O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública desde que teve alta hospitalar, há duas semanas, ao cumprimentar uma multidão de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, hoje, em uma ação não anunciada previamente.
À frente do altar principal, Francisco acenou aos presentes, admirados com a saudação surpresa do líder católico. “Um feliz domingo para todos”, disse, enquanto recebia oxigênio por meio de um pequeno tubo sob o nariz. “Muito obrigado.”
Diante de milhares de câmeras e celulares, o pontífice de 88 anos abençoou os fiéis e cumprimentou, um a um, pessoas posicionadas atrás do altar. Sua voz estava frágil, mas mais alta do que quando saiu do hospital Gemelli, em Roma, no final de março.
Desde o último dia 23, quando fez uma breve aparição antes de deixar o centro de saúde, o papa estava fora da vista pública após passar mais de cinco semanas tratando uma pneumonia nos dois pulmões — a crise de saúde mais grave de seus 12 anos de papado.
Embora o Vaticano tenha informado melhorias nos últimos dias, Francisco deve seguir um período de convalescença de dois meses sem atividade pública e sem contato com os fiéis, para limitar o risco de recaída. Durante sua hospitalização, os médicos informaram que a vida do papa correu perigo em duas ocasiões.
Dois aviões da Latam colidiram com pássaros durante aterrissagens neste sábado (5) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A diferença de tempo entre os dois incidentes foi de menos de 50 minutos. Em nota, a companhia aérea afirmou que “as aeronaves pousaram em total segurança”.
Segundo a Latam, foram registrados 513 incidentes como esse no país envolvendo aviões da empresa. Como consequência, voos podem atrasar ou até serem cancelados.
Eis o comunicado da Latam na íntegra:
“Em menos de 50 minutos, dois voos da LATAM Brasil deste sábado (05/04) sofreram colisão com pássaros (bird strike) ao pousar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As aeronaves pousaram em total segurança, porém episódios como estes geram grandes impactos em toda a operação.
A alta incidência de bird strikes nos aeroportos brasileiros pode afetar a segurança operacional e acaba prejudicando muitos passageiros com voos cancelados ou atrasados, além de provocar custos adicionais com reparos e manutenção de aeronaves, motores fora de operação e eventual escala de tripulantes reserva.
Em 2024, a LATAM Brasil registrou bird strike (colisão com pássaros) em 513 de seus voos no Brasil. O setor tem alertado para a necessidade de uma gestão eficiente da fauna por parte dos municípios e administradores aeroportuários nas proximidades dos aeroportos brasileiros.”
Segundo a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto de Guarulhos, “o número de ocorrências desta natureza vem diminuindo significativamente nos últimos anos”, por causa da implementação de medidas de gerenciamento de fauna, e em conformidade com as normas ambientais. De acordo com a assessoria, é o aeroporto com menos registros de colisão de aviões e aves.
Eis o comunicado da GRU Airport na íntegra:
“A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, esclarece que, na manhã deste sábado (5), registrou três suspeitas de bird strike no pouso de aeronaves. Uma delas com relato de ocorrência na origem, fora do sítio aeroportuário, portanto.
Aeronaves e pistas já foram vistoriadas e todas as medidas de monitoramento e afugentamento foram tomadas. Importante ressaltar que este aeroporto apresenta o mais baixo índice de colisão com aves (“birdstrike”) entre os principais aeródromos brasileiros. Além disso, o número de ocorrências desta natureza vem diminuindo significativamente nos últimos anos, sendo 60% de redução apenas na comparação entre 2023 e 2024. Reflexo de permanente aprimoramento das medidas de gerenciamento de fauna, sob supervisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e em conformidade com as normas ambientais.
O Plano de Gerenciamento de Risco da Fauna inclui ações como manejo de ovos, ninhos e animais; controle de vegetação; remoção de poleiros e abrigos; além de técnicas de afugentamento.
A GRU Airport ressalta seu compromisso com a segurança operacional, adotando medidas eficazes para mitigar riscos relacionados à fauna.”
Em fevereiro, o mesmo ocorreu com um avião que fazia a rota LA3367. O voo foi cancelado e os tripulantes retornaram para o aeroporto de partida (Galeão, Rio de Janeiro). Não houve feridos.
