Uma das maiores preocupações do presidente Lula (PT), nesta altura do seu terceiro Governo, é a alta no preço dos alimentos, porque é um dos principais fatores que contribuem para a crise de popularidade que a gestão vem enfrentando.
Entre as bandeiras de campanha mais fortes de Lula, desde sempre, está a obsessão do presidente em colocar comida no prato do povo, fazer o trabalhador ter três refeições por dia. Por isso mesmo, ele é tão cobrado quando o consumidor chega ao supermercado e não consegue fazer o dinheiro render.
A alta no preço dos alimentos tem corroído não só a renda das famílias, mas tem provocado a descrença da população no projeto petista, faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais. Desde o início de 2025, a equipe de Lula está de olho no assunto e na repercussão negativa na imagem do Poder Executivo.
Nesta quinta-feira (6), mais uma reunião para discutir medidas para redução dos preços dos alimentos será realizada. É a segunda, este ano. A primeira foi em 24 de janeiro. O encontro será coordenado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Participam os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de representantes do Ministério da Fazenda.
Depois da reunião mais técnica entre os ministros, o previsto é que Lula chame a equipe para tentar definir o que poderá ser adotado a fim de baixar os custos da alimentação. Carlos Fávaro e Paulo Teixeira vem tendo encontros preparatórios com produtores rurais e representantes de supermercados, colhendo sugestões que serão apresentadas a Lula.
Os estímulos à produção agrícola ofertados pelo Governo Federal estão entre as ações que estão sendo analisadas para combater a alta nos preços. A gestão também estuda a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos que custarem mais caro no Brasil do que no exterior.
Desde o final de janeiro, o ministro Paulo Teixeira deixou claro que não haverá “nenhuma medida heterodoxa” para conter a alta. “Nossa preocupação é como aumentar a produção dos alimentos, tendo em vista que aumentou o consumo, e isso é muito bom”, disse Teixeira. A conferir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário