No caso de Bolsonaro, não ocorreu acomodação, mas um surto de loucura. Quis tomar o poder pela força, com uma turma que até ameaçou matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Tem um provérbio japonês que Bolsonaro e os condenados pelo STF por tentativa de golpe desconhecem ou ignoram: “Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota”. Bolsonaro preferiu o embate imbecil a superar a derrota, que é o maior desafio dos humanos. Deixar a derrota remoer e alimentar o instinto colérico é a pior maneira de se dar a volta por cima.
15 setembro 2025
Lula fala em negociar, mas diz que Trump é desonesto e busca impunidade

Do Poder360
O jornal norte-americano New York Times publicou neste domingo (14) um artigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto, o petista diz querer negociar com Donald Trump (Partido Republicano), mas sugere que o presidente dos Estados Unidos é “desonesto” e o acusa de usar tarifas e sanções só em busca da impunidade do ex-chefe do Executivo brasileiro Jair Bolsonaro (PL), agora condenado pelo STF por tentativa de golpe.
Lula começa com um tom conciliador ao propor um canal mais elevado de conversa com os EUA. Mas, na sequência, tripudia sobre o que faz a Casa Branca ao dizer que a posição do Brasil está finalmente justificada pelo fato de o país sempre ter sido contra o chamado consenso de Washington.
“Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos. Ver a Casa Branca finalmente reconhecer os limites do chamado consenso de Washington, uma receita política de proteção social mínima, liberalização comercial irrestrita e desregulamentação generalizada, dominante desde a década de 1990, justificou a posição brasileira”, escreve o presidente brasileiro.
Lula simplifica ao falar do consenso de Washington. O conjunto de recomendações políticas foi formulado no final da década de 1980 e apresentado em um texto do economista John Williamson (1937-2021), do então IIE (Institute for International Economics), hoje o Peterson Institute for International Economics, um think tank em Washington. Ele havia trabalho antes no FMI (Fundo Monetário Internacional) e no Banco Mundial, ambos na capital dos Estados Unidos. Williamson listou políticas que eram consensuais em Washington como desejáveis para os países se desenvolverem. A lista incluía:
• equilíbrio fiscal, com eliminação de subsídios e mais recursos para educação e saúde;
• reforma tributária, ampliando a base de pagadores de impostos;
• juros flutuantes, deixando o mercado decidir as taxas;
• câmbio unificado, sem taxas distorcidas para favorecer setores;
• liberação do comércio, removendo barreiras a importações;
• liberação de investimento externo, facilitando a entrada de capitais;
• privatização de estatais, tirando o Estado do sistema produtivo;
• desregulamentação, removendo regras excessivas que complicassem os negócios.
Williamson deu uma palestra em 2004 no Banco Mundial em que disse que a lista era de recomendações, não de imposições. Também rejeitou o rótulo de neoliberalismo das propostas. O objetivo principal do consenso era orientar países mais pobres sobre como adotar reformas voltadas à estabilização macroeconômica e sobre abertura comercial.
Para Lula, o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump contra alguns produtos do Brasil é “equivocado” e “ilógico”. Ao justificar essas classificações, o petista cita os seguidos resultados de superávit na balança comercial que o Brasil tem com os EUA. Também afirma que o país não está sujeito a “tarifas elevadas” por parte do Brasil.
Ocorre que os EUA, com Trump e mesmo antes, entendem que há nível de protecionismo elevado do Brasil sobre produtos norte-americanos. O etanol, por exemplo, tem taxa de importação brasileira de 20%, enquanto os Estados Unidos cobram 2,5%. Esse patamar de disparidade é observado em vários outros itens.
Um relatório do USTR (“United States Trade Representative”, ou Representante de Comércio dos Estados Unidos) de março de 2025 diz que as barreiras tarifárias ou não do Brasil resultam num impacto estimado de US$ 8 bilhões por ano contra os EUA: etanol (os EUA deixariam de vender US$ 3 bilhões por ano por causa da tarifa de importação brasileira), bebidas alcoólicas (US$ 1,5 bilhão), produtos remanufaturados (US$ 2 bilhões) e barreiras alfandegárias (US$ 1,5 bilhão).
