PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

31 outubro 2024

Comissão de Educação aprova projeto que proíbe celular em escolas

 

Projeto de lei aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados proíbe o uso de telefone celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis por alunos da educação básica em escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas.

Para proteger a criança de até 10 anos de idade de possíveis abusos, o texto proíbe também o porte de celular por alunos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.

O projeto autoriza o uso de celular em sala de aula para fins estritamente pedagógicos, em todos os anos da educação básica. Permite ainda o uso para fins de acessibilidade, inclusão e condições médicas.

Projeto reformulado
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), ao Projeto de Lei 104/15 do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), e a outras 13 proposições que tramitam em conjunto e tratam do mesmo assunto. Diego Garcia levou em consideração diversos estudos e contribuições para elaborar parecer.

O relator considerou que o uso e o porte de aparelhos eletrônicos na escola para crianças de até 10 anos de idade podem ser adiados e substituídos por atividades físicas e de socialização, que serão essenciais nos anos seguintes. “Preocupam-nos estudos recentes sobre acesso a conteúdo impróprio como pornografia, drogas, violência, linguagem imprópria e apostas eletrônicas”, afirmou Garcia.

Para ele, pais que acreditam que o porte de celular, nessa fase, é instrumento de segurança devem olhar também para os desafios e prejuízos que o uso de celulares nas escolas pode trazer. “Crianças nessa faixa etária não têm maturidade para discernir quando e como usar esses dispositivos de forma adequada.”

Exceções
Para Garcia, a partir dos 11 anos a capacidade de autorregulação dos alunos é maior e a maior demanda por interações digitais para as relações sociais e as atividades escolares torna inevitável o porte dos celulares na escola. “O uso fica autorizado, em sala de aula, para fins pedagógicos e didáticos, conforme orientação do docente e dos sistemas de ensino, para evitar as distrações”, destacou.

Sobre a permissão de uso aos alunos com deficiência, mesmo na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, independentemente da atividade pedagógica, a ideia é garantir a acessibilidade cada vez mais frequente na forma de aplicativos. “Incluímos também os casos de condições de saúde, como a medição de glicemia por diabéticos. Esses usos são exceção”, esclareceu o relator.

Sofrimento psíquico
De acordo com o projeto, as redes de ensino e as escolas deverão abordar o tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos alunos da educação básica, apresentando a eles informações sobre riscos, sinais e prevenção do sofrimento, incluindo o decorrente do uso imoderado de celulares e do acesso a conteúdos impróprios.

Também os professores deverão ser treinados para detectar sinais sugestivos de sofrimento psíquico e mental. As escolas, por sua vez, deverão oferecer espaços de escuta e de acolhimento para alunos ou funcionários em sofrimento psíquico e mental, principalmente decorrentes do uso imoderado de telas e nomofobia, que é a angústia provocada pela ausência do celular.

Próximos passos
O projeto será analisado agora, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Para virar lei, a proibição precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

Lula e governadores discutem hoje combate a facções criminosas

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute na tarde desta quinta-feira (31) com governadores, no Palácio do Planalto, mudanças nas políticas de segurança pública no país.

A ideia de Lula e de auxiliares é que o governo federal participe mais da formulação e implementação das políticas públicas sobre o tema, em especial no combate ao crime organizado.

Lula também convidou representantes do Congresso Nacional e do Judiciário para o encontro, além de secretários estaduais de segurança.

O presidente quer enviar ao Congresso uma proposta da emenda à Constituição (PEC) para ampliar a atuação da União na área.

Atualmente, a maior parte das atribuições de segurança cabe aos governos estaduais com suas polícias civis e militares.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, trabalhou nos últimos meses no texto da proposta.

A intenção do governo é integrar as polícias, reforçar o Sistema Público de Segurança Pública (SUSP) e aumentar as responsabilidades da União.

Além disso, quer criar uma nova polícia comandada pelo governo federal com mais poderes de policiamento ostensivo a partir da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Atuação do governo federal
Essa proposta muda bastante o sistema de segurança pública no Brasil e define um novo papel para o governo federal, que passa a ter mais poder e mais responsabilidade no combate ao crime, atuando em conjunto com estados e municípios.

