
Um dos responsáveis pela missão de salvamento da reforma, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, almoçou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para procurar um entendimento. Um dos mais irritados com o Planalto, Maia avisou que segue sendo um defensor da reforma e continuará dando seu apoio à proposta. Mas voltou a cobrar que Bolsonaro e seus líderes assumam a tarefa de conseguir os votos necessários para a sua aprovação.
É nesse ponto que o governo continua metendo os pés pelas mãos. O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que seu partido – o mesmo de Bolsonaro – não tem convicção sobre a aprovação da reforma. Já Carlos Bolsonaro, filho do presidente, criou nova polêmica ao defender a presença ativa do pai nas redes sociais e dizendo que quem quer vê-lo longe disso “o querem fraco e se apoio popular, pois assim conseguiriam chantageá-lo”.
Nesse clima, existe grande chance de o circo pegar fogo novamente hoje na sessão da Comissão de Constituição e Justiça, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, irá falar sobre a proposta da reforma. Guedes, outro dos bombeiros da reforma, sabe que terá de enfrentar a oposição dos partidos adversários nessa discussão. O problema é que precisará também passar pela pancadaria de deputados que, se a articulação política do governo fosse consistente, estariam lhe aplaudindo. (Estadão – BR 18 - Por Marcelo de Moraes)
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