Para Lula, há “falta de justificativa econômica” no tarifaço. O presidente diz no artigo que as medidas impostas contra o Brasil tem clara motivação “política”. “O governo dos EUA está usando tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas”, escreve o petista.
Lula também diz estar “orgulhoso” da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou na quinta-feira (11) Bolsonaro, de 70 anos, e outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado. Segundo o presidente, o julgamento se embasou em “meses de investigações” e “não se tratou de uma ‘caça às bruxas’” – referindo-se a expressão sempre usada por Trump para tratar desse caso.
Ao citar a regulamentação das redes sociais, Lula diz ser “desonesto” falar desse tema como se fosse uma “censura”. E completa: “A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes”.
O presidente brasileiro encerra o texto declarando estar aberto a negociar. Diz que diferenças ideológicas não impedem que dois governos trabalhem juntos.
“Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em jogo. Em seu 1º discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que ‘nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo’. É assim que vejo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos: duas grandes nações capazes de se respeitar e cooperar para o bem de brasileiros e norte-americanos”, escreve.
Álvaro Porto destaca movimentação política e capacidade agregadora de João Campos

Anfitrião da 23ª edição da Missa do Vaqueiro de Canhotinho e cicerone do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que participou do evento neste domingo (14), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), ressaltou o carisma, a capacidade de agregar e o sucesso da movimentação política do gestor recifense.
“É impressionante como João consegue chamar atenção. Onde ele chega é sempre assediado por pessoas que querem conversar, cumprimentar, tirar fotos, abraçar. Ele está só começando a percorrer Pernambuco como pré-candidato e a movimentação em torno dele já é muito grande. Os pernambucanos veem nele esperança”, disse, se referindo ao fato de o prefeito ser apontado como pré-candidato ao governo do estado em 2026.
De fato, a presença de João Campos em Canhotinho deu ares de pré-campanha ao evento. Na caminhada que fez durante a concentração dos cerca de 5 mil inscritos para a cavalgada que antecede a missa, o prefeito empreendeu um extenso “corpo-a-corpo”. Cumprimentou e conversou com cavaleiros, posou para fotos, fez vídeos, concedeu entrevistas e, em seguida, já montado num cavalo, se integrou ao cortejo de seis quilômetros entre o distrito de Olho D’Água e o centro da cidade onde acontece a cerimônia religiosa.
No município desde ontem (13), após cumprir agendas em São Bento do Una, Agrestina, Panelas e Altinho, João participou de encontros com prefeitos, vereadores e lideranças locais, num “esquenta” para o evento de hoje. Ciceroneado por Álvaro Porto, e acompanhado, entre outros, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (UB), João, ao falar sobre a missa, destacou a valorização cultural do trabalho do vaqueiro e enfatizou o aspecto religioso da festa.
“A gente está aqui sendo recebido pelo presidente Álvaro Porto, ao lado de Silvinho e Miguel. Aqui temos um time de unidade, que tem responsabilidade e sabe trabalhar, que gosta de política e já demonstrou que sabe fazer gestão. Tenho certeza que vamos andar juntos, porque temos crenças parecidas e estamos imbuídos de bons propósitos”, disse.
Estiveram também em Canhotinho os deputados Antônio Coelho (UB), Júnior Matuto (PSB), Mário Ricardo (Republicanos) e Diogo Moraes (PSB); os prefeitos de Lajedo, Erivaldo Chagas (Republicanos); de Ribeirão, Carol Jordão (PSB); de Sanharó, César Freitas (PCdoB), entre outros gestores e ex-gestores; além de vereadores e lideranças do Agreste e Mata Sul. Álvaro Porto recebeu os convidados ao lado da prefeita de Canhotinho, Sandra Paes, cuja gestão responde pela realização da missa; e Gabriel Porto, pré-candidato a deputado federal.
Forças Armadas veem condenações no STF como página virada, mas projetam desgastes no STM

Com a condenação inédita de militares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, a cúpula das Forças Armadas tem adotado o discurso de página virada do episódio que afetou a imagem da instituição, mas já prevê novos desgastes a partir dos próximos passos do processo. Após superada a fase de recursos na Corte, há a possibilidade de os oficiais cumprirem suas penas em salas de Estado-Maior em quartéis do Exército e, no caso do almirante Almir Garnier Santos, da Marinha. Além disso, o Superior Tribunal Militar (STM) deverá julgar pedidos para que eles sejam expulsos.
Além de Garnier, o STF condenou três generais — os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto —, um capitão do Exército — o ex-presidente Jair Bolsonaro — e um tenente-coronel, Mauro Cid. Neste último caso, porém, a pena imposta, de 2 anos, prevê regime aberto. O ex-ajudante de ordens da Presidência foi beneficiado por firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).
A situação que mais preocupa, contudo, é a de Bolsonaro. O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, chegou a ser consultado antes da condenação sobre a possibilidade de o ex-presidente cumprir sua pena em uma sala de Estado-Maior e manifestou contrariedade, segundo interlocutores. Há uma avaliação na Força que o manter em uma unidade militar poderia acirrar os ânimos internamente e seria como “levar a política para dentro do quartel de forma literal”, nas palavras de uma pessoa próxima.
Além disso, integrantes do governo avaliam que a medida poderia acarretar um novo acampamento bolsonarista nas proximidades, a exemplo do que ocorreu com Luiz Inácio Lula da Silva quando ficou preso em Curitiba. Na época, apoiadores do petista ficaram por meses em uma área próxima à Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, onde montaram uma vigília em defesa da liberdade do hoje presidente. O comandante do Exército já disse a interlocutores que ele não permitiria acampamentos do tipo em hipótese alguma.
O artigo 73 do Estatuto dos Militares, de 1980, prevê que, em caso de condenação de militares, o cumprimento da pena ocorra “somente em organização militar da respectiva Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso”. No caso de Bolsonaro, isso não seria um problema, pois ele é capitão, mas Heleno, Paulo Sérgio e Braga Netto estão no topo da carreira e só poderiam ser abrigados em unidades onde tenham outros generais de quatro estrelas à frente.
Moraes decidirá destino
Como mostrou o Globo, o Exército dispõe de 20 alojamentos de Estado-Maior em Brasília. Os cômodos são suítes com cama, armário, mesa, televisão e frigobar. A maioria desses alojamentos fica no Setor Militar Urbano, área central da capital federal, onde funciona também o Comando do Exército.
A decisão sobre o local de cumprimento da pena, porém, será definido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, após o chamado trânsito em julgado — quando não há mais possibilidade de recursos.
Mas os oficiais poderão ficar pouco tempo nessas unidades militares. Após o fim do processo no STF, caberá à Justiça Militar decidir se poderão manter seus postos e patentes ou se deverão ser expulsos da Força, o que é considerado pelo meio militar um cenário ainda pior do que a privação de liberdade.
Neste caso, o Ministério Público Militar oferece a denúncia de “indignidade” do oficial para permanecer na Força, que será julgada pelo plenário do STM, formado por 15 ministros. Será a primeira vez que o tribunal analisará casos de generais quatro estrelas.
Vice-presidente do STM, Francisco Joseli Parente Camelo, ressalta que os oficiais foram julgados por crimes que não são relacionados às instituições.
— O ministro Alexandre de Moraes conduziu de forma correta. Às Forças cabe cumprir a sua missão constitucional — afirma ele. — Em outros momentos da História, tivemos anistia. Agora, o STF fez o que tinha que fazer. É a Corte quem dá a última palavra — completou Camelo.
A principal orientação da cúpula militar sobre o julgamento é que se trata de um assunto da Justiça e do STF, e cabe à Corte se manifestar sobre o tema. Por determinação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o comando das Forças manteve-se em silêncio após o término do julgamento.
Considerado a principal autoridade no estudo da ditadura militar no país, o historiador da UFRJ Carlos Fico afirma que o julgamento do STF é um alerta para as Forças Armadas de que algo mudou.
— É a primeira vez que está havendo julgamento. É mais importante a condenação desses oficiais-generais do que a do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porque isso nunca aconteceu antes. O problema da democracia brasileira é essa fragilidade institucional marcada pelo intervencionismo militar, que vem desde a Proclamação da República e nunca se resolveu.