Lula planejava há meses a reunião desta quinta para ouvir opiniões dos governadores e identificar alterações na legislação com apoio majoritário.

O presidente entende que é preciso reformular políticas a fim de, por exemplo, reforçar o combate ao crime organizado, que atua em diferentes estados e países.

Em julho, Lula declarou que os “estados não dão conta sozinhos” da segurança pública e defendeu maior participação da Polícia Federal nas operações.

“Eu acho que os estados sozinhos não dão conta. O que nós queremos é fazer uma proposta de aprovar uma PEC que defina o papel de cada um, mas que a gente dê ao povo a certeza de que a gente vai ter mais segurança pública neste país”, disse Lula na ocasião.

A segurança pública é um dos temas que tem pautado debates nas últimas eleições e que preocupa os brasileiros.

Lula tem uma política oposta à do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), que facilitou o acesso da população à armas e munições.

Segundo o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve uma redução de 3,4% nos registros oficiais de mortes violentas intencionais ocorridas ao longo de 2023, em comparação com 2022 — uma queda de 47,9 mil para 46,3 mil vítimas.

Já o número de estupros cresceu e atingiu mais um recorde. Em 2023, foram 83.988 casos registrados, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.

O número representa um estupro a cada seis minutos no país.

Resistência
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enviou ontem (30) uma mensagem ao presidente Lula para informar que não participará da reunião em Brasília, e enviará um representante.

Zema explicou que o grupo dos governadores do Sul e do Sudeste (Cosud) fez sugestões de mudança no texto da PEC para o Ministério da Justiça, mas não recebeu resposta ainda (clique aqui para ver as propostas dos governadores).

“Apesar da apresentação das propostas ao Ministério da Justiça, ainda não tivemos uma resposta satisfatória sobre os pontos apresentados. Nem mesmo recebemos quais serão os termos da PEC da Segurança a ser apresentado ao Congresso”, escreveu Zema a Lula.

Além de Zema, Eduardo Leite (RS) e Jorginho Mello (SC) também não participarão do encontro.

Pontos da PEC
Entre os principais pontos, o texto:

  • Coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP): O sistema foi criado em 2018 por uma lei ordinária. O governo acredita que, inserido na Constituição, terá mais força.
  • Dá poder à União para definir normas gerais para as forças de segurança: Inclui medidas como o uso de câmeras corporais, além das diretrizes para uma política nacional de segurança pública, que abrange o sistema penitenciário. As políticas serão definidas após consulta a um Conselho Nacional, composto por representantes dos estados, municípios e do governo federal.
  • Amplia as atribuições da Polícia Federal: Especifica de forma mais clara no texto constitucional que é dever da PF combater crimes ambientais, bem como crimes cometidos por organizações criminosas e milícias privadas.
  • Reformula a Polícia Rodoviária Federal: A PRF terá atuação ampliada, incluindo cuidados com hidrovias e ferrovias, com atuação ostensiva no combate ao crime, além das questões rodoviárias.
  • Unifica o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Penitenciário: Estabelece a proibição de bloqueio de recursos desses fundos.

Novo boletim médico de Lula aponta quadro “estável” e necessidade de novo exame em três dias

 

O novo boletim médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aponta que seu quadro é de “estabilidade em relação aos exames anteriores”. De acordo com os médicos, Lula deve seguir trabalhando em Brasília.

“No momento, o presidente persiste sem quaisquer sintomas, devendo manter o acompanhamento clínico e realizar novo controle de imagem em três dia”, afirma o boletim. O presidente segue sendo acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Lula fez novos exames de imagem nesta quinta-feira, 12 dias após a queda sofrida no Palácio da Alvorada. Os exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília estavam previstos e fazem parte da rotina de tratamento após acidentes do tipo.

Na segunda-feira, retirou os cinco pontos na parte de trás da cabeça. O ferimento é resultado de uma queda quando, segundo relatos, cortava a unha do pé no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

O boletim médico anterior, divulgado em 25 de outubro, apontava que Lula está com uma situação “estável” e “apto para o trabalho”.