Em publicação no Linkedin, o CEO da Latam no Brasil, Jerome Cadier, relatou o caso e criticou a alta judicialização no setor, questionando “quem paga a conta?”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera os cenários para as eleições presidenciais de 2026 quando testado contra os principais nomes da direita, diz pesquisa Datafolha realizada de 1º a 3 de abril e divulgada neste sábado (5).
Em simulação estimulada com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista teria 36%, contra 30% de seu antecessor – que está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A diferença está acima da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro Gomes (PDT), com 12%, Pablo Marçal (PRTB), com 7%, e Eduardo Leite (PSDB), com 5%, vêm na sequência.
Eis os números da primeira simulação apresentada pelo Datafolha:
• Lula (PT): 36%
• Jair Bolsonaro (PL): 30%
• Ciro Gomes (PDT): 12%
• Pablo Marçal (PRTB): 7%
• Eduardo Leite (PSDB): 5%
branco/nulo/nenhum: 9%
não souberam: 2%
A empresa do jornal Folha de S.Paulo ouviu 3.056 pessoas em 172 municípios de 1º a 3 de abril de 2025. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Outros cenários
Sem Bolsonaro, Lula amplia a margem que há entre ele e o segundo colocado. Numa segunda simulação, o petista teria 35% contra 15% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Eis os números:
• Lula (PT): 35%
• Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%
• Ciro Gomes (PDT): 11%
• Pablo Marçal (PRTB): 11%
• Ratinho Junior (PSD): 5%
• Eduardo Leite (PSDB): 3%
• Romeu Zema (Novo): 3%
• Ronaldo Caiado (União Brasil): 2%
branco/nulo/nenhum: 11%
não souberam: 3%
Na terceira simulação, com Eduardo Bolsonaro (PL), o filho do ex-presidente pontua 11%, contra 35% de Lula, na liderança, e 12% de Ciro Gomes (PDT), em segundo lugar numericamente e empatado na margem com o congressista licenciado.
Eis os números:
• Lula (PT): 35%
• Ciro Gomes (PDT): 12%
•Eduardo Bolsonaro (PL): 11%
•Pablo Marçal (PRTB): 10%
• Ratinho Junior (PSD): 6%
• Romeu Zema (Novo): 4%
• Eduardo Leite (PSDB): 4%
• Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
branco/nulo/nenhum: 12%
não sabem: 3%
Já em um cenário com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o cenário é o seguinte:
•Lula (PT): 35%
•Michelle Bolsonaro (PL): 15%
•Ciro Gomes (PDT): 12%
•Pablo Marçal (PRTB): 10%
•Ratinho Junior (PSD): 5%
•Romeu Zema (Novo): 4%
•Eduardo Leite (PSDB): 3%
•Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
branco/nulo/nenhum: 10%
não sabem: 2%
Num teste mais restrito, o Datafolha testou Lula, Tarcísio e Marçal. O resultado mostra que os dois nomes da direita, juntos, pontuam 39%, contra 43% do petista. Eis os números:
Um avião monomotor precisou realizar um pouso forçado na BR-101 em Garuva, no Norte de Santa Catarina, neste sábado (5). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia duas pessoas a bordo, o piloto e o proprietário do avião, e ninguém se feriu.
Vídeo feito por ocupantes de um veículo mostra o avião de pequeno porte pousando em meio a carros e caminhões (assista abaixo). Ele não colidiu com nenhum veículo.
O incidente ocorreu por volta das 11h50 no quilômetro 15 da rodovia, sentido Porto Alegre (RS), segundo a PRF.
A polícia informou que os ocupantes do avião saíram do aeroclube de Guaramirim, também no Norte catarinense, com destino ao mesmo local, mas uma pane no motor obrigou o piloto a fazer um pouso de emergência na rodovia.
A aeronave Pelican 500 BR parou no acostamento e, às 12h40, já havia sido empurrada e colocada para fora da pista, de acordo com a Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho. As faixas estão liberadas.
Mecânicos foram chamados para avaliar as condições da aeronave, que possui certificado de aeronavegabilidade em situação normal, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), e retiraram as asas para que o avião seja levado por terra ao seu destino. Às 16h10, eles aguardavam o caminhão para fazer o deslocamento.
