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24 fevereiro 2025

Para 51,7%, Bolsonaro é culpado; 29,7% veem inquérito enviesado, diz Atlas

 

Da CNN Brasil

Pesquisa AtlasIntel exclusiva para o programa GPS CNN de sábado (21) aponta que a maioria da população vê culpa de Jair Bolsonaro (PL) na acusação de que ele tentou dar um golpe de Estado após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

A maioria acredita que o ex-presidente será preso, mas avalia também que as investigações contra ele são imparciais.

O levanto traz ainda mais dados sobre a percepção dos brasileiros.

Sobre o plano de golpe:

  • 51,7% acham que Bolsonaro participou de um plano de golpe;
  • 40,5% não acreditam no envolvimento do ex-presidente;
  • e 7,8% não souberam responder.

Prisão, anistia e julgamento

Quando questionados se Bolsonaro deveria ser preso, anistiado ou julgado em liberdade:

  • 52,5% acham que ele deveria ser preso;
  • 27,2% anistiado;
  • 17,7% que deveria ser julgado em liberdade.

Qualificação das investigações

Já diante da pergunta sobre as investigações:

  • 53,8% acreditam que elas são completamente imparciais;
  • 29,7% acham que o inquérito foi completamente enviesado;
  • 1,6% acham que são menos imparciais do que deveriam;
  • 14,9% não souberam responder.

“O fato de a maioria da população brasileira acreditar que Jair Bolsonaro participou de planos para um golpe de Estado em 2022 indica três pontos importantes: 1) que o ex-presidente deixou marcado no imaginário popular a imagem de alguém que eventualmente poderia, sim, se envolver em alguma trama golpista; 2) que se desfazer dessa imagem não será uma tarefa fácil, principalmente por ser uma construção que vem de décadas e não apenas dos anos em que foi presidente; 3) e que isso afeta diretamente as pretensões eleitorais de Bolsonaro no futuro”, disse ao GPS CNN Yuri Sanchez, diretor da AtlasIntel.

Para ele, “há registros, ao menos desde 1999, de Jair Bolsonaro defendendo que a Constituição garante a intervenção das Forças Armadas para a manutenção da lei e da ordem e declarando que fecharia o Congresso caso fosse presidente da República, dizendo que daria golpe no mesmo dia”.

“Isso faz com que, para uma parcela considerável da população, não haja um grande estranhamento com o que as investigações trazem a respeito do envolvimento de Bolsonaro na trama de 2022”, complementa.

Sobre a maioria entender que as investigações são imparciais contra ele, o diretor da Atlas Intel cita a confiança nas instituições.

“A pesquisa revela que continua existindo uma chancela popular ao processo legal que está sendo conduzido. Nesse sentido, há boas notícias para a confiança nas instituições.”

E complementa: “Em novembro de 2024, em pesquisa realizada também para o GPS CNN, já havíamos mostrado que 60% confiavam nas investigações da Polícia Federal que geraram o indiciamento entregue à Procuradoria Geral da República (PGR).

Na sequência, Sanchez avaliou que “agora em nova etapa, com a denúncia realizada pela PGR e entregue ao STF, há uma maioria de 54% que considera as investigações do caso imparciais, contra 30% que acreditam que são enviesadas”.

“Esse é um resultado importante, dado que o caso é de extrema relevância no debate político e na sociedade, além do ponto de vista jurídico. Embora haja espaço para melhora, a confiança no devido processo legal é crucial para superarmos a percepção de impunidade ou favorecimento de políticos ou poderosos por parte da justiça, que mina a democracia”, concluiu.

Mortes de indígenas por malária caem, mas têm pior ano sob Lula

 

Do Poder360

A malária causou nove mortes entre indígenas em território brasileiro em 2024, uma redução de 71,8% em relação às 32 mortes em 2023.

Porém, os dados do Ministério da Saúde, obtidos pelo Poder360 via LAI (Lei de Acesso à Informação), mostram que o maior número de mortes e infecções entre os povos indígenas nos últimos anos se deu durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2024, o painel epidemiológico do MS registrou 54.975 casos da doença entre indígenas em áreas indígenas, o maior número em 12 anos. Em 2023, foram registradas 32 mortes, o maior índice desde 2012.

Transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles, a malária é uma doença endêmica na Amazônia Legal, que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

A propagação da malária é influenciada por fatores climáticos (temperatura, umidade, altitude), antrópicos (desmatamento, mobilidade populacional, garimpo) e pela estrutura dos serviços de saúde. Essas condições fazem da região amazônica o principal foco da doença no Brasil, concentrando 99,98% dos casos registrados em 2023.

Segundo o Ministério da Saúde, casos de morte entre indígenas foram registrados em quatro Estados: Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, totalizando 135 mortes de 2010 a 2024.

A maior parte das mortes ocorreu em Roraima (79) e no Amazonas (54) no mesmo período.

O último boletim epidemiológico do MS sobre a malária no Brasil registrou um aumento de 41,2% nos casos da doença em áreas indígenas em 2023 em relação a 2022. Leia a íntegra.

De acordo com o ministério, esse crescimento está relacionado à “ampliação da cobertura dos serviços de saúde”, especialmente depois do decreto de Emergência em Saúde Pública, emitido no início de 2023, em resposta à crise sanitária e nutricional no Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Yanomami. O MS destacou uma “melhora” nos processos de notificação e identificação de casos.

“Para fins de comparação, o número de exames realizados no território Yanomami aumentou cerca de 38,7% entre 2022 e 2023 e 83,1% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023”, informou o ministério.

Yanomami

A situação mais grave é observada na comunidade Yanomami. Cerca de 30.000 indígenas da etnia vivem em uma reserva de 96.000 km² demarcada nos Estados de Roraima e Amazonas.

O grupo contabiliza 102 das mortes totais pela doença registradas desde 2010. Os anos mais críticos para o grupo foram de 2020 a 2023, quando foram registrados 74 óbitos.

As ações do Ministério da Saúde na Terra Indígena Yanomami são conduzidas, principalmente, pelo COE Yanomami (Centro de Operações de Emergência em Saúde Yanomami).

Criado em 26 de janeiro de 2023, o centro é responsável por coordenar estratégias de resposta à emergência sanitária, mobilizar recursos para restabelecer os serviços de saúde e articular ações com gestores estaduais e municipais do SUS.

Mas segundo a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), mais de dois anos depois da declaração de Emergência em Saúde Pública por causa da falta de assistência à população Yanomami, a crise sanitária continua sem solução.

A entidade diz que os casos de malária no território subiram de 14.450 em 2023 para 18.310 no primeiro semestre de 2024. A alta motivou a Apib a questionar o Governo Federal em ofício ao STF (Supremo Tribunal Federal). Leia a íntegra.

O documento também menciona uma “falha” do MS em garantir transparência nas ações voltadas para os Yanomami. Além disso, ressalta a necessidade de dados atualizados e contínuos sobre a situação no território e as mortes na região.

“Uma vez que a ausência de periodicidade nas informações públicas, bem como o longo período no qual são elaboradas, denota uma ausência de compromisso com o repasse de informações adequadas para que se possa realizar um balanço das informações apresentadas”, declarou a Apib no documento.

Com base na petição, o ministro do STF Luís Roberto Barroso determinou em 6 de fevereiro que o governo federal explicasse o aumento de casos da doença no território Yanomami. Eis a íntegra.

O outro lado

O Poder360 procurou o Ministério da Saúde para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito dos casos de malária entre indígenas. Em nota, o ministério disse que o governo tem atuado para reverter “anos de negligência”. Leia a íntegra:

“O governo federal reafirma que vem promovendo, desde 2023, a maior operação já realizada pelo Estado na Terra Indígena Yanomami para reverter o abandono herdado e garantir a proteção e a recuperação das condições de vida dos povos indígenas.

Todas as informações solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) serão prestadas dentro do prazo estabelecido, assegurando o compromisso com a transparência e a continuidade das ações.

