O prefeito de Recife e único candidato à presidência interna do PSB, João Campos, defendeu nesta quinta-feira a manutenção do vice-presidente e seu correligionário, Geraldo Alckmin, na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reeleição em 2026.
— Tem uma posição clara e unificada dentro do partido. A prioridade é manter o vice-presidente Geraldo Alckmin em uma chapa presidencial. O partido tem confiança (em Alckmin) por ser uma pessoa decente, preparada, que tem feito um grande trabalho — afirmou Campos. As informações são do Jornal O Globo.
A declaração foi dada durante o evento “O Brasil na visão das lideranças públicas”, realizado na Fundação Fernando Henrique Cardoso, no Centro de São Paulo. Candidato à sucessão de Carlos Siqueira, seu discurso está alinhado ao do atual presidente da sigla. Em entrevista ao GLOBO, Siqueira afirmou que Lula cometerá “erro gravíssimo” se não repetir a chapa.
— Alckmin é uma figura respeitadíssima da política nacional e que ajudou imensamente no arco de alianças. Compreendemos isso e demos as boas-vindas a ele exatamente por esse papel que ele pôde exercer. Um partido, em certas horas, tem que colocar os interesses nacionais à frente dos seus interesses. Alckmin tem dado provas cabais de lealdade, de trabalho. Um vice melhor do que o Alckmin ele não vai conseguir — afirmou, à jornalista Renata Agostini.
Além de defender a viabilidade de Alckmin, João Campos fez elogios ao governo federal e afirmou que o presidente tem feito “mais do que as pessoas percebem”.
— No âmbito federal, o governo faz mais do que as pessoas percebem. Há um desafio, não só de comunicação, que é um desafio político da gestão de conseguir materializar isso. Os indicadores da economia estão melhores do que se esperava, mas a percepção disso não está na realidade.
Em fevereiro deste ano, João Campos foi lançado candidato no PSB. Ele tem a benção de Carlos Siqueira para ocupar um cargo que já passou por seu pai, Eduardo Campos, e por seu bisavô, Miguel Arraes.
Siqueira foi quem sucedeu Eduardo Campos, que ocupava o posto até a data de sua morte durante a período eleitoral da disputa presidencial. O ex-governador morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto daquele ano e os dois eram amigos pessoais, sendo o atual dirigente seu ex-coordenador de campanha.
A existência de uma candidatura única é o formato de praxe do PSB, que normalmente funciona em consenso. A última disputa interna ocorreu justamente em 2014, quando Siqueira conquistou seu mandato.
A eleição ocorrerá no próximo congresso, previsto para maio de 2025. Caso a indicação de João seja aprovada, seu eventual mandato será focado no fortalecimento das bancadas federais do PSB, na Câmara dos Deputados e no Senado.
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