Justiça mais forte
A cientista política da Universidade de São Paulo (USP) Maria Tereza Sadek destaca o fato de não ter havido pressão das Forças Armadas contra o julgamento e de que a análise da ação demonstrou que o Brasil tem um sistema de Justiça mais forte do que parecia:
— A instituição Forças Armadas é uma coisa, esses militares que foram julgados são outra. Isso foi dito duas vezes. O Supremo não se manifestou contra as Forças Armadas, mas contra indivíduos que têm como qualificação profissional serem militares. Fica claro que qualquer tipo de comportamento desviante, de civil ou militar, terá uma resposta legal — afirma.
Passo a passo da perda de patente
- Representação: Após o chamado “trânsito em julgado” da ação no Supremo, quando não há mais possibilidade de recursos, o Ministério Público Militar (MPM) apresenta uma representação contra os oficiais por “indignidade”. Não há prazo para que isso seja feito.
- Análise do STM: A denúncia do MPM é analisada pelo plenário do Superior Tribunal Militar (STM), formado por 15 ministros militares e não militares. O colegiado decidirá se o militar será ou não expulso da Força. Não há prazo para que esse processo inicie no STM.
- Perda de posto e patente: Caso entenda haver elementos, o STM decreta a perda do posto e da patente pelo militar ao fim do processo. A Corte julga comumente esse tipo de caso, porém, é a primeira vez que terá que se debruçar sobre ações envolvendo generais de quatro estrelas.
- ‘Morte ficta’: Ao perder a patente, o militar fica sem receber soldo. Pelas regras, esta remuneração é transferida para a mulher ou filhos do militar punido, a chamada “morte ficta” (ou fictícia). Em decisão no mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) orientou o fim desse benefício nas Forças.
Datafolha: 54% dos brasileiros são contra anistia para Bolsonaro e 39% são a favor

Um novo levantamento do Datafolha divulgado ontem (13) mostra que mais da metade dos brasileiros é contra a aprovação de uma anistia que favoreça o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado à prisão por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes. A pesquisa aponta que 54% rejeitam a ideia, enquanto 39% dos brasileiros a defendem.
Outros 2% se dizem indiferentes e 4% não souberam opinar. A pesquisa do Datafolha foi feita entre os dias 8 e 9 deste mês em 113 municípios, totalizando 2.005 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos. As informações são do jornal O Globo.
O número daqueles contrários à concessão do perdão aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 é de 61%. Outros 33% são favoráveis à anistia para esse grupo.
Ontem, outra pesquisa do Datafolha já havia indicado que o apoio à prisão do ex-presidente voltara a abrir distância em relação à rejeição da medida. De acordo com o instituto, 50% dos entrevistados se disseram favoráveis à medida enquanto 43% expressaram ser contra.
O Datafolha ouviu 2.005 eleitores em 113 cidades do país entre a segunda e a terça-feira, em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de Bolsonaro e outros sete apontados como núcleo crucial da trama golpista. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em abril, quando o Datafolha iniciou a série histórica de sondagens sobre a prisão de Bolsonaro, 52% eram a favor e 42%, contra. Em julho, houve empate técnico: 48% a 46%.
Bolsonaro e aliados foram condenados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. O ex-presidente vai tentar obter na Justiça o direito a cumprir a pena em prisão domiciliar, como revelou a colunista do Globo Malu Gaspar.
Bolsonaro tem quadro de anemia e pneumonia residual, diz boletim médico

Da CNN Brasil
Exames laboratoriais apontaram que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro possui um quadro de anemia por deficiência de ferro, segundo boletim médico divulgado neste domingo (14).
Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília, por volta das 14h deste domingo após realizar um procedimento na pele. Essa foi a primeira vez que Bolsonaro saiu de sua casa, onde está em prisão domiciliar, desde que foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com o boletim, o ex-presidente realizou exames laboratoriais, exame de imagem e a retirada cirúrgica de lesões cutâneas. Em entrevista à imprensa na saída do hospital, o chefe da equipe médica Dr. Cláudio Birolini afirmou que a intervenção cirúrgica ocorreu sem intercorrências e dentro do esperado.
Os exames laboratoriais evidenciaram quadro de anemia por deficiência de ferro e a tomografia de tórax mostrou imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração. Conforme a equipe médica, foi realizada a remoção cirúrgica de oito lesões de pele, localizadas no tronco e no membro superior direito.
“Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções. Está bastante fragilizado, identificamos que está com um pouco de anemia por ter se alimentando mal no último mês. Seguimos acompanhando ele de perto do ponto de vista operatório”, afirmou Birolini.
Segundo o boletim, Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa. A equipe médica informou ainda que, nos próximos dias, vai disponibilizar o resultado da análise das lesões da pele para definição diagnóstica e avaliação de necessidade de complementação terapêutica.
Bolsonaro deverá seguir tratamento da hipertensão arterial, do refluxo gastro-esofágico e medidas preventivas de broncoaspiração.
Primeira saída de Bolsonaro após condenação
O ex-presidente chegou ao hospital por volta das 8h da manhã. Além de seguranças e policiais penais, ele estava acompanhado dos filhos Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, e Jair Renan (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), que também estava com o pai na saída da unidade hospitalar.
A ida ao hospital foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar após a sua condenação a 27 anos e três meses de prisão, determinada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (11).
Para ir ao hospital, a defesa do ex-presidente solicitou autorização e recebeu o aval do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-chefe do Executivo está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo.
A decisão de Moraes estabeleceu exigências à defesa para liberação. Os advogados de Bolsonaro deverão encaminhar ao Supremo, no prazo de até 48 horas após o procedimento médico, um atestado detalhado que comprove sua presença no hospital, especificando datas e horários de cada atendimento realizado.
Esta foi a segunda vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para ir ao hospital. Em 16 de agosto, saiu para fazer exames relacionados a sintomas de refluxo e soluços.
Mulher trans é encontrada morta em cinema de filmes adultos no Recife

Do Diário de Pernambuco
Na tarde da última sexta-feira (12), uma mulher trans foi assassinada em um cinema de filmes adultos, localizado na Rua Princesa Isabel, no bairro de Santo Amaro. A vítima foi identificada como Raquelly Letícia, que estava completando 24 anos na data do crime.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, ela foi encontrada sem vida e com perfurações de arma branca. “As diligências seguem até o esclarecimento do crime”, informou a corporação em nota enviada ao Diario. O crime está sendo investigado pela Força Tarefa de Homicídios na Capital.
A reportagem apurou que Raquelly teria se envolvido em uma briga de rua no Centro do Recife dias atrás e estava evitando a região por conta do confronto. Ontem, amigos e familiares a aguardavam para uma festa de aniversário surpresa.
Em 2024, 105 pessoas trans foram mortas no Brasil. Apesar de o país ter registrado 14 casos a menos que em 2023, o país segue, pelo 17º ano consecutivo, como o que mais mata pessoas trans no mundo. Os dados são do Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira, da Rede Trans Brasil. A maior parte dos casos, 38%, foi na Região Nordeste, que continua sendo a que mais registra mortes de pessoas trans desde 2022.
João em maratona pré-eleitoral no Agreste

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), cumpriu intensa agenda no Agreste neste final de semana. Desde a sexta-feira, passou pelos municípios de São Bento do Una, Caruaru, Agrestina, Panelas, Altinho e neste momento encerra a maratona em Canhotinho, onde participa da 23° Missa do Vaqueiro, no distrito de Olho D’água.
“Para mim, é motivo de satisfação caminhar por Pernambuco e encontrar com o povo de cidades do Agreste, estar em contato com prefeitos e lideranças regionais importantes daqui para participar de eventos como a Missa do Vaqueiro ou até mesmo conhecer equipamentos como o Parque Ambiental Bica da Serra, em Panelas”, disse o socialista.
João iniciou sua programação em São Bento do Una, onde prestigiou ao lado do prefeito Alexandre Batité, a tradicional Corrida da Galinha. O evento é um dos maiores símbolos culturais do estado e atrai visitantes de todas as localidades ano a ano.
Ontem, em Caruaru, João se encontrou com o ex-prefeito Zé Queiroz, o ministro Wolney Queiroz e Douglas Cintra numa reunião pela manhã. Na sequência, também encontrou-se com o delegado Erick Lessa e vereadores do município. A movimentação se intensificou em Panelas. Ao lado do prefeito Ruben Lima, ele visitou o Parque Ambiental Bica da Serra e em seguida, almoçou com lideranças do Agreste Central.
À tarde, seguiu para Altinho, onde foi recebido pelo prefeito Marivaldo e marcou presença na Praça Cultural da cidade, assinando um termo de cooperação técnica para que a Prefeitura do Recife, via Emprel, troque informações e dê apoio técnico à Prefeitura de Altinho sobre o uso de tecnologias para melhor servir à população.
