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15 fevereiro 2021

Auxílio emergencial vai chegar a mais de 40 milhões de pessoas, calcula governo

Clipping

A recriação do auxílio emergencial vai atender mais pessoas do que o inicialmente previsto. Segundo estimativas da equipe econômica, o programa deve chegar a pelo menos 40 milhões de indivíduos em 2021.

Mesmo assim, o auxílio deve contemplar uma população menor do que a de 2020. No dia 4 de fevereiro, o ministro Paulo Guedes (Economia) previa contemplar 32 milhões de brasileiros no auxílio emergencial.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a ideia da equipe econômica parte da premissa de que 75% dos recebedores do auxílio emergencial em 2020 representavam a parcela de 50% da população brasileira com menos recursos.

O novo programa seria voltado apenas a essa parcela de 75% de recebedores mais pobres.

Apesar de ser mencionado nos bastidores um pagamento para mais de 40 milhões, o percentual representaria pelo menos 50 milhões –considerando os dados atualizados em dezembro pela Caixa (67 milhões receberam o auxílio emergencial).

De qualquer forma, a pasta buscar fazer as regras atenderem os mais carentes enquanto poupa recursos em relação ao programa do ano passado –que teve até servidores e militares recebendo o dinheiro, infringindo as regras previstas.

A quantidade de pessoas a receber o auxílio inclui os beneficiários do Bolsa Família, que devem receber um aumento para obterem o mesmo que os demais atendidos.

Apesar de pressões entre congressistas por um valor mais alto, a equipe econômica insiste em que a quantia a ser paga deve ficar entre R$ 200 e R$ 250 por beneficiário.

Valores como de R$ 300 são rechaçados sob a ótica de que seria empobrecido todo o país por consequências de um programa mais caro (como a inflação e o aumento de juros).

A equipe também estuda eliminar o pagamento em dobro para mães solteiras, feito no ano passado –casos em que foi possível obter R$ 1.200 em vez dos R$ 600 pagos nas cinco primeiras parcelas, e R$ 600 em vez de R$ 300 nas últimas quatro. A última parcela foi referente a dezembro de 2020.

O programa custaria no mínimo entre R$ 8 bilhões e R$ 12,5 bilhões por mês, considerando as variáveis de população e valor do benefício previstas nas regras em estudo.

O Ministério da Economia vem dizendo que busca um programa que dure somente três ou quatro meses, o que levaria o custo mínimo do auxílio emergencial em 2021 a um número entre R$ 24 bilhões e R$ 50 bilhões. Em 2020, o total liberado foi de R$ 322 bilhões.

Para liberar esse montante, o governo precisa alterar a Constituição de forma a obter segurança jurídica para a operação por causa de dois fatores principais. Hoje, regras fiscais impedem o país de criar um programa que demande tantos recursos de dívida -por isso, é necessária uma flexibilização nas normas.

Outro argumento é que há controvérsias sobre a hipótese de os efeitos da pandemia serem previsíveis ou imprevisíveis em 2021, visto que o novo coronavírus chegou ao país há quase um ano.

A interpretação faz diferença porque o auxílio emergencial será criado por meio de crédito extraordinário -dispositivo que libera recursos fora do Orçamento tradicional e fora do teto de gastos, algo permitido pela Constituição somente para despesas urgentes e imprevisíveis (como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública).

Como não há consenso técnico se a luta contra a pandemia deve ser vista como previsível em 2021, uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para liberar gastos neste ano enterraria a discussão.

O instrumento usado em 2020 foi a PEC da Guerra, que flexibilizou as regras fiscais e vigorou até o fim do ano.

Agora, Guedes prefere uma cláusula de calamidade pública a ser inserida na PEC do Pacto Federativo -proposta elaborada por ele que tramita desde novembro de 2019 no Congresso e revê despesas públicas.

O objetivo de Guedes é liberar os recursos, mas com uma contrapartida fiscal. O Ministério da Economia ficou de “compactar” a PEC do Pacto Federativo com a cláusula de calamidade pública e apresentar uma versão a representantes do Congresso.

Fonte: Edenevaldo Alves

Recuperação lenta torna setor de serviços refém da vacinação

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Responsável pela maior parte das riquezas produzidas no Brasil, o setor de serviços fechou 2020 com queda de 7,8% e caminha lentamente na tentativa se recuperar das perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus. A retomada, ainda discreta em relação aos demais ramos de atividade, coloca os serviços como o segmento mais dependente do processo de vacinação contra a covid-19.

Em dezembro, o volume de serviços prestados no Brasil interrompeu a sequência de seis meses consecutivos de alta e fechou o ano 3,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro, último mês sem a adoção de medidas de isolamento social, segundo dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Um horizonte de uma recuperação mais contundente do setor de serviços passa necessariamente pela vacinação em massa da população para que os consumidores se sintam mais confiantes em voltar a consumir serviços de natureza presencial”, avalia o gerente da PMS, Rodrigo Lobo.

11 fevereiro 2021

Com 2% da população imunizada, pernambucanos torcem por 'vida normal' pós-vacina

 A terceira reportagem da série "Covid-19" traz histórias de pessoas que se recuperaram da doença e de pernambucanos que aguardam a vacina para abraçar parentes e amigos.


Pernambuco vacina 2% da população e imunizante traz esperança no combate à Covid-19

Pernambuco vacinou 2,13% da população contra a Covid-19. Os dados divulgados, nesta quarta (10), mostram que 205.164 pessoas receberam a primeira dose das vacinas Coronavac e de Oxford. Ao todo, 15.297 desses pernambucanos tomaram também a segunda dose e completaram o processo de imunização (veja vídeo acima).

O avanço da campanha de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus é um sinal de esperança em meio à pandemia. Para quem ainda não pegou a Covid e também para aqueles que já estão recuperados.

Ficar curado de uma doença como essa representa um recomeço e um alívio. A auxiliar administrativa Suene Silva passou 18 dias intubada por causa da Covid-19. Em vários momentos, achou que iria morrer.

Curada da Covid-19, Suene tem medo de reinfecção  — Foto: Reprodução/TV Globo

Curada da Covid-19, Suene tem medo de reinfecção — Foto: Reprodução/TV Globo

“Eu pensava sempre nos meus filhos, na minha mãe, na minha família. Por muitos momentos passava um filme na cabeça, uma história da vida da gente, sempre no final a gente acha que não vai resistir”, lembrou.

Suene entrou para a lista das pessoas que se recuperaram da Covid-19. Em Pernambuco, foram mais de 234.954.

Cerca de 92% desses pacientes tiveram sintomas leves, mas os outros 8% (19.295 pernambucanos) viveram o desespero de ficar sem ar. São pacientes como Suene, que desenvolveram a versão grave da doença, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

“Tenho medo de me reinfectar. A possibilidade de adquirir novamente, que há essa possibilidade, né? A gente sabe que tem essa possibilidade e eu espero tomar a vacina. Por enquanto vou me precavendo, com distanciamento social, usando os métodos eficazes contra o contágio para não passar por isso de novo”, disse Suene.

Como ainda não existe um remédio capaz de curar a Covid-19, que seja consenso entre os médicos, a esperança está concentrada em imunizantes. A corrida pelas vacinas começou logo que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo.

Imunização

Um ano depois, mais de 140 milhões de pessoas pelo planeta já tomaram alguma vacina contra a Covid-19. Os primeiros brasileiros imunizados estavam fora da terra natal.

A pernambucana Valéria tomou a vacina na Alemanha, onde trabalha como enfermeira. Ela perdeu a mãe, vítima da Covid, no Recife, e tomou a primeira dose da vacina enquanto vivia o luto.

“Não tive nenhuma reação, estou bem, feliz. Pensei em todo tempo na minha mãe. Se ela estivesse viva, agora, poderia ter salvado a minha mãe. Infelizmente, ela não está aqui pra eu poder contar isso tudo a ela e conversar sobre esse momento. Foi um momento muito especial, não só para mim e para todos meus familiares, amigos, que ficaram sabendo que eu tomei a vacina”, contou.

Pernambuco começa a pagar 13º do Bolsa Família estadual; confira calendário

 Pagamentos são feitos de acordo com a data de nascimento do responsável pela família e final do Número de Identificação Social (NIS). Beneficiários podem receber até R$ 150.