Desde que caiu no banheiro do Palácio do Alvorada, Lula cancelou três compromissos internacionais. A ida à Rússia para a Cúpula dos Brics, para a Colômbia, onde Lula participaria da Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade (COP 16) em Cali e para as Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 29 no Azerbaijão. A previsão era de que o presidente ficasse ficasse de 10 a 12 de novembro em Baku. O vice-presidente Geraldo Alckmin irá representar Lula na COP 29.

Pernambuco foi o Estado que mais gerou empregos formais no Nordeste, em setembro, e o terceiro do País

 

Em setembro, Pernambuco voltou a liderar a geração de empregos com carteira assinada no Nordeste, repetindo o resultado de agosto. Pelo segundo mês consecutivo, o Estado obteve o saldo positivo (admissões menos demissões) de 17.851 empregos no período.

Com o resultado, o Estado se mantém como o terceiro maior gerador de empregos do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. No acumulado do ano, Pernambuco registra 61.699 novas carteiras de trabalho assinadas. Assim, desde o início da atual gestão estadual, 113.062 empregos foram criados até o momento. Os dados são do Novo Caged, divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Com quase 18 mil postos de trabalho em setembro, Pernambuco se consolida como o maior gerador de empregos do Nordeste e o terceiro maior do Brasil. Desde janeiro de 2023, mais de 113 mil empregos foram criados no Estado. São números importantes, frutos do investimento que temos feito para ampliar a geração de emprego e renda em Pernambuco, garantindo o aumento do consumo da população”, afirmou a governadora em exercício Priscila Krause.

SALDO DE EMPREGOS MÊS A MÊS
Janeiro – 1.171
Fevereiro – 2.684
Março – 1.437
Abril – (-985)
Maio – 4,724
Junho – 8.078
Julho – 7,784
Agosto – 18.355
Setembro – 17.851

SETORES QUE MAIS EMPREGARAM
Todos os cinco grandes setores produtivos em Pernambuco tiveram saldo de empregos positivo no mês de setembro deste ano. O resultado foi puxado, principalmente, pelos setores de Indústria (6.786), Serviços (4.823) e Agropecuária (3.415).

Em seguida, vieram Comércio (1.528) e Construção (1.300). O setor da Indústria, grande destaque no mês de setembro, teve seus principais resultados motivados pela indústria de transformação, mais especificamente pelas atividades relacionadas à fabricação de produtos alimentícios, que foi responsável por 4.167 novos empregos.

Teresa Leitão propõe discussão conjunta de projetos relativos ao uso medicinal da cannabis

 

Por Blog da Folha

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) propôs, nesta quarta-feira (30), que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado reúna todos os projetos relativos ao uso medicinal da cannabis em uma discussão unificada. A proposta é de que, com uma análise integrada, o Senado avance na regulamentação do tema ainda neste ano.

“Ainda neste ano, esta Casa precisa se debruçar sobre o uso da cannabis medicinal”, afirmou a senadora, destacando a necessidade de organizar e votar as proposições em tramitação na CAS. Teresa reforçou que estados e municípios, como o Recife, onde a Câmara Municipal aprovou o uso da cannabis medicinal pelo SUS para mães de filhos com condições atípicas, têm avançado nesse debate. “O Senado está um pouco atrasado nisso”, avaliou a parlamentar.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) propôs, nesta quarta-feira (30), que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado reúna todos os projetos relativos ao uso medicinal da cannabis em uma discussão unificada. A proposta é de que, com uma análise integrada, o Senado avance na regulamentação do tema ainda neste ano.

“Ainda neste ano, esta Casa precisa se debruçar sobre o uso da cannabis medicinal”, afirmou a senadora, destacando a necessidade de organizar e votar as proposições em tramitação na CAS. Teresa reforçou que estados e municípios, como o Recife, onde a Câmara Municipal aprovou o uso da cannabis medicinal pelo SUS para mães de filhos com condições atípicas, têm avançado nesse debate. “O Senado está um pouco atrasado nisso”, avaliou a parlamentar.