Em dois anos de atuação intensiva e coordenada, envolvendo 33 órgãos federais, foram reduzidas em 95% as novas áreas de garimpo, afastando a principal causa da destruição do território e das condições de vida dos Yanomami.

No âmbito da saúde, com ações realizadas pela Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, o Estado garantiu o funcionamento 100% dos polos-base do território, ampliando em 155% o número de profissionais e reabrindo todas as unidades de saúde que estavam fechadas, o que resultou na reinclusão de mais de 5.200 indígenas que estavam desassistidos.

Como resultado, houve uma redução de 27% no número de óbitos no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com quedas expressivas em mortes por desnutrição (-68%), infecções respiratórias (-53%) e malária (-35%).

Com a ampliação da busca ativa e do acesso ao diagnóstico oportuno e tratamento, houve aumento de 73% no número de exames de malária realizados e, consequentemente, também aumento dos casos reportados, mas com queda de letalidade.

Além disso, foram implantados 29 sistemas de abastecimento de água no território, com outros 18 em construção ou em reforma. E a distribuição de mais de 114 mil cestas de alimentos.

O plano estratégico do governo é coordenado pela Casa de Governo, instalada em fevereiro de 2024, em Boa Vista (RR), que consolidou uma presença permanente do Governo Federal na região, coordenando a retirada de invasores e a recuperação da infraestrutura local.

O governo federal segue atuando de forma estruturada e contínua para reverter anos de negligência e garantir que os povos Yanomami tenham autonomia, dignidade, assistência e segurança em seu território, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos indígenas e a soberania nacional.”

Baile Municipal do Recife une foliões e aliados de João Campos em grande celebração

 

O Baile Municipal do Recife chegou à sua 59ª edição no sábado (22), reunindo milhares de foliões em uma noite marcada por frevo, forró e música popular brasileira. O evento contou com a presença do prefeito João Campos, que destacou a importância da festa para a abertura do Carnaval.

“É uma alegria participar de mais um Baile Municipal da cidade. Sabemos que o baile também funciona como uma abertura do Carnaval. Foram sete horas de frevo ininterruptas, com grandes atrações e dois grandes homenageados, Elba Ramalho e Marrom Brasileiro. E a gente convida todo mundo para brincar o Carnaval. De hoje em diante é festa, é alegria”, afirmou.

A edição deste ano homenageou a cantora Elba Ramalho e o cantor Marrom Brasileiro. Um dos momentos mais marcantes da noite foi a apresentação de Luiz Caldas, que interpretou sucessos como “Fricote” e “Haja Amor”. O baile também reuniu artistas como Duda Beat, Almério, Isadora Melo e Nena Queiroga, garantindo a animação do público.

Além da celebração, o Baile Municipal tem caráter beneficente desde 2013, destinando parte da renda para instituições sociais. Ao longo dos anos, mais de 50 entidades já foram beneficiadas, somando mais de R$ 6,3 milhões arrecadados. Neste ano, a bilheteria será revertida para seis instituições, entre elas o Coque Conecta e o Instituto Fênix – Recuperando Vidas.

Papa Francisco segue em estado crítico e apresenta insuficiência renal leve

 

Da Gazeta do Povo

Internado desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral, o Papa Francisco segue em estado crítico. De acordo com novo boletim médico divulgado na tarde deste domingo (23), o pontífice não apresentou mais crises respiratórias, mas exames de sangue dão conta de que Francisco sofre agora de uma insuficiência renal leve, mas o quadro está sob controle da equipe médica da Policlínica Gemelli, em Roma.

Ontem, o comunicado do Vaticano informava que o Papa, de 88 anos, passou o dia “sentado na poltrona” e apresentava sinais de trombocitopenia (número de plaquetas no sangue abaixo do normal), associada à anemia. De acordo com o registro de hoje, o quadro segue estável.

A grande preocupação da equipe médica italiana da clínica Gemelli, no momento, é um possível risco de que a infecção no trato respiratório do paciente possa ser transmitida para a corrente sanguínea. “A complexidade do quadro clínico e a espera necessária para que as terapias farmacológicas deem alguma resposta fazem com que o prognóstico permaneça reservado”, completou o boletim.