Pagamento do 13° do Bolsa Família tem início nesta quinta-feira (11) — Foto: Lidianne Andrade/Myphoto Press/Estadão Conteúdo

O pagamento do 13º do Bolsa Família referente ao ano de 2020 começou a ser feito nesta quinta-feira (11). De acordo com o governo estadual, a entrega do benefício acontece nos meses de fevereiro, março e abril e é feita de acordo com o mês de nascimento do responsável pela família e o final do Número de Identificação Social (NIS).

Em fevereiro, os pagamentos acontecem para os beneficiários nascidos de janeiro a abril, a partir desta quinta-feira, e seguem até o dia 26. Para os nascidos de maio a agosto, os pagamentos acontecem entre os dias 18 e 31 de março. Por fim, os nascidos de setembro a dezembro recebem a parcela extra do benefício entre os dias 16 e 30 de abril (confira tabela completa mais abaixo).

Segundo o governo do estado, o pagamento deve ser feito equivalente a parcela que cada família recebe mensalmente, com valor máximo de R$ 150. Para aquelas famílias que recebem valores inferiores ao teto, houve a possibilidade de alcançar o limite do pagamento.

Aqueles que utilizaram o programa Nota Fiscal Solidária puderam complementar o valor para chegar ao teto de R$ 150. Nesse caso, os beneficiários que pediram nota fiscal com seu CPF receberam o retorno de 5% do valor de tudo que compraram nos setores de alimentação, gás de cozinha, vestuário, calçados, material de limpeza, higiene pessoal e medicamentos.

É possível consultar os pontos acumulados no site da Secretaria da Fazenda do Estado. De acordo com o governo, o programa foi idealizado como um complemento ao 13º do Bolsa Família, que garante por si só mais um mês de benefício de acordo com o mesmo valor que recebe durante todo o ano.

Para dúvidas, a população pode utilizar o serviço da Ouvidoria Social, no telefone 0800.0814421, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Datas de pagamento do 13° do Bolsa Família

Final do NISNascidos de janeiro a abrilNascidos de maio a agostoNascidos de setembro a dezembro
111/0218/0316/04
212/0219/0319/04
317/0222/0320/04
418/0223/0322/04
519/0224/0323/04
622/0225/0326/04
723/0226/0327/04
824/0229/0328/04
925/0230/0329/04
026/0231/0330/04

Crítica: humor e a rivalidade de sempre em "Tom & Jerry: O filme"

 Longa resgata a clássica disputa entre gato e rato em cenário com atores reais


Ao misturar animação e live action, termo usado para trabalhos com atores reais, "Tom & Jerry: O filme”, potencializa a empatia do espectador com uma história de ouro dos desenhos animados, originada nos anos 1940. A rivalidade, que mistura humor e teimosia, atravessou gerações e se mostra firme no imaginário do público, agora reforçado pela produção da Warner Bros. Pictures, com exibição pré-paga nos cinemas, a partir de hoje. A estreia oficial, com número maior de sessões, acontece no próximo dia 18.

O longa é dirigido por Tim Story, que traz no currículo trabalhos de aventura e ação, como “O quarteto fantástico” (2005) e (2007), “Táxi” (2004), e séries como a nona temporada de “CSI - Miami”. O roteiro de Kevin Costelo, que também escreveu “As aventuras de Brigsby Bear” (2017), é inspirado na estrutura original criada por Hanna e Barbera. No enredo dos dias de hoje, a antiga batalha entre gato e rato é ambientada no movimento urbano da cidade de Nova York, onde ambos tentam se instalar. Enquanto o elenco se movimenta normalmente, os dois aparecem no estilo clássico do desenho, em silêncio o tempo todo.

Mas é no melhor hotel da cidade, chamado Royal Gate, que essa disputa ameaça a carreira de uma jovem em busca da confiança do chefe de seu mais novo emprego. A atriz americana Chloë Grace Moretz, de “Vovó... Zona 2” (2006) e "Carrie - A Estranha" (2013), interpreta Kayla, em tom de inocência com esperteza, tal como os dois personagens principais dessa história. Curioso é ver a rixa existir não só entre os dois bichos, mas, de uma outra maneira, na rotina da jovem que se vê encurralada com o seu supervisor ambicioso, Terrance, vivido por Michael Peña, de “Homem-Formiga” (2015).

