De reportagem de Rosália Rangel no DIARIO
O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) admitiu, pela primeira vez, ter disposição para disputar a Presidência da Câmara dos Deputados, no caso de uma eventual cassação do atual presidente Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O parlamentar, no entanto, disse que não vai se posicionar oficialmente sobre o assunto porque, na avaliação dele, seria “um primarismo meu ou de qualquer outra pessoa falar de uma eleição para um cargo que não está vago”, ponderou o peemedebista.
Jarbas Vasconcelos foi questionado sobre o assunto depois de participar, ontem, de uma mesa-redonda sobre a crise política instalada no país, que teve como pano de fundo o lançamento do livro O Supremo, do jurista Joaquim Falcão.
Jarbas Vasconcelos foi questionado sobre o assunto depois de participar, ontem, de uma mesa-redonda sobre a crise política instalada no país, que teve como pano de fundo o lançamento do livro O Supremo, do jurista Joaquim Falcão.
“PSICOPATA E MENTIROSO”
Jarbas disse que os partidos de oposição erram em apostar todas as fichas em “uma pessoa que não era para acreditar”, referindo-se à eleição do presidente da Câmara, a quem chamou de “psicopata e mentiroso”. Sobre o impeachment da presidente Dilma, ele acredita que não acontecerá este ano, mas que uma “pessoa que tem apenas 10% de aprovação” não conseguirá se manter no poder.
Em pouco mais de uma hora de discussão, no auditório da Livraria Cultura, Paço Alfândega, foram inúmeras as críticas ao governo Dilma, ao ex-presidente Lula (PT), ao PT e a Eduardo Cunha. As declarações mais duras envolveram as denúncias de corrupção (mensalão e Petrobras), as manobras de Cunha para evitar a cassação e as confusões protagonizadas no Congresso Nacional.
Em boletim de ocorrência de 2012, a mãe de Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo de cassação de Eduardo Cunha, contou à polícia que o filho a agrediu fisicamente, ameaçando-a de morte, durante uma discussão familiar. Antônia Cogo alegou à época que sofria maus tratos havia dez anos. Ela confirma ser a autora do registro, mas diz que inventou o relato por “depressão”, pedindo o arquivamento do caso dias depois. “Fiz para botar medo. Meu filho nunca colocou a mão em mim.” A informação é de Natuza Nery, hoje na sua coluna da Folha de S.Paulo.





Da Folha de S.Paulo - Marina Dias