Durante a manhã de hoje, no apartamento do 10º andar do centro de saúde, Francisco participou da missa com todos os que estão cuidando dele nestes dias de internação. “Nos últimos dias recebi muitas mensagens de carinho e fiquei particularmente comovido com as cartas e desenhos das crianças. Obrigado por esta proximidade e pelas orações de conforto que recebi do mundo inteiro. Confio a todos à intercessão de Maria e peço que rezem por mim”, comentou Francisco.

19 fevereiro 2025

PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de golpe

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal. Bolsonaro é acusado pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Esta é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal (STF) desde que se tornou presidente. Assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, a denúncia foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes. As informações são da Agência Brasil.

A acusação representa a etapa mais avançada de uma investigação contra o ex-presidente no STF. Ao longo dos últimos anos, a Polícia Federal concluiu que o político cometeu crimes em ao menos cinco investigações que tramitam no tribunal. Em três delas, Bolsonaro foi indiciado.

A PF concluiu que ex-presidente cometeu crimes e o indiciou na investigação que apura fraude em seu cartão de vacinação, na apuração que mira a venda de joias sauditas presenteadas ao governo e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos, e nesta sobre a trama golpista.

A denúncia contra o ex-presidente será analisada pela Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido pelo ministro Cristiano Zanin, a quem cabe marcar a pauta de julgamentos.

A expectativa é a de que a denúncia seja recebida pelo colegiado e que o ex-presidente se torne réu ainda neste primeiro semestre. Compõem a Primeira Turma os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux Ministro e Flávio Dino.

A CNN procurou o ex-presidente, mas ainda não recebeu retorno.

Vice-presidente do PT denuncia Anielle Franco por suposto funcionário fantasma

 

Um dos vice-presidentes nacionais do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá afirmou que irá denunciar a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao Conselho de Ética do partido nesta semana. O dirigente diz ter encontrado indícios de que a correligionária foi responsável pela indicação de um suposto funcionário fantasma no município durante a gestão passada. Anielle, por sua vez, nega qualquer irregularidade.

O episódio representa um novo capítulo no embate entre os dois petistas. Em janeiro, Anielle também afirmou que denunciaria Quaquá à mesma Comissão de Ética do partido por declarações do prefeito a respeito do assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco.

Quaquá relata, agora, ter sido avisado sobre a contratação de um funcionário fantasma a pedido de Anielle. Segundo ele, ao investigar o caso, descobriu que o indicado agia como um “consultor” de um projeto do ministério enquanto era nomeado em Maricá.

— Na esquerda e na direita essa gente virou santo de bordel. Isso tem tirado a credibilidade da política. Vou entrar com pedido na Comissão de Ética nesta semana e mostrar ao PT todos os indícios que já tenho — disse Quaquá ao GLOBO.

O funcionário citado por Quaquá é Alex da Mata Barros, lotado na autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). Ele foi admitido no cargo no município em 1/6/2021 e deixou a posição de assessor especial no primeiro dia de 2025. O GLOBO não conseguiu localizar Barros para comentar a denúncia.

O vice-presidente do PT afirma que o servidor também prestou serviços para o Ministério da Igualdade Racial no período em que atuava na secretaria municipal. Ele foi contratado como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento” em maio de 2024.

Procurada pelo GLOBO, a pasta pontuou que a vaga de consultor foi oferecida pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF). “Esclarecemos que a ministra Anielle Franco não realizou indicações nem para a prefeitura, nem para a vaga de consultor oferecida pelo CAF”, destaca a nota.

Ainda de acordo com o ministério, “o edital de seleção foi elaborado seguindo os critérios e padrões internacionais informados pelo banco”. “O edital foi devidamente divulgado pelo site do Ministério da Igualdade Racial para conhecimento público e foram analisados currículos e propostas de candidatos que se inscreveram”, prossegue o texto, acrescentando que “os selecionados têm experiência e capacidade técnica compatíveis com o cargo e prestam serviços conforme suas expertise e currículos”.