A expectativa ao longo do filme é pelo então casamento do século, com a pompa do formato indiano, a ser realizado nesse mesmo hotel. Tudo precisa sair perfeito para o bem de Kayla e boa reputação do Royal Gate. No entanto, as confusões entre Tom & Jerry surgem não só para atrapalhar os preparativos do grande dia, como dar movimento na história. As brigas interagem de maneira perfeita com o cenário real. Cortinas rasgadas, vidros quebrados e bagunça por todos os lados aproximam a animação com a realidade. 

Os momentos conhecidos no desenho clássico são relembrados em cenas divertidas, daquelas que nenhuma família consegue prender o riso. Leia-se nuvem empoeirada surgindo na hora da briga, engenhoca de captura, calos gigantes na cabeça e muito objeto quebrado sobre o outro. A porta minúscula de onde o rato saia, muitas vezes para cair numa cilada, aparece no melhor estilo lar doce lar.

O ponto alto acontece quando os três personagens principais dessa história se unem para conviver no mesmo espaço. Um desafio e tanto para gato e rato, que precisarão passar um dia inteiro de lazer juntos, a fim de mostrar que mais nenhuma confusão virá pela frente para atrapalhar o casamento.

Moraes, do STF, decide que Promotoria não pode destinar recursos de delações e multas da Lava Jato

 A medida é considerada uma derrota da Lava Jato


O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu uma decisão liminar (provisória) nesta quarta-feira (10) para estabelecer que o Ministério Público não pode definir a destinação de valores decorrentes de condenações criminais e acordos de colaboração premiada ou de leniência.

A medida é considerada uma derrota da Lava Jato, que não poderá mais definir para onde irão os recursos oriundos de acordos firmados pela operação.

A decisão deverá ser analisada pelo plenário da corte em data ainda não definida. O entendimento vai ao encontro do que foi defendido pela AGU (Advocacia-Geral da União), que faz a defesa do governo federal.

O órgão, que está sob o guarda-chuva da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), também sustentou que cabe à União definir a destinação dos valores oriundos de acordos judiciais.

No despacho individual, o ministro sustentou que as "receitas oriundas de acordos de natureza penal, como toda e qualquer receita pública, devem, ao ingressar nos cofres públicos da União, ter a sua destinação a uma específica ação governamental definida por lei orçamentária editada pelo Congresso Nacional".

Da mesma forma, o ministro disse que o Ministério Público não tem o poder de vincular a destinação do recurso, por exemplo, para a área que foi lesada pelo agente público envolvido em crime que fez acordo com os investigadores.
A decisão foi tomada em uma ação em que o PT e o PDT pedem que o Supremo decida que a Promotoria não tem competência para definir a destinação dos valores.

"Em que pesem as boas intenções de magistrados e membros do Ministério Público ao pretender destinar verbas resultantes de sanções criminais para projetos sociais e comunitários -e para o enfrentamento à grave crise de saúde pública decorrente da pandemia do coronavírus-, devem ser respeitados os limites estabelecidos pela Constituição Federal, bem como a expressa atribuição ao Congresso Nacional para deliberar sobre a destinação das receitas públicas", afirmou Moraes.

O ministro destacou que o acordo homologado por ele próprio a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para destinar parte de um fundo de R$ 2,6 bilhões da Lava Jato recuperado da Petrobras à saúde e à educação não representa uma autorização para o órgão decidir a destinação dessas receitas.

"A homologação do acordo não constitui precedente em favor da possibilidade de que órgão judiciário determine a alocação ou vinculação de recursos públicos, pela singela razão de que a excepcional resolução da questão, naqueles autos, dependeu da efetiva participação de todos os Poderes, órgãos e autoridades com competência constitucional para a alocação de receitas públicas. E, em última análise, a destinação ali acordada somente se tornou efetiva com a aprovação dos atos normativos apropriados pelo Congresso Nacional."

Entenda o projeto que abre caminho para pessoas físicas terem conta em dólar no país

 O objetivo é modernizar e simplificar o mercado de câmbio e facilitar o acesso de capitais estrangeiros ao mercado brasileiro


Saiba quais as principais mudanças trazidas pela versão aprovada na Câmara do Novo Marco Legal do Mercado de Câmbio. O texto ainda depende de votação do Senado e sanção do presidente da República, além de regulamentação de vários pontos.