A intenção da senadora Teresa Leitão é que, com a discussão conjunta, o Senado possa deliberar sobre o tema e alinhar uma legislação nacional para garantir o acesso seguro e regulamentado aos tratamentos à base de cannabis medicinal.

28 outubro 2024

Derrota de Boulos em SP abre ‘caça às bruxas’ no PT em busca de culpados


 Guilherme Boulos, Lula e Marta Suplicy em ato nesta sexta-feira (2), em São Paulo – Bruno Santos/Folhapress

Por Estadão

A derrota de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo provocou uma espécie de “caças às bruxas” nas fileiras do PT em busca dos culpados pelo fracasso do candidato apoiado pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não sem motivo: o desfecho dessas eleições municipais tem impacto nacional e afeta a correlação de forças políticas.

O desgosto do PT por não conseguir voltar ao comando da capital paulista, onde o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se reelegeu, só foi amenizado pela vitória em Fortaleza. Na maior capital do Nordeste, Evandro Leitão (PT) venceu André Fernandes (PL), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O triunfo em Fortaleza foi comemorado ainda mais porque o PT não administrava nenhuma capital desde 2020 e, além disso, venceu um aliado de Bolsonaro. O resultado em Fortaleza dá musculatura ao ministro da Educação, Camilo Santana, e ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), que quer presidir o PT. Até agora, porém, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva – que não conseguiu fazer a sucessora – é o nome preferido de Lula para comandar o partido.

Das quatro capitais em que concorria com chapa própria neste segundo turno, o PT só ganhou Fortaleza. Perdeu em Porto Alegre, Natal e Cuiabá. Também sofreu reveses em cidades importantes, como Diadema, no ABC paulista, mas celebra como se fossem suas vitórias contra candidatos bolsonaristas como Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, que perdeu em João Pessoa para Cícero Lucena (PP), e Bruno Engler (PL), derrotado pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) .

Em São Paulo, o ataque do governador Tarcísio de Freitas a Boulos, na última hora, serviu como argumento oficial para a cúpula do PT explicar o mau resultado do candidato do PSOL. Sem apresentar qualquer prova, Tarcísio disse que uma ação de inteligência do governo interceptou mensagens da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pedindo voto em Boulos.

“A força da virada do Boulos fez o Tarcísio sair da toca e ir para o submundo do crime eleitoral”, disse ao Estadão o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “A maior prova de que tudo o que o governador falou era falso é que ele não tomou nenhuma atitude: não encaminhou denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral e nem ao Ministério da Justiça.”

A atuação do governador em favor de Ricardo Nunes – chamada de “armação rasteira e covarde” pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann – conseguiu desviar o foco, ao menos por enquanto, do processo de autofagia no partido. Nos bastidores, porém, há um jogo de empurra sobre os responsáveis pela derrota.

No primeiro turno, por exemplo, o deputado Washington Quaquá (RJ), prefeito eleito de Maricá (RJ) e um dos vice-presidentes do PT, chegou a dizer que Boulos era “o melhor candidato para perder” por causa da alta rejeição e por não ampliar a aliança ao centro.

Na noite deste domingo, 27, após a divulgação do resultado em São Paulo, Quaquá voltou à carga. “O PT precisa parar de errar! Boulos era a crônica de uma morte anunciada! A candidatura errada na cidade errada!”, escreveu ele em postagens nas redes sociais.

Embora interlocutores de Lula sustentem que as eleições municipais não têm ligação com a disputa de 2026, quando o presidente tentará concorrer a novo mandato, a correlação de forças que saiu das urnas indica o desgaste da esquerda e um caminho mais à direita.

“Há um desafio enorme para o bolsonarismo raiz, que sai derrotado, mas reconhecemos que também há um desafio para os partidos de esquerda, sobretudo para voltar a governar cidades importantes, como São Paulo”, afirmou Padilha.

A portas fechadas, ministros observam que o governo errou ao não projetar a figura de Boulos com antecedência. Argumentam que Lula deveria ter chamado o deputado para comandar um ministério da área social. A estratégia permitiria que ele se livrasse da pecha de “radical” e, ao mesmo tempo, mostrasse serviço.