‘Surfar na onda da irmã assassinada’
Em janeiro, Anielle disse que acionaria o Conselho de Ética do PT contra Quaquá após uma postagem do prefeito ao lado de familiares de Domingos e Chiquinho Brazão. Os dois políticos foram presos no ano passado acusados como mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na ocasião, também nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial havia pedido para Quaquá “tirar o nome” da irmã “da boca”. Anielle ainda classificou como “inacreditável” ver pessoas “se aproveitarem e usarem” o caso Marielle “sem qualquer responsabilidade”.

Nesta segunda-feira, Quaquá voltou a tratar do tema. Ele disse que defende “não apenas a inocência dos irmãos Brazão”, mas que acredita que o “processo é absurdo e sem provas”.

— Para surfar na onda da irmã assassinada, como sempre fez, ela quis me denunciar, pedindo absurdamente uma Comissão de Ética por crime de opinião — disparou Quaquá.

Suspeito de matar criança de 2 anos em Tabira é linchado até a morte

 

O casal suspeito de torturar e matar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (18) na zona rural de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco. Ao chegar na Delegacia de Tabira, Antonio Lopes Sever foi linchado por populares e morreu enquanto era levado para um hospital.Já Giselda da Silva Andrade conseguiu escapar das agressões. O casal foi detido por policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI).Eles estavam sendo rastreados pelo Setor de Inteligência da polícia, que monitorava o celular de Antonio Lopes, mais conhecido como “Frajola”. Os dois são os principais suspeitos pela morte da criança, que foi encontrada com marcas de agressões físicas e sexuais, segundo a mãe.Antonio Lopes precisou ser levado para o Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto e morreu a caminho do Regional de Afogados da Ingazeira.

Entenda o crime

O crime aconteceu na cidade de Tabira, também no Sertão, no domingo (16). Arthur Ramos estava sob os cuidados do casal desde dezembro do ano passado.

O menino foi encontrado por uma vizinha, que estranhou o fato de ele não ter se levantado da cama. Ao entrar na casa, percebeu marcas de cortes pelo corpo da vítima e acionou a Polícia Militar.


Arthur foi encaminhado para um hospital local com lesões em várias partes do corpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde. O caso foi registrado como homicídio por violência doméstica/familiar e que um inquérito foi instaurado para investigar o crime.

De acordo com a delegada de Tabira, Joedna Soares, o menino já sofria uma série de agressões há um tempo e que o caso de domingo foi o ápice.

Perfil centralizador de Lula no terceiro mandato trava decisões do governo e gera queixas de aliados

 

O perfil centralizador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ritmo mais vagaroso adotado por ele para tomar decisões frente a mandatos anteriores vêm impondo dificuldades ao governo, que convive com a demora no avanço de alguns temas. Exemplo mais recente, a indefinição sobre a reforma ministerial se arrasta há meses, deixando aliados e ministros sobressaltados sem que as tratativas ganhem corpo.

Na contramão de outros tempos, o presidente não escalou auxiliares para negociar diretamente com o Centrão, tampouco chamou líderes do bloco até o momento para conversas. Não há reforma possível que não os inclua, já que o objetivo de se mexer na Esplanada dos Ministérios é melhorar a governabilidade nos próximos dois anos e pavimentar caminho para alianças em 2026.

A letargia de Lula para tratar o tema faz com que ministros tentem o tempo inteiro “ler” os sinais do chefe para saber se seguirão na Esplanada ou não. O fato de ele não ter mencionado troca na pasta durante uma reunião ou ter feito pedidos para ações mais à frente são interpretados como sinalizações de que permanecerão à frente de seus ministérios.

Lula não abre com clareza os planos nos bastidores, fazendo com que até os aliados mais próximos façam “contas” sobre o que deve acontecer e projetem os mais variados cenários. Publicamente, o presidente também tem sido econômico nos sinais, limitando-se a dizer quem não sairá do governo, caso do gesto feito ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dias atrás.

Um integrante do primeiro escalão diz que o petista está com o “xadrez na cabeça”. O problema é que está “somente na dele”, resume esse auxiliar. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não quis comentar.

