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28 dezembro 2016

Fumo mas não trago. Um amigo traz

Carlos Brickmann
Diz um cruel humorista americano que, certa manhã, uma esfuziante Chelsea Clinton chegou à Casa Branca e contou à mãe que tinha conhecido naquela noite um rapaz maravilhoso, simpático, bonito, bem educado, uma paixão!, que lhe fez agradável companhia. A mãe, preocupada, perguntou: "Rolou sexo?" E a jovem, direta: "De acordo com o papai, não".

O ex-ministro Jaques Wagner (Governo Dilma) se aproximou de outra frase do ex-presidente Clinton: "eu fumei, mas não traguei". Wagner, acusado de receber da Odebrecht um caprichado pixuleco, um relógio Rolex de US$ 20 mil, confirmou o presentão, mas explicou: "Guardei e nunca usei, porque uso outro tipo de relógio. Mas, se o cara me deu de presente, vou fazer o quê?" Claro: talvez prefira um relógio de bolso ("cebolão"), da Patek Phillipe, o Henry Graves Super Complication, avaliado em US$ 11 milhões. Se alguém lhe der de presente, que mal faz?

Pois é: junte as duas frases de Clinton, a verdadeira e a falsa, com a brasileira, de Jaques Wagner, e terá uma pista do caminho legislativo a seguir para livrar boa parte dos envolvidos na Lava Jato. Representantes dos três Poderes montam uma tese jurídica para separar o caixa 2 destinado a financiar campanhas do dinheiro usado para, oh, horror! enriquecer políticos. O que sempre se usou e é culturalmente aceito continua legal.

O que não é culturalmente aceito, quem sabe um dia se acerta isso também.

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