O g1 questionou a Força Aérea Brasileira (FAB) se o incidente será investigado, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para apurar as circunstâncias da ocorrência.
O Plenário Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), está lotado, na manhã de hoje, para acompanhar a audiência pública da Comissão de Administração, que convocou o secretário de Educação do Estado, Gilson Monteiro Filho, o terceiro a assumir a secretaria neste Governo.
Os deputados convocaram o gestor para dar explicações sobre os diversos problemas que a pasta vem enfrentando, como a dispensa de licitação para a merenda, o atraso na entrega dos kits escolares e as inúmeras dificuldades pelas quais estão passando os estudantes selecionados para o Programa Ganhe o Mundo.
Neste momento, o secretário escuta os questionamentos dos parlamentares. Além do presidente da comissão, Waldemar Borges (PSB), estão presentes os deputados Sileno Guedes (PSB), Dani Portela (PSol), Antônio Coelho (UB), Júnior Matuto (PSB), Rodrigo Farias (PSB), Renato Antunes (PL), Mário Ricardo (Republicanos), Cayo Albino (PSB) e Joel da Harpa (PL). Também estão no local três defensores da gestão, a líder da bancada do Governo, Socorro Pimentel (UB), Débora Almeida (PSDB), Joãozinho Tenório (PRD) e Rosa Amorim (PT).
O líder da bancada de oposição, deputado Diogo Moraes (PSB), criticou algumas informações passadas pelo gestor. “O que a gente vê aqui é uma sucessão de erros elementares. Quando a gente fala em merenda e kit escolar, a gente sabe que tem um calendário e que todo ano vai haver. Mas estamos com o terceiro secretário e as coisas ainda estão acontecendo. É um atestado de incompetência”, afirmou Diogo Moraes.
Durante a audiência, alguns estudantes gritaram “Gilson Monteiro tem que escutar, os estudantes querem estudar”. Também já foram feitas manifestações do público sobre a merenda.
Pesquisa divulgada pela AtlasIntel, hoje, mostrou que a desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 53,6%, contra 44,9% de aprovação. Outros 1,5% responderam “não sei”. No levantamento divulgado em março, a desaprovação do presidente foi de 53%, e a aprovação, 45,7%.
A pesquisa foi realizada pela Latam Pulse, Bloomberg e AtlasIntel. Os dados foram coletados de 20 a 24 de março de 2025, em formulários on-line aleatórios. Foram entrevistadas 4.659 pessoas. A margem de erro é de 1 ponto percentual e o intervalo de confiança é de 95%.
Quando perguntados sobre a avaliação do governo, 49,6% dos entrevistados avaliaram a gestão como ruim/péssima, enquanto 37,4% disseram ser ótima/boa. Outros 12,5% disseram que a gestão federal é regular. 0,5% responderam “não sei”. Em março, 50,8% avaliaram o governo como ruim/péssimo, enquanto 37,6% disseram ser ótimo/bom.
ELEIÇÕES
A pesquisa mostrou que Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) ganham de Lula em um eventual 2º turno nas eleições de 2026. O petista empata tecnicamente com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ganha em todos os outros cenários. Leia as comparações:
Pablo Marçal (PRTB) 51% X Lula (PT) 46%;
Jair Bolsonaro (PL) 48% X Lula (PT) 46%;
Tarcísio de Freitas (Republicanos) 47% X Lula (PT) 46%;
Ronaldo Caiado (União Brasil) 37% X Lula (PT) 47%;
Eduardo Leite (PSDB) 36% X Lula (PT) 46%;
Romeu Zema (Novo) 25% X Lula (PT) 44%.
As porcentagens faltantes para completar 100% são provenientes votos branco/nulo/não sei.
Inelegível por decisão da Justiça Eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Distrito Federal, caso pudesse enfrentar o petista nas urnas. É o que aponta levantamento publicado hoje, pelo instituto Paraná Pesquisas.
Segundo a pesquisa, Bolsonaro lidera com 40,3% das intenções de voto, contra 23,5% de Lula. Neste cenário, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece com 11,2%, tecnicamente empatado com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 8,6%.
Na simulação com Michelle Bolsonaro na disputa ao Planalto, a ex-primeira-dama também venceria Lula, com margem mais apertada. Ela aparece com 31,4% dos votos e o petista com 23,6%, enquanto Caiado fica em terceiro com 17,1% do eleitorado.