‘Emissários’ atuavam em governos anteriores
Ainda que Lula sempre tenha gostado de centralizar decisões e seja natural que o presidente decida pessoalmente sobre mexidas em sua equipe, ministros lembram que, em outros tempos, ele usava emissários de confiança para encaminhar assuntos mais delicados e, assim, agilizar as deliberações do governo.

Em seu primeiro mandato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu encarregava-se da costura com partidos para encorpar a base aliada. Ainda que Lula, por vezes, mudasse de ideia e barrasse deliberações, como no episódio em que Dirceu negociou aproximação com o MDB, mas o presidente não quis fechar a aliança na largada do primeiro mandato. A palavra final sempre era de Lula, mas muitos encaminhamentos eram feitos por pessoas de confiança em diversas áreas.

No caso do Judiciário, o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, liderava as tratativas. Isso facilitava a seleção e negociação de nomeações para os tribunais, diz um auxiliar. Atualmente, para avaliar os candidatos às Cortes, Lula instituiu uma espécie de “junta”, na definição de um integrante do governo. Participam do grupo os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Ricardo Lewandowski (Justiça), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o secretário especial para Assuntos Jurídicos, Marcos Rogério de Souza.

O processo torna-se, assim, mais moroso na largada. Soma-se a isso, o fato de que Lula tem adotado postura de maior cautela na escolha para esses cargos, diz um ministro. Segundo ele, o presidente entende que “maturar melhor” o levará a fazer melhores escolhas.

Tudo isso tem resultado em lentidão para a escolha dos novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde outubro do ano passado, as listas tríplices estão na mesa do presidente sem que ele chegue a uma conclusão.

A hesitação também marcou o processo de escolha do novo procurador-geral da República, em 2023. Entre a saída de Augusto Aras e a indicação de Paulo Gonet, foram dois meses com comando interino do órgão — o maior período de vacância desde o governo de Prudente de Morais, em 1898.

Interrupções variadas
O modo centralizador de Lula tem peso importante na velocidade com que temas são digeridos pela máquina estatal. O presidente demanda participação ativa na discussão sobre diversos assuntos. Um auxiliar lembra que, nos quatro dias que antecederam o anúncio do acordo para a reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana, anunciado em outubro do ano passado, Lula agendou reuniões para discutir sobre o tema em três deles. Para que o pacote de contenção de gastos saísse, o presidente teve ao menos cinco extensas reuniões com sua equipe para deliberar sobre os caminhos possíveis.

É comum que despachos com ele sejam constantemente interrompidos por demandas de todo tipo, diz um ministro. No ano passado, uma reunião convocada pelo presidente com assessores internacionais e jurídicos para discutir o clima de tensão no Equador foi pausada ao menos três vezes para que Lula pudesse anuir a temas dos mais variados matizes, entre eles o posicionamento do governo sobre o seguro DPVAT.

Ao ritmo decisório mais lento de Lula, juntam-se dificuldades do governo nas negociações. Em dezembro do ano passado, o presidente enviou ao Senado indicações para agências reguladoras, após meses em conflito com a Casa sobre os nomes. Quando enfim enviou a lista, havia 17 vagas em nove agências diferentes a preencher, algumas em vacância há mais de um ano.

Ministros dizem que a forma como o Palácio do Planalto está estruturado hoje também contribui para que haja demora em definições. Empoderado por Lula, Rui Costa já teve embates com colegas de Esplanada. Três ministros dizem sob reserva que, por vezes, preferem esperar até conseguirem uma audiência com o próprio presidente para decidir sobre algum tema do que ter de debater com o chefe da Casa Civil previamente.

O problema é que os auxiliares esbarram em limitações para se comunicar com Lula, outro fator a complicar a agilidade nas decisões do governo. A agenda do presidente está sempre apertada, ele tem barrado ligações e despachos no Palácio da Alvorada tarde da noite e não usa celular e aplicativos de mensagens. Para falar com o petista quando ele não está no Planalto, é preciso telefonar para seu ajudante de ordens, lembra um ministro.