Projeto de Lei 5387/2019 - Novo Marco Legal do Mercado de Câmbio

Objetivo: modernizar e simplificar o mercado de câmbio e facilitar o acesso de capitais estrangeiros ao mercado brasileiro e de investidores brasileiros ao mercado externo.

1) Permite que o BC autorize pessoas físicas e jurídicas a terem contas em moeda estrangeira no país. A liberação ainda demanda regulação específica e deve reduzir, por exemplo, o custo para fazer remessas ao exterior. Na justificativa do projeto, o BC diz que essa permissão será utilizada pela instituição "de forma gradual e prudente". Atualmente, apenas segmentos específicos possuem essa autorização, como agentes que operam câmbio, emissores de cartões de crédito de uso internacional, sociedades seguradoras e prestadores de serviços turísticos.

2) Abre caminho para que fintechs atuem no mercado cambial sem necessidade de associação com bancos ou corretoras. A mudança demandará regulamentação específica.

3) Aumento do limite de dinheiro vivo que cada passageiro pode portar ao sair do Brasil ou nele entrar. Em vez dos atuais R$ 10 mil serão US$ 10 mil (mais de R$ 50 mil ao câmbio atual) ou o equivalente em outra moeda.

4) Libera a negociação de moeda estrangeira entre pessoas físicas, com limite de US$ 500. Não haverá exigência de identificação nem taxações se isso ocorrer de forma eventual e não profissional.

5) Simplifica a entrada de investidores estrangeiros. Hoje, quem mora fora e quer aplicar na Bolsa ou em títulos públicos brasileiros precisa fazer o registro de capitais estrangeiros no BC, o que aumenta a burocracia e custa caro.

6) Elimina a burocracia na contratação de câmbio para importação e exportação, elimina restrições para exportadores no uso de receitas mantidas no exterior e facilita

7) Bancos centrais estrangeiros poderão abrir contas em reais no Brasil, o que facilita a aplicação em títulos brasileiros. Também facilita operações de investidores internacionais com títulos públicos em reais realizadas diretamente no exterior.

8) Retira a proibição de que bancos estrangeiros que possuam conta em reais no país façam pagamentos no exterior. Atualmente, a instituição só pode usar a conta para fazer pagamentos no Brasil.

9) Acaba com restrições consideradas obsoletas pelo BC. Uma delas é a limitação à compra de bancos nacionais por instituições financeiras estrangeiras.

10) Favorece o uso do real em negócios internacionais e busca a conversibilidade da moeda, quando ela pode ser trocada sem restrições pela de outro país.

O abre-alas de Miguel

 

Em meio a tantas notícias que apontam que Pernambuco vem crescendo feito rabo de cabalo, para baixo, tendo Recife, a capital, engolida por Fortaleza e Salvador, um estudo da Macroplan, divulgado com exclusividade, ontem, pela revista Exame, aponta a formosa e gigante Petrolina, capital do Vale do São Francisco, como a cidade que detém, hoje, disparado, o selo de melhor qualidade de vida no Nordeste.

A Macroplan é uma empresa de consultoria com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o Brasil. Surgiu como spin off da Claudio Porto & Consultores Associados, no final da década de 80, e logo ingressou no mercado de consultoria do Brasil entregando um produto inovador – construção de cenários e prospecção de futuros – no 1º ciclo de planejamento estratégico da maior empresa do País: a Petrobras.

De acordo com o levantamento, Petrolina é classificada como referência em gestão pública e qualidade de vida. O estudo bate com outros levantamentos oficiais. Em dezembro, a Sudene publicou um ranking no qual a cidade desponta na liderança em Pernambuco e em sexto lugar no Nordeste. Teve a melhor nota entre todos os municípios nordestinos, inclusive, à frente das capitais.

O Índice de Desafios da Gestão Pública avalia 15 indicadores de quatro segmentos estratégicos: educação, segurança, saúde e saneamento/sustentabilidade. São observados dados referentes à cobertura de saúde básica, qualidade de ensino, serviço de esgotamento, taxa de mortalidade infantil, números de homicídios, acidentes de trânsito entre outros.

