PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

06 maio 2024

Ministro diz que é preciso quase R$ 1 bilhão para recuperar estradas atingidas por cheias no Sul

 

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse, hoje, que os prejuízos causados pelas cheias que atingem a região Sul do Brasil estão sendo contabilizados e que a estimativa é de que seja necessário ao menos R$ 1 bilhão somente para as rodovias.

Ele diz que o governo federal está disposto a disponibilizar crédito, mas que o processo demanda tempo. “São necessárias informações que precisam ser levantadas por estados e municípios. Eu posso dizer que, só de estradas, o Renan Filho (ministro dos Transportes) já levantou um dado de quase R$ 1 bilhão. Se for ver os dados de cidades, são bem significativos”

Ele explicou que devem ser reconstruídas, além das estradas, postos de saúde e escolas, por exemplo. Para isso, cidades, estado e União estão se conversando para fazer esse levantamento. Em paralelo, medidas sociais já foram implementadas, diz Góes. Ele cita como exemplos a antecipação do Bolsa Família e a liberação de FGTS.

Com os casos de dengue em alta no Estado, setores econômicos podem perder R$ 84,5 milhões até o fim deste ano

 


Até a 15ª semana de abril, o impacto na produtividade das indústrias da transformação já somava R$ 35,5 milhões e o absenteísmo já tinha identificado no chão de fábrica

O aumento dos casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti neste ano, além de afetar a saúde de milhares de pernambucanos, vem também comprometendo a operação das indústrias do Estado. De acordo com o estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o impacto financeiro até agora foi de R$ 35,5 milhões. Se os casos continuarem em ascensão, estima-se que haja um choque de R$ R$ 84,5 milhões na produtividade de todos os setores econômicos do Estado – indústria, comércio e serviço. Pernambuco está entre os cinco estados com tendência de aumento de casos, conforme o Ministério da Saúde. 

De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a incidência das arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias. “É que, com os casos, as empresas vêm enfrentando desde o aumento do absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho, em razão dos sintomas causados por essas doenças”, analisou. 

Ainda conforme os dados do levantamento, os empresários foram questionados sobre o principal impacto nas suas indústrias e os resultados foram: 45,56% dos empresários citaram a queda na produção como principal impacto; já 34,44% das indústrias precisaram realocar seu pessoal, enquanto 15,56% tiveram que pagar hora extra para compensar o afastamento dos colaboradores com as doenças. Apenas 4,44% dos empresários industriais afirmaram que foi necessário realizar novas contratações.

Sobre as faltas dos trabalhadores, inclusive, a sondagem revelou que o percentual de absenteísmo foi de 8,34% e que a perda de produção devido ao afastamento por arbovirose por cada trabalhador em Pernambuco chega a ser de R$ 2.012,71, considerando sete (7) dias de afastamento. Além disso, quase 73% dos empresários entrevistados informaram que tiveram empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti.

Diante desse cenário, a diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, Fernanda Guerra, faz um alerta sobre a importância do diagnóstico da dengue, da chikungunya e da zika para que seja realizado o tratamento adequado de imediato para cada doença, uma vez que os colaboradores podem achar que é apenas um resfriado ou uma virose e, assim, acabarem camuflando, por exemplo, um possível foco de dengue dentro da empresa. “Para isso, o SESI-PE, que integra o Sistema FIEPE, oferece exames de diagnóstico. Com a identificação da doença, o funcionário se trata da forma adequada e volta a trabalhar mais rapidamente, diminuindo o índice de absenteísmo e evitando o comprometimento da produtividade das indústrias”, explica.

Além disso, Fernanda ressalta que o SESI-PE também dispõe de um canal de telemedicina, criado pelo SESI Nacional, para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes com suspeita de dengue. Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença, poderão ter, por meio do WhatsApp (61) 3317-1414, acesso a assistência e a orientações em saúde especializada.

PORTES DAS EMPRESAS - As informações captadas nesta pesquisa mostram ainda que 24,32% são de micro indústrias, 32,43% são pequenas indústrias, 27,03% de médias e 16,22% de indústrias de grande porte, segundo critério por número de funcionários e faturamento. 