Tarcísio empata com Lula no DF
Se o candidato do bolsonarismo em 2026 fosse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a situação no primeiro turno seria de empate técnico com o presidente Lula no Distrito Federal.
Neste cenário, Lula lidera numericamente com 24,3% dos votos, enquanto Tarcísio fica com 24,1% do eleitorado. Fora do empate na liderança, Caiado aparece na sequência, com 18,4% das intenções de voto.
O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 1.600 eleitores no Distrito Federal entre os dias 21 e 25 de março de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 2,5 pontos percentuais (pp) para mais ou para menos.
Um pedido de prisão contra Jair Bolsonaro (PL) foi projetado na Tower Bridge, um dos principais ponto turístico de Londres, nesta segunda-feira (31).
O manifesto trazia a frase: “Jail Bolsonaro” —”jail”, em inglês, significa “prisão” ou “prender”. O trocadilho com o primeiro nome do ex-mandatário quer dizer algo como “Prenda Bolsonaro”.
A frase também foi estampada no Parlamento, ao lado do Big Ben. As informações são da Folha de S. Paulo.
A projeção ocorre em um momento em que Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de liderar uma trama golpista em 2022. A iniciativa é do coletivo Projections on Walls.
Não é a primeira vez que um protesto do tipo é realizado na cidade. Em 2021, a Torre de Londres serviu de suporte para a mesma frase ser projetada no mesmo dia em que a marca de 500 mil mortos por Covid-19 foi registrada no Brasil.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou de uma roda de conversa com artistas e representantes do setor cultural organizada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho e Rodrigo Monteiro de Castro, do grupo Prerrogativas. As atrizes Mônica Martelli e Marisa Orth e a cantora Zélia Duncan e o músico Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, compareceram ao encontro, realizado na sexta (28), em São Paulo. O produtor e empresário KondZilla e a atriz Helena Ranaldi também marcaram presença no evento.
O Banco do Nordeste (BNB) destinou R$ 9,5 bilhões em crédito para projetos alinhados à Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada pelo Governo Federal em janeiro de 2024. Os investimentos visam impulsionar cadeias produtivas sustentáveis, infraestrutura voltada à melhoria social e iniciativas de descarbonização. Os recursos contemplaram empreendimentos localizados nos nove estados nordestinos, além de áreas de Minas Gerais e Espírito Santo onde o BNB atua.
Do total contratado, R$ 4,3 bilhões foram destinados a projetos industriais voltados à bioeconomia, transição energética e descarbonização. Outros R$ 3,9 bilhões financiaram iniciativas de infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana. Em Pernambuco, os contratos somaram R$ 558 milhões, com destaque para os R$ 363 milhões destinados a projetos de sustentabilidade energética e ambiental. Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, a política fortalece a produção nacional e contribui para a redução das desigualdades regionais.
A Nova Indústria Brasil estabelece metas até 2033 em seis áreas estratégicas: infraestrutura e mobilidade, agroindústria, complexo industrial da saúde, transformação digital, bioeconomia e defesa. A política prevê o estímulo à produção nacional por meio de incentivos como compras públicas e exigências de conteúdo local, com foco em uma economia mais inclusiva e de baixo carbono.
Se o seu trabalho envolve atividades repetitivas ou longos períodos na mesma posição, é provável que já tenha sentido algum desconforto corporal. Saiba que não é o único: de acordo com o novo estudo da Onlinecurrículo, plataforma de currículos online, 68% dos entrevistados relataram dor física frequentemente devido ao trabalho. A constatação parece refletir o aumento nos afastamentos por doenças ocupacionais, que deixaram mais de 1 milhão de brasileiros incapazes em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social — dentre as doenças, a dor na coluna lidera o ranking desde 2023. Nesse sentido, ao longo das últimas semanas, a empresa especialista em carreiras entrevistou centenas de brasileiros de todas as regiões do país para entender oimpacto do trabalho nasaúde física. A pesquisa analisou os efeitos corporais ao longo da vida profissional, as principais causas de desconforto entre os ouvidos e as melhores formas de apoio organizacional para garantir o bem-estar no trabalho.
