Josias de Souza
Condenado em segunda instância a 30 anos e 9 meses de cadeia, José Dirceu deveria estar atrás das grades. Mas ele desfruta, veja você, de uma temporada de férias. Graças à generosidade da Segunda Turma do Supremo, que o libertou no mês passado, o ex-chefão da Casa Civil de Lula trocou a hospedaria da Papuda, o presídio de Brasília, pelo conforto da casa de um empresário-companheiro no interior da Bahia. Dirceu passeia, se reúne com políticos locais e até dá entrevistas.
No Brasil, os crimes praticados acima de um certo nível de poder e renda não costumavam ser punidos. A Lava Jato melhorou o que era muito ruim. Mas a situação continua precária. O baixo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funciona como um incentivo à prática generalizada dos crimes do poder.
Quem olha para as alianças eleitorais de 2018 percebe que ainda é grande a quantidade de corruptos em plena atividade. Ao libertar Dirceu, que coleciona senteças no mensalão e no petrolão, a Segunda Turma do Supremo revela que, no Brasil, continua sendo mentirosa a tese segundo a qual o crime não compensa. É que, quando compensa, ele muda de nome. Quando a punição é inexistente ou cenográfica, o nome do crime é impunidade.
Raquel Dodge se reuniu com procuradores regionais eleitorais nesta sexta (27)







Helena Chagas – Blog Os Divergentes
Em um encontro marcado por muita emoção com a família do ex-presidente da Assembleia Legislativa Guilherme Uchoa, falecido no início deste mês, o governador Paulo Câmara (PSB) reafirmou o seu compromisso com o legado deixado pelo antigo aliado, que sempre militou com muito entusiasmo na Frente Popular. Realizada na casa que era de Uchoa em Itamaracá, no Litoral Norte, a reunião contou com familiares de Guilherme, com grupo político do prefeito Tato (PSB) e militantes da região.