Sistema FIEPE - Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além da FIEPE – que realiza a defesa de interesse do setor produtivo – conta ainda com o SESI, o SENAI e o IEL. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. O SENAI-PE, além de formação profissional, atua em metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.

Governo de Pernambuco enviará bombeiros e agentes da Defesa Civil ao Rio Grande do Sul

 


Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Pernambuco seguirão para o Rio Grande do Sul nos próximos dias para apoiar o governo gaúcho no enfrentamento à tragédia vivida pelo Estado devido às chuvas. A determinação foi da governadora Raquel Lyra, que desde que se tornou pública a situação de calamidade do Rio Grande do Sul, colocou as forças de segurança pernambucanas à disposição do governador Eduardo Leite. 

 
Ao todo, 25 homens (sendo 21 bombeiros e quatro agentes da Defesa Civil) e mais dois cães especialistas em buscas irão somar esforços com o efetivo da Defesa Nacional que o governo federal enviou, além de outros voluntários dos estados da Federação para ajudar a salvar vidas e encontrar as pessoas desaparecidas no Rio Grande do Sul.
 
“Estamos trabalhando em rede junto com o Consórcio Nordeste e levando profissionais e equipamentos. Tudo aquilo que cada um dos estados tem está sendo disponibilizado para permitir que aquele povo possa ser acalentado e para que os líderes de lá possam ter certeza de que não estão sozinhos. O que nos divide são só as fronteiras político-administrativas, mas na verdade somos um povo só”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
 
De acordo com balanço divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul na manhã desta segunda-feira (6), já são 345 municípios afetados pelas chuvas, mais de 120 mil pessoas desalojadas, 83 mortos, 276 feridos e 111 desaparecidos.
 
Link do vídeo da governadora Raquel Lyra falando sobre ajuda que será enviada ao Rio Grande do Sul:

 


O título de eleitor é o documento básico para a participação nas eleições. Neste ano, com as eleições municipais à frente, os eleitores com 16 e 17 anos podem escolher se alistar, e os com 18 anos ou mais precisam emitir o título.

O prazo para a emissão termina nesta quarta-feira (8), e o processo pode ser iniciado digitalmente, pelo autoatendimento da Justiça Eleitoral, e completado presencialmente, em um cartório eleitoral na região de votação.

Veja o passo a passo de como emitir o título de eleitor para votar nas eleições de 2024:

CADASTRO DIGITAL

O primeiro passo é fazer o cadastro e a inserção de documentos no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou do TRE do seu estado. Clique em “autoatendimento eleitoral”, em seguida, “título eleitoral”, e depois “tire seu título eleitoral”. Preencha os campos solicitados com seus dados, e durante o processo será necessário fazer o upload dos seguintes documentos, digitalizados:

  • Foto de seu rosto segurando um documento de identificação, também com foto
  • Cópia ou foto do documento de identificação (preferencialmente o RG ou carteira de identidade nacional; segundo o TSE, CNH não deve ser usada isoladamente para identificação)
  • Comprovante de residência (são possíveis conta de luz, água, fatura do cartão)
  • Certificado de quitação militar em caso de homens com mais de 19 anos (menores de 18 anos não precisam apresentar o documento)

Após o processo, será gerado um número de protocolo para acompanhamento da solicitação, que será analisada pela Justiça Eleitoral. Quando solicitado, o eleitor deve ir ao cartório para coletar a biometria e concluir a emissão do título.

PRESENÇA NO CARTÓRIO ELEITORAL

Também é possível alistar-se presencialmente, realizando o agendamento em um dos cartórios eleitorais presentes no seu estado de domicílio. No dia, leve as cópias originais dos mesmos documentos pedidos na solicitação online. No local, será tirada uma foto sua e coletada a biometria. O documento é emitido na hora, e também é possível usá-lo no e-Título.

ADOLESCENTES DE 15 ANOS PODEM TIRAR TÍTULO

Eleitores com 15 anos podem tirar o título se fizerem o aniversário de 16 anos antes do primeiro turno das eleições. Os passos são os mesmos, e para o caso dos homens, não é necessário enviar o certificado de quitação militar —o alistamento militar só ocorre quando se completa 18 anos.