A crise que se abateu recentemente sobre o governo, com pesquisas indicando uma queda acentuada na taxa de aprovação do presidente, fez com que Lula abrisse exceção à regra criada por ele mesmo de preservar os fins de semana para descanso. No último domingo, o presidente reuniu na Granja do Torto alguns ministros de seu núcleo duro para debater o mau momento vivido por sua gestão. A informação foi antecipada pelo portal g1.

Foram convocados Rui Costa, Padilha, Silveira e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que é cotada para assumir um ministério. O encontro serviu para que o grupo pudesse discutir o motivo de Lula ter alcançado o patamar mais baixo de aprovação em seus três mandatos, de acordo duas fontes a par do encontro.

Sudene e Ministério do Meio Ambiente avançam na revisão de planos contra a desertificação

 

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) deram início à revisão dos Planos Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs). A partir deste mês, equipes técnicas visitarão os estados da área de atuação da Sudene para levantar dados e definir metodologias de atualização dos planos. Pernambuco, Paraíba e Ceará serão os primeiros a receber as visitas, seguidos por Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Piauí e Maranhão, em março. Também estão previstas visitas a Minas Gerais e Espírito Santo, ainda sem data definida.

As visitas serão realizadas por representantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), instituição executora do projeto, que coletarão informações para a construção de um diagnóstico atualizado sobre a desertificação na região. A partir de março, terão início 25 seminários estaduais e consultas públicas para envolver a sociedade civil, governos municipais, setor privado e órgãos estaduais. Oficinas já foram promovidas em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) para troca de experiências sobre os desafios do combate à desertificação.

Os dados obtidos subsidiarão a revisão dos planos, que ocorrerá entre abril e outubro deste ano. O resultado será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA), em novembro. A Sudene está investindo R$ 1,5 milhão no projeto, enquanto o MMA destinará R$ 2,5 milhões. Os planos deverão contemplar ações de conservação ambiental, fortalecimento da governança local e criação de mecanismos de financiamento para projetos sustentáveis.

Além da parceria com o MMA e a Univasf, a Sudene está trabalhando com Tribunais de Contas Estaduais para monitorar a implementação de políticas públicas de combate à desertificação. A autarquia também integra o 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB). O superintendente Danilo Cabral defende que “o combate à desertificação seja uma agenda de estado, desdobrando-a em ações efetivas”.

Banco do Nordeste bate recorde com R$ 60 bilhões em desembolsos em 2024

 

O Banco do Nordeste (BNB) encerrou 2024 com um volume recorde de desembolsos, atingindo R$ 60 bilhões, um crescimento de 16,3% em relação ao ano anterior. O número de operações contratadas também subiu 9,6%, totalizando 4,7 milhões de empréstimos e financiamentos concedidos. O lucro líquido do banco alcançou R$ 2,3 bilhões, representando um aumento de 11,6%, enquanto o resultado operacional foi de R$ 4,2 bilhões, crescimento de 24,1%. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (18) pelo presidente do banco, Paulo Câmara, em transmissão pelo canal do BNB no YouTube.

Segundo Paulo Câmara, os números refletem o compromisso do BNB com o desenvolvimento econômico e social da região. “O crescimento das operações e dos desembolsos mostra a eficiência do banco em apoiar empreendedores e fortalecer a economia local”, afirmou. O banco também destacou que a inadimplência foi a mais baixa da história da instituição, ficando em 1,8%, uma redução de 50% em relação a 2023. A carteira de crédito administrada cresceu 17,2%, chegando a R$ 157,6 bilhões.

O segmento de micro e pequenas empresas teve um avanço expressivo, com R$ 6,1 bilhões em operações contratadas, um aumento de 4,5%. No programa de microcrédito urbano Crediamigo, o BNB registrou R$ 12,1 bilhões em contratações, alta de 13,3%, enquanto no Agroamigo, voltado para o microcrédito rural, houve um crescimento de 51,7%, totalizando R$ 8,6 bilhões. “Os resultados consolidam o Banco do Nordeste como o principal parceiro dos pequenos empreendedores da região”, destacou Wanger Rocha, diretor financeiro da instituição.