Hoje, o roteiro finaliza em Canhotinho. A agenda começou com um café da manhã na casa da prefeita Sandra Paes, esposa do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto. Participaram prefeitos da região, lideranças do município e moradores, além do ministro Silvio Costa Filho e do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.
A agenda se estende com a tradicional Missa do Vaqueiro de Canhotinho, um dos maiores eventos do município que reúne vaqueiros, marca a cultura local e movimenta a economia como um todo.
14 setembro 2025
Condenado, Bolsonaro vai a hospital em comboio policial

Do Metrópoles
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou sua residência, na manhã deste domingo (14), pela primeira vez desde a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento na trama golpista. O ex-presidente passará por um procedimento dermatológico no Hospital DF Star, em Brasília, e deve receber alta ainda no mesmo dia.
A previsão é de que o atendimento a Bolsonaro dure duas horas. O deslocamento foi feito com escolta de sete carros e seis motos da Polícia Penal do Distrito Federal, como deferido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Veja:
O ex-presidente é acompanhado por dois de seus filhos: o vereador de Balneário Camboriú (SC), Jair Renan (PL), e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL).
A distância entre a residência de Bolsonaro e o hospital é de aproximadamente 19 km. O entorno do hospital receberá reforço da Polícia Militar do Distrito Federal.
Ao chegar ao hospital, Bolsonaro foi escoltado pela porta da frente, e apoiadores que se concentram em frente ao hospital puderam fazer fotos e vídeos do político. O ex-presidente não esboçou reação enquanto recebia cumprimentos dos manifestantes.
Procedimento dermatológico
No pedido de liberação ao STF, os advogados anexaram um relatório da equipe médica de Bolsonaro, que recomendou a remoção de múltiplas lesões cutâneas, classificadas como “nevo melanocítico de tronco” e “neoplasia de comportamento incerto da pele”.
Os nevos melanocíticos, popularmente conhecidos como pintas, caracterizam uma condição benigna, mas que requer acompanhamento em casos de alterações no tamanho, formato ou cor.
O procedimento cirúrgico está marcado para às 10h da manhã. A cirurgia será realizada pelo médico Claudio Birolini, também responsável pela cirurgia por Bolsonaro em abril deste ano, no intestino.
O relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, acatou o pedido, mas ressaltou que o ato não o “dispensava” do cumprimento das medidas cautelares, como a proibição de usar redes sociais e a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica.
Moraes determinou o uso do equipamento a Bolsonaro em 18 de julho, devido ao risco de fuga do ex-mandatário.
Bolsonaro deve apresentar, em até 48 horas após a conclusão do procedimento médico, um atestado de comparecimento indicando a data e os horários dos atendimentos.
Prefeito de Ipubi conquista 2 milhões em asfalto e cozinha comunitária para município

O Prefeito de Ipubi, João Marcos Siqueira, esteve na última quinta-feira (11) em agenda oficial na capital pernambucana, Recife, ao lado do Deputado Estadual Jarbas Filho, do Secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, e do Secretário Executivo, Yuri Coriolano, onde assegurou importantes conquistas para o município. Entre os avanços anunciados, destaca-se a liberação de R$ 2 milhões em recursos destinados à pavimentação asfáltica, investimento que vai contribuir diretamente para a melhoria da infraestrutura urbana e da mobilidade em Ipubi.
Outra grande conquista foi a adesão ao Programa Ilumina PE, que contemplará o município com a instalação de 400 pontos de iluminação em LED. A iniciativa beneficiará diretamente as localidades de Ipubi, Serra Branca e Serrolândia, trazendo mais segurança, modernidade e qualidade de vida para a população.
Além disso, o Prefeito João Marcos aproveitou a ocasião para protocolar a solicitação de implantação de mais uma Cozinha Comunitária no município, fortalecendo as políticas de assistência social e garantindo mais dignidade às famílias em situação de vulnerabilidade. “Hoje saímos de Recife com conquistas que vão transformar a vida do nosso povo, e seguimos firmes trabalhando pelo desenvolvimento de Ipubi”, destacou João Marcos Siqueira.