AUSÊNCIA/MULTA

Quem deixou de votar na eleição passada sem justificativa, deve emitir uma guia de multa para pagamento (procure o TRE de seu estado/aqui o link para o TRE-SP). Quem não estiver em dia com a Justiça Eleitoral pode ter uma série de restrições, como ficar impedido de tirar CPF e passaporte.

Raquel Lyra sanciona lei que cria o PE Produz Polo de Confecções e fortalece empresas do Agreste

 


A Lei 18.531, que institui o Programa de Desenvolvimento do Polo de Confecções do Agreste – PE Produz Polo de Confecções, foi sancionada nesta sexta-feira (3) pela governadora Raquel Lyra. A nova política, publicada na edição deste sábado (4) do Diário Oficial, prevê a aquisição pelo Governo do Estado de fardamentos e alguns tipos de materiais escolares das empresas da área têxtil da região. A sanção ocorre após a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovar, na última segunda-feira (29), o projeto que foi enviado em 5 de março pela gestora.

“Esse projeto foi pensado para impulsionar o Polo de Confecções do Agreste e toda região no entorno, permitindo que a economia circule em todo Estado, com geração de emprego e renda e fornecendo aos alunos materiais de qualidade com preço justo. Agora, diversos itens usados pelos estudantes na rede estadual de ensino serão produzidos por empreendedores do interior de Pernambuco ou instalados lá, beneficiando o desenvolvimento econômico da nossa gente”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Com a legislação, o Poder Executivo Estadual, no Edital de Chamamento Público para os credenciamentos, poderá reservar 50% do total de itens a serem adquiridos para aquisição preferencial de microempresas e empresas de pequeno porte do Polo de Confecções do Agreste. Além disso, haverá a possibilidade de apresentação da certidão de regularidade fiscal estadual apenas quando ocorrer a efetiva contratação.

O programa sancionado tem como objetivos: reduzir as desigualdades sociais e regionais, por meio do desenvolvimento econômico e sustentável; fomentar as atividades desenvolvidas no âmbito dos arranjos produtivos das áreas têxtil e de confecções da região; e incentivar a formalização e/ou regularização das Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP estabelecidas na região, contribuindo para a arrecadação de impostos.

O PE Produz Polo de Confecções considera as empresas que tenham a matriz estabelecida nas cidades da Região de Desenvolvimento Agreste Central – RD 08 (Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Cupira, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poção, Pombos, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte e Tacaimbó) e da Região de Desenvolvimento Agreste Central – RD 09 (Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, São Vicente Férrer, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério e Vertentes).

O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco possui mais de 2 mil empresas formalizadas, que produzem cerca de 50 milhões de peças por ano. O diferencial do complexo é o fato de que ele possui um número considerável de pequenos e médios produtores, permitindo, assim, melhor equilíbrio de distribuição de renda e um ambiente favorável para o empreendedorismo e para o surgimento de novos negócios.

Reeleição passa pela boa gestão

 

Recorrendo a um lugar comum: gestor bem avaliado, dificilmente perde eleição. 

Impressiona, por exemplo, o alto índice de satisfação da população de Santa Cruz do Capibaribe com o prefeito Fábio Aragão (PSD), próximo a 80%. Neste caso, só algo grave, como a descoberta de um escândalo na gestão, pode impedir a sua reeleição, que varia de 62% a 65% nos percentuais de intenção de voto.

Em Santa Maria da Boa Vista, conforme pesquisa também do Opinião, o prefeito George Duarte tem quase 70% de avaliação positiva, em números reais 68,6%. Por isso, aparece como favorito nas eleições municipais de outubro, com 48,6%, enquanto Humberto Mendes, seu principal adversário, patina com 14,9% das intenções de voto.

Trindade, no Sertão do Araripe, também se encaixa a essa realidade. A prefeita Helbinha Rodrigues (UB) é aprovada por 64% da população, e tem mais de 50% das intenções de voto como pré-candidata à reeleição. 

Na outra ponta está Salgueiro, um dos municípios mais importantes do Alto Sertão.