Foi o próprio Lula que bancou a candidatura de Boulos, apesar das divergências no PT. Em 2022, quando era candidato ao Palácio do Planalto, ele pediu que Boulos desistisse de concorrer ao governo paulista para apoiar Fernando Haddad (PT), hoje ministro da Fazenda.

Em troca, Lula prometeu avalizar sua campanha à Prefeitura de São Paulo. O presidente não só intermediou o acordo como articulou a volta da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT para ser vice na chapa de Boulos. Até então, Marta estava no cargo de secretária de Relações Internacionais da gestão Nunes.

Raquel, a grande vitoriosa

 

A governadora Raquel Lyra sai extremamente fortalecida das eleições municipais. Com a vitória de Severino Ramos, ontem, em Paulista, na disputa de segundo turno, o PSDB elegeu o maiprefeitos – 32, batendo o PSB, seu maior rival. Somando os prefeitos do PSDB com os de partidos aliados, Raquel soma 125 prefeitos, entre os quais três importantes na Região Metropolitana – Jaboatão, Olinda e Paulista.

No interior, passa a ter prefeitos aliados em cidades estratégicas, como a sua Caruaru, Salgueiro, Bezerros, Belo Jardim, Catende, Palmares, Surubim, Sertânia, Serra Talhada e Arcoverde. A vitória de Mirella, em Olinda, mesmo não sendo território tucano, tem também os digitais da tucana.

Raquel travou uma queda de braço com o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), em Olinda e Paulista. Foi para às ruas, fez carreatas e caminhadas, subiu no palanque de Mirella e Ramos, e saiu vitoriosa em ambas. São dois municípios estratégicos na Região Metropolitana, o que equilibra o jogo da sua sucessão estadual em 2026, diante da estrondosa vitória de João na capital.

Paulista passa a agora a ser gerida pelo PSDB. Ali, Raquel, com a vitória de Ramos, evitou a volta ao poder de Júnior Matuto, que não era um adversário qualquer. O próprio João, em vídeos e declarações ao longo da campanha em Paulista, tratou Matuto não apenas como um aliado, mas um político quase familiar, de relação bem próxima e antiga.

Já em Olinda, com Mirella, uma jovem promessa, que carregou o fardo do desgaste natural do prefeito Lupércio, por estar há oito anos no poder, Raquel colocou a cara na campanha para o tudo ou nada. Foi a vários eventos, deu o suporte que a aliada precisava, fez o discurso de que com ela prefeita Olinda seria tratada com mais atenção pelo Governo do Estado e ainda enfrentou o forte discurso ideológico.

Até Lula, através de vídeos na propaganda eleitoral, tentou dar uma forcinha a Matuto, em Paulista, e Vinicius, em Olinda, mas na prática mostrou que não tem mais força nem capital eleitoral para influenciar como cabo eleitoral. Raquel derrotou todas as lideranças de esquerda e da oposição juntas, principalmente em Olinda, onde João, Humberto Costa, Teresa Leitão e Luciana Santos se envolveram com mentes e corações.

É fato histórico que nem sempre quem elege mais prefeitos se fortalece para a briga estadual, o Palácio do Campo das Princesas, mas no caso de Raquel, que o PSB interpretou como a grande derrotada no primeiro turno, não se pode questionar que se fortaleceu para emplacar a sua reeleição em 2026.

LULA DERROTADO – Se há um grande derrotado nas eleições municipais é o presidente Lula. Apostou tudo na eleição de Guilherme Boulos, numa aliança com o PT, indicando a ex-prefeita Marta Suplicy para vice, e sofreu o maior revés eleitoral da história em São Paulo. O seu partido, o PT, só elegeu um prefeito de capital, Evandro Leitão, de Fortaleza, mesmo assim numa peinha, uma diferença de menos de 1%, pouco mais de mil votos. O mérito cearense não é do PT, mas do ministro e ex-governador Camilo Santana, que assumiu a campanha de Leitão.