Os resultados mostram que, apesar do mal-estar físico ser algo comum, 51% dos participantes não recebem nenhuma forma de suporte ou benefício dos empregadores para lidar com desconfortos e dores habituais — precisando encontrar suas próprias formas de alívio. Essa falta de apoio pode agravar ainda mais diferentes tipos de incômodos se não tratados adequadamente, como dores posturais, enxaquecas, inchaço ou fadiga ocular.
Onde dói?
A parte dorsal é uma das regiões com mais mudanças em decorrência do trabalho. Para 50% dos respondentes, a alteração postural é a principal queixa da rotina laboral. Um desconforto que se refere a desvios na posição natural da coluna e do corpo, e que pode resultar em dores nas costas (dorsalgia) — uma das principais causas de incapacidade no mundo, sendo amplamente associada a fatores ocupacionais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em seguida, estão a dor de cabeça (48%) e a vista cansada (46%), que, geralmente, costumam estar interligados por uma mesma causa, como explica a empresa por trás do estudo. Nas partes inferior e muscular, por sua vez, o enrijecimento, o inchaço de pernas e pés e a diminuição da flexibilidade são, respectivamente, para 42%, 36% e 27% dos participantes, as mudanças mais sentidas no âmbito profissional. Logo depois, surgem os problemas de sono (26%), indicando que as questões do ambiente de trabalho podem afetar o descanso mental após o expediente.
Mas afinal, de onde vêm essas dores? Para os entrevistados, existem quatro causas que se destacam no desenvolvimento dos desconfortos durante a jornada de trabalho: postura inadequada ao longo do dia (63%), exposição prolongada a telas (43%), movimentos repetitivos ou esforço físico excessivo (35%) e um ambiente de trabalho estressante (31%).
Para Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurrículo, além de garantir o bem-estar dos colaboradores, o investimento em saúde pode reduzir custos, fortalecer o engajamento e a satisfação das equipes.
“Com as novas regulamentações reforçando o direito ao apoio psicossocial, os empregadores têm uma oportunidade real de transformar a forma como o trabalho é vivenciado por suas equipes. Priorizar o bem-estar emocional no ambiente de trabalho não é apenas uma boa prática — é também uma decisão estratégica. Isso pode resultar em menos ausências, relacionamentos profissionais mais fortes e um desempenho geral superior. Ao investir na saúde mental da equipe, você também está cuidando da saúde física — afinal, ambas estão profundamente conectadas. Não se trata apenas de cumprir uma obrigação, mas de criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos”.
O que pode mudar, segundo os brasileiros entrevistados
Para minimizar dores ou desconfortos, mais da metade (52%) dos respondentes afirmaram que pausas regulares para alongamento ou descanso seriam a mudança mais impactante para o bem-estar físico no trabalho. A ergonomia também é uma preocupação relevante: 41% dos participantes destacaram a importância de melhorias no mobiliário e suporte para home office, incluindo cadeiras ajustáveis, mesas ergonômicas e apoio para os pés.
Pensando no espaço de trabalho, 36% dos trabalhadores acreditam que mais áreas de descanso ou espaços para relaxamento durante o expediente fariam diferença na rotina — ambientes planejados para momentos de recuperação, como salas de descompressão, por exemplo. Outros fatores que envolvem o local profissional incluem maior ventilação ou controle de temperatura no ambiente (30%) e um espaço físico mais amplo para circulação e organização (30%).
Por fim, 33% dos entrevistados apontaram que benefícios para a prática de atividades físicas ajudariam na prevenção de dores e problemas musculares, promovendo um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
“Independentemente do tipo de trabalho ou de onde ele é realizado, um ambiente produtivo começa com a base certa. Isso significa oferecer as ferramentas e tecnologias adequadas — mas também dedicar tempo para realmente ouvir seus colaboradores. Quando você cria condições que favorecem o conforto, o bem-estar e a conexão genuína, está construindo mais do que um espaço funcional — está cultivando uma cultura onde as pessoas podem realmente prosperar. Liderar com empatia e consciência promove uma gestão mais centrada no ser humano, e isso beneficia a todos”, finaliza Amanda Augustine.
Metodologia
Entre os dias 01 e 02 de março de 2025, a Onlinecurrículo ouviu 500 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país. Os participantes, conectados à internet, responderam às perguntas por meio de questionário estruturado em formato online. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.