O estudo detectou uma evolução na qualidade de vida em Petrolina, que resultou no aumento da nota, passando de 0,620 (em 2020) para 0,645 (em 2021). Tudo isso, diga-se de passagem, não caiu do céu, é produto da arrojada gestão do prefeito Miguel Coelho (MDB), filho do senador Fernando Bezerra Coelho, reeleito com a maior votação no Norte-Nordeste e uma das maiores do País.

“Petrolina tem a melhor gestão do Estado e não sou eu que estou dizendo, é a Sudene e a Macroplan”, diz, com o peito estufado de orgulho, o jovem prefeito, conhecido na cidade como o “Galeguinho”. Ele fechou a sua primeira gestão, ano passado, com investimentos da ordem de R$ 90 milhões. Construiu mais de 20 unidades de saúde, revigorou o programa de creches Nova Semente, implantou escolas de tempo integral, pavimentou mais de 400 ruas, mudou a empresa de transportes, oferecendo ônibus modernos com internet, fez um amplo programa de saneamento, matadouro e duplicou várias avenidas, entre elas a Cardoso de Sá e a pista de saída para Recife. Em meio à pandemia, Petrolina manteve o segundo lugar no ranking de geração de emprego no Estado.

Por tudo isso, pode desabrochar no Sertão o mais forte candidato da oposição ao Governo do Estado em 2022, para enfrentar com chances reais de vitória o candidato socialista, principalmente se for Geraldo Júlio, que pegou Recife campeã em todos os índices de referências regionais, e passou a João Campos como rabo da gata, atrás, pasmem, até da sofrível São Luís, capital do Maranhão, segundo estudo da Sudene.

PE proíbe bares, restaurantes e ambulantes em Recife e Olinda

 

O governo de Pernambuco proibiu o funcionamento de bares, restaurantes e do comércio ambulante no Bairro do Recife e no Sítio Histórico de Olinda, no fim de semana do carnaval. O anúncio, feito hoje, é válido entre 20h de sexta (12) e 6h de segunda (15). Um auxílio para grupos que dependem da folia e um reforço no policiamento também foram anunciados.

De acordo com o governador Paulo Câmara (PSB), a medida foi adotada para evitar aglomerações de pessoas e, assim, conter a disseminação do novo coronavírus. O carnaval no estado foi suspenso devido à pandemia, bem como o ponto facultativo para repartições públicas.

"Os órgãos dos estados, em conjunto com as prefeituras das duas cidades, irão fiscalizar o cumprimento do decreto e prevenir a aglomeração de pessoas nos dois locais", afirmou o governador.

Jailson Correia e mais três são indiciados pela PF

 

O ex-secretário de Saúde do Recife, Jailson de Barros Correia, dois ex-gestores da prefeitura e um empresário foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investigou supostas irregularidades na compra de respiradores que deveriam ser destinados ao tratamento de pacientes com a covid-19 na capital pernambucana. As informações são da coluna Ronda JC.

O inquérito foi conduzido pelo delegado federal Daniel Silvestre. De acordo com as investigações, a Secretaria de Saúde do Recife firmou dois contratos, mediante dispensa de licitação (autorizada por lei federal), além de um termo aditivo com a microempresa Juvanete Barreto Freire entre abril e maio do ano passado. No total, 500 aparelhos – cujo valor era de R$ 11,5 milhões. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou à PF, na época, que a fabricante não tinha autorização para produzir os equipamentos e que os mesmos não poderiam ser utilizados em humanos. Um vídeo, que circulou nas redes sociais, mostrou os respiradores sendo testados em porcos - dias após parte dos aparelhos já ter sido entregue à Prefeitura do Recife, que não chegou a usá-los nos hospitais.

A PF informou que o ex-secretário Jailson Correia, que sempre negou as acusações de irregularidades, foi indiciado pelo crime de dispensa indevida de licitação. O ex-diretor financeiro da Secretaria de Saúde do Recife, Felipe Soares Bittencourt, e a ex-fiscal de contrato da Secretaria de Saúde, Mariah Simões da Mota Bravo, foram indiciados por peculato e por dispensa indevida de licitação. Já o empresário Juarez de Freire da Silva, sócio da empresa Bioex Equipamentos Médicos, envolvida no caso, foi indiciado por uso de documento falso e por sonegação tributária e previdenciária.

Mesmo indiciada, Mariah Bravo permaneceu na gestão do atual prefeito João Campos (PSB). Hoje, no entanto, a exoneração dela foi publicada. Ela estava exercendo o cargo de gerente de Conservação de Rede da Secretaria Municipal de Saúde.

Marília solicita flexibilização do ponto de corte do SiSu

 

A deputada federal e segunda secretária da Câmara dos Deputados, Marília Arraes (PT-PE), enviou ofícios aos reitores da UFPE e UPE, hoje, solicitando a flexibilização do ponto de corte no Sistema de Seleção Unificada (SiSu) de 2021.

A realização da prova do ENEM em plena pandemia da Covid-19 trará consequências graves para uma parcela dos estudantes brasileiros, principalmente aos alunos oriundos da rede pública de ensino. "Não é possível ignorar o déficit de aprendizado, mesmo entre quem conseguiu realizar a prova".

"O ofício que o nosso mandato enviou para as universidades foca na defesa da diversidade, da inclusão social e da universalização da educação. Usamos como exemplo a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que flexibilizou as notas mínimas exigidas no SISU", continua a deputada.

É importante ressaltar que o ENEM 2020, cujas provas foram realizadas entre janeiro e fevereiro deste ano, já é considerado o mais desigual de todos os tempos. A edição bateu o recorde de abstenções, já que muitos alunos tiveram receio de expor a si e seus familiares ao coronavírus e também não conseguiram se preparar de maneira plena para a prova. "A flexibilização do ponto de corte é uma forma de diminuir um pouco a injustiça que a prova causará".

Nos dois dias da prova presencial, os índices de abstenção em todo o Brasil, foram, respectivamente, 51,5% e 55,3%. Já na versão digital, a abstenção foi ainda maior: 68,1% no primeiro dia e 71,3% no segundo dia. Em Pernambuco, no primeiro dia da prova presencial, as abstenções chegaram a 48,4%. Já no segundo dia, o número chegou aos 52,2%. Na versão digital, no primeiro dia, 63,9% dos estudantes não fizeram a prova, enquanto no segundo dia cerca de 68,2% se abstiveram aqui no Estado.

10 fevereiro 2021

Recife notifica mais 10 mortes pela Covid-19 e se aproxima de 3 mil vítimas fatais

 


Primeiro epicentro da Covid-19 em Pernambuco e desde novembro atravessando um novo momento de pressão por causa do aumento de casos, o Recife está próximo de alcançar a triste marca de três mil vítimas fatais da doença provocada pelo novo coronavírus. 

Nesta terça-feira (9), foram notificadas mais 10 mortes, todas ocorridas neste ano, entre os dias 26 de janeiro e 7 de fevereiro. No primeiro mês de 2021, 146 pessoas perderam a vida para a Covid-19 na Capital pernambucana, que já soma um total de 2.957 vítimas fatais. 

Dados
Até o momento, o Recife acumula 63.519 casos de infecção pelo novo coronavírus - com notificação oficial -, sendo 10.272 deles pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). 

As mulheres são maioria entre os pacientes mais graves, respondendo por 51,8% (5.316) dos casos de SRAG na cidade - os homens representam 48,2% (4.956). No entanto, quando o recorte passa a ser a distribuição dos óbitos, são os homens as principais vítimas. Eles somam 51,6% das mortes (1.526), enquanto elas correspondem a 48,4% (1.431). 

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O grupo etário de 50 a 59 anos é o que mais tem casos de SRAG registrados no Recife, com 17,3% do total das notificações do tipo. Em seguida, estão os grupos de 40 a 49 anos (16,5%) e de 60 a 69 anos (16%). 

Aqueles acima de 80 anos correspondem a 12,8% dos casos de SRAG notificados (1.317). Entretanto, concentram 29,5% dos óbitos (871 mortes). Isso significa uma letalidade acima de 66% nesse grupo, o mais afetado. 

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Leitos
De acordo com o boletim mais recente da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), o município tem 130 leitos de UTI e 142 de enfermaria destinados exclusivamente para o atendimento de pacientes com quadros suspeitos ou confirmados da Covid-19. No momento, 102 leitos de terapia intensiva e 75 de enfermaria estão ocupados.