Ali, o prefeito Marcones Sá (PSB) é o mais rejeitado entre os pré-candidatos porque sua gestão é aprovada por apenas 41% da população, sendo rejeitada pela maioria – 52%. Terá que fazer malabarismos para reverter a tendência do eleitorado em optar pela mudança, representada pelo empresário Fabinho Lisandro (PRD), que lidera todos os levantamentos, abrindo uma média de dez pontos de frente.

O sentimento de harmonia da população com o gestor em campanha para mais um mandato é um alento, mas não se pode bobear ou ficar de sapato alto. Até porque nenhum governo pode ser sólido por muito tempo se não tiver uma oposição temível, que pense, que crie e que explore bem os pontos falhos da gestão.

Lira fala em medidas legislativas extraordinárias para ajudar o Rio Grande do Sul

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que esta semana será de muita negociação para dar uma resposta firme e efetiva, como foi feito na pandemia, para ajudar a recuperação do Rio Grande do Sul após os temporais que atingem o estado.

Lira esteve em Porto Alegre acompanhando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e sobrevoou as áreas alagadas. Também estiveram presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, ministros e parlamentares.

Lira destacou que o Congresso vai tomar medidas legislativas extraordinárias para garantir auxílio financeiro ao estado. Ele informou que, nesta segunda-feira, técnicos da Câmara e do Senado já vão se reunir para discutir soluções.

“Nossa responsabilidade nesta semana será de perseverança, discussão e rumo para uma medida totalmente extraordinária”, afirmou.

“As diferenças políticas ficam de lado, longe de qualquer politização e polarização. Nós sabemos da cobrança e do sofrimento do povo gaúcho”, disse o presidente.

Tragédia

A Defesa Civil informou que são mais de 75 mortes, 103 desaparecidos e 107 mil desabrigados em 334 municípios afetados. Os temporais começaram há dez dias e atingiram diversas regiões do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, quatro das seis estações de água não estão funcionando. Há áreas no estado também sem energia e comunicação. O governo do estado decretou estado de calamidade.

Tarcísio abraça lema ideológico após ser alçado a herdeiro de Bolsonaro

 

Da Folha de São Paulo

Quando Tarcísio de Freitas (Republicanos) perguntou à sua equipe de marketing como vencer as eleições para governador de São Paulo em 2022, recebeu como resposta que ele precisava de Jair Bolsonaro (PL) –mas que o apoio do ex-presidente não seria o bastante. Ele também necessitava do voto de centro, refratário à radicalização representada pelo bolsonarismo.

Advindo do Ministério da Infraestrutura e com longa trajetória no setor, Tarcísio apostou na imagem de político técnico e moderado para conquistar o eleitor paulista. Mostrava gratidão ao ex-mandatário, mas nas entrevistas e discursos tentava se descolar da ideologia bolsonarista, estratégia que manteve durante o primeiro ano de governo.

“Somos pessoas diferentes, com perfis diferentes. Eu tenho uma cultura muito voltada para o resultado. Não mantive uma postura ideológica na condução do Ministério da Infraestrutura”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo em junho de 2022. “Eu nunca fui bolsonarista raiz. Não vou entrar em guerra ideológica e cultural”, disse à CNN Brasil seis meses depois.

Tarcísio levou para o seu entorno figuras que costumam transitar entre governos de diferentes orientações ideológicas. Assumiu a coordenação da transição Guilherme Afif (PSD), empresário paulista com décadas de experiência política e participação nas administrações de Dilma Rousseff (PT) e de Jair Bolsonaro. Afif é do grupo de Gilberto Kassab (PSD), que também ganhou posto-chave como secretário de Governo, aumentando a influência do PSD em São Paulo sob Tarcísio enquanto garantia para o partido três ministérios no governo Lula.

A proximidade e a influência de Kassab foi um dos motivos que causaram irritação entre os bolsonaristas no primeiro ano de gestão. Tarcísio também foi criticado por ter mantido relações republicanas com o presidente Lula e, em certos momentos, ter inclusive elogiado o governo – como no fim do ano passado, quando afirmou à revista Veja que Fernando Haddad (Fazