um baque no governo Temer e pôs fim à ilusão de que a tormenta teria ficado para trás. Depois de semanas de calmaria, o novo regime volta a navegar em mar revolto, com o vento soprando forte a partir de Curitiba.
A ameaça de uma delação premiada espalhou pânico em Brasília. Daqui para a frente, passará a perturbar o sono de parlamentares, de ministros e do presidente Michel Temer, velho aliado do novo detento.
No pedido de prisão, o Ministério Público deixa claro que o correntista suíço nunca deixou o núcleo do poder. "Mesmo afastado da Câmara dos Deputados, Cunha ainda mantém influência nos seus correligionários, tendo participado de indicações de cargos políticos do governo Temer", afirmam os procuradores.
O ex-deputado pode ter sumido dos palácios, mas seus apadrinhados continuam lá. Um dos mais notórios é o líder do governo na Câmara, André Moura. Foi a ele que Temer delegou a articulação para aprovar a PEC do congelamento de gastos.
Nem os desafetos de Cunha se aventuraram a provocá-lo após a prisão. "O que que importa saber o que eu acho?", desconversou o senador Renan Calheiros sobre a notícia do dia. Alvo de oito inquéritos na Lava Jato, ele deve ter boas razões para não festejar a desgraça do rival.
Quem aposta no silêncio do ex-deputado pode botar as barbas de molho. Antes de virar réu, ele disse que não entraria na mira da Lava Jato. Entrou. Depois disse que não perderia o mandato. Perdeu. Nos últimos dias, repetia que não fará delação premiada. Alguém acredita? "Ele sabe que não tem mais saída, não tem escapatória", resume o deputado Jarbas Vasconcelos, um dos raros peemedebistas tranquilos nesta quarta-feira (19).


Além de lançar dúvidas sobre o futuro, a prisão de Cunha deixa uma pergunta incômoda sobre o passado. Diante do que o país inteiro sabe, como ele ainda podia estar solto? 

Apelo ao governo: “Eu vou ser preso, eu vou ser preso”

“Eu vou ser preso, eu vou ser preso”, repetia um impaciente Eduardo Cunha, pelo telefone, a integrantes do governo ao saber que a PF estava no seu encalço. Parecia pedir ajuda. Pela manhã, no imóvel que já deveria ter devolvido à Câmara, havia recebido alguns poucos aliados. Como num dia normal, queixou-se de abandono e quis saber como Rodrigo Maia se saía no papel que considerava seu. Informado da ação, disparou ligações. “Estão atrás de mim. Vou acabar pagando esse preço.”
Cunha também perguntou sobre o projeto de repatriação. “Mas de nada adianta, o que é atribuído a mim ou a minha família está bloqueado”, lamentou.
O peemedebista chegou abatido à carceragem da PF em Curitiba. Foi logo trancado. Fará companhia a Antonio Palocci. Apenas uma cela separa os dois presos da Lava Jato.
A polícia se preocupou em não deixá-lo no mesmo pavilhão de Alberto Youssef e Marcelo Odebrecht — além de dificultar troca de informações, quis evitar que ele e o doleiro, seu desafeto, se estranhassem.


Um integrante do Estado Maior da Lava Jato não segurou o riso. “Em uma semana ele estará mandando na custódia da PF. Vai mandar até no Marcelo.”