SDS garantiu um segundo turno tranquilo nas disputas de Olinda e Paulista

 

Mais de 1.200 profissionais da segurança ficaram concentrados nos dois municípios, garantindo o direito de ir e vir do cidadão e o combate aos crimes eleitorais. Dezenas de drones colaboraram com o acompanhamento em tempo real realizado no CICCE, de onde foi coordenado o policiamento nas ruas. A Operação Eleições 2024, iniciou em agosto e finaliza nesta segunda-feira (28). Nos dois turnos foram criados 40.203 postos de trabalho e realizado um investimento de R$ 7.236.540,00

A Secretaria de Defesa Social (SDS), contando com o apoio das operativas e das forças amigas, garantiu um segundo turno tranquilo durante a Operação Eleições 2024. Neste domingo (27), foram registradas um total de oito ocorrências nos dois municípios que tiveram disputa: Olinda e Paulista. Os crimes cometidos foram de propaganda ilegal, uso de bandeira, lesão corporal, boca de urna e foto dentro da cabine eleitoral. Também houve uma prisão em flagrante por transporte irregular de eleitor, em Paulista. As forças de segurança apreenderam tanto o veículo como os materiais de campanha.

O chamado “Dia D” contou com 1.252 profissionais de segurança mobilizados nos dois municípios e dezenas de drones transmitindo imagens em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle do Estado (CICCE). Do local, representantes dos órgãos envolvidos na Operação Eleições 2024 coordenaram o policiamento nas ruas, garantindo uma supervisão eficiente e em tempo real.

“Assim como no primeiro turno, tivemos um segundo turno bastante tranquilo. Hoje concluímos mais uma etapa do grande esforço operacional que foi a Operação Eleições 2024. A partir de um trabalho integrado, conseguimos assegurar o direito ao amplo exercício da democracia, nas duas etapas do processo eleitoral”, avaliou a secretária-executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira.

Juntos, os dois municípios somam 535.509 eleitores e mais de 180 locais de votação. Todo o planejamento operacional foi realizado em cima dessa base de dados fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As ações de policiamento do segundo turno da Operação Eleições 2024 iniciou no dia 07/10, após o encerramento do 1º turno.

BALANÇO 

A Operação Eleições 2024 é um dos maiores eventos do calendário da SDS, devido à sua complexidade, planejamento operacional e mobilização do efetivo. A programação do esquema de segurança, juntamente com as forças amigas e órgãos envolvidos, iniciou no primeiro semestre do ano e a Operação foi ativada no dia 16 de agosto.

No total, foram criados 40.203 postos de trabalho temporários, sendo 37.491 no primeiro turno e 2.712 no segundo turno. O investimento total foi de R$ 7.236.540,00. A Operação contou com o apoio das polícias Militar, Civil, Científica, Federal e Rodoviária Federal; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; Tribunal Regional Eleitoral; Agência Brasileira de Inteligência; entre outros órgãos parceiros. A Operação Eleições 2024 finaliza às 7h da segunda-feira (28), após finalizar todo o processo de votação, apuração e comemoração nas ruas. Durante todo o período eleitoral, englobando o primeiro e segundo turno, as forças públicas de segurança garantiram o direito de voto para todos os pernambucanos.

Nunes agradece apoio de Tarcísio em discurso após vitória em São Paulo

 

O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comemorou na noite deste domingo (27) a vitória nas urnas neste segundo turno. Nunes agradeceu à mulher, Regina, e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Eu agradeço ao líder maior, sem o qual nós não teríamos essa vitória. Meu amigo, que me deu a mão na hora mais difícil”, disse sobre Tarcísio.

“Eu tenho certeza que os próximos quatro anos serão os melhores quatro anos da história de São Paulo”, afirmou no evento no Clube Banespa, na zona sul da capital paulista.

Nunes declarou que governará “para todos”, deixando as diferenças para trás. “O equilíbrio venceu todos os extremismos.”

O prefeito também relembrou Bruno Covas, ex-prefeito de São Paulo que morreu de câncer em 2021. Nunes era vice de Covas.

Do Correio Braziliense.

Prefeitos de 16 capitais foram reeleitos

 

Dos 20 prefeitos candidatos nas 26 capitais brasileiras, 16 tiveram sucesso e foram reeleitos nas Eleições Municipais de 2024. O número leva em conta os resultados do primeiro turno, realizado em 6 de outubro, e os do segundo turno, realizado neste domingo (27/10).

Dez dos 16 vitoriosos foram reeleitos já em primeiro turno, ao obterem 50% mais um dos votos válidos. Já seis prefeitos buscando a reeleição avançaram para o segundo turno e tiveram sucesso neste domingo. Pela regra eleitoral, todas as capitais poderiam ter segundo turno, pois possuem mais de 200 mil eleitores.

Foram reeleitos os seguintes prefeitos de capitais:

  1. Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro;
  2. Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória, Espírito Santo;
  3. João Campos (PSB) no Recife, Pernambuco;
  4. Bruno Reis (União Brasil) em Salvador, Bahia;
  5. João Henrique Caldas, o JHC (PL), em Maceió, Alagoas;
  6. Eduardo Braide (PSD) em São Luís, Maranhão;
  7. Dr. Furlan (MDB) em Macapá, Amapá;
  8. Arthur Henrique (MDB) em Boa Vista, Roraima;
  9. Tião Bocalom (PL) em Rio Branco, Acre;
  10. Topázio Neto (PSD) em Florianópolis, Santa Catarina;
  11. David Almeida (Avante) em Manaus, Amazonas;
  12. Cícero Lucena (PP) em João Pessoa, Paraíba;
  13. Adriane Lopes (PP) em Campo Grande (MS);
  14. Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre (RS);
  15. Fuad Noman (PSD) em Belo Horizonte (BH); e
  16. Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, São Paulo.

Não reeleitos
Houve quatro prefeitos de capitais que não tiveram sucesso já em primeiro turno. Eleitos em 2020, José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza (CE), e Edmilson Rodrigues (PSol), em Belém (PA), ficaram em terceiro lugar na disputa. Sarto teve 11,75% dos votos e Edmilson, 9,78%.

Também não conseguiu se eleger Rogério Cruz (Solidariedade), que foi eleito vice em 2020 em Goiânia e assumiu o mandato em 2021, após o falecimento do prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), que morreu em decorrência da Covid. Na disputa deste ano, Rogério ficou em sexto lugar no primeiro turno, com 3,14% dos votos.

A quarta capital onde o prefeito não se reelegeu foi Teresina (PI). Na capital piauiense, o atual prefeito, Dr. Pessoa (PRD), acabou a disputa em terceiro lugar, com apenas 2,20% dos votos válidos. O vencedor da eleição foi Silvio Mendes (União), eleito no primeiro turno com 52,19%. Mendes já havia chefiado Teresina anteriormente, de 2005 a 2010.

Raquel comemora vitória de Mirella

 

Por Vitória Floro

Durante a disputa contra Vinicius Castello (PT), Mirella Almeida (PSD) recebeu o apoio da governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), que classificou a vitória da aliada como uma representação da força da mulher e da vontade do povo.

“A vontade do povo foi feita e o povo decidiu ter uma mulher arretada à frente da prefeitura, que tem história e que sabe o que quer, que está junto com o povo”, destacou. Assista:



22 outubro 2024

Polícia consegue identificar autor do assassinato do Personal Giovanny em Petrolina (PE)

O delegado responsável pelo caso do assassinato de Giovanny Diniz Carvalho, de 34 anos, informou com exclusividade ao Blog, que a equipe de polícia civil conseguiu identificar o autor do crime ocorrido na noite dessa segunda-feira (21) no bairro Vila Mocó, em Petrolina (PE).

De acordo com o delegado, foram feitas diligências no local do crime e foi dado entrada ao pedido de prisão preventiva do suspeito. O intuito agora é de forma ininterrupta localizar o acusado.

Sobre o caso:

Personal trainer é assassinado a tiros na Vila Mocó, em Petrolina; vítima já havia perdido a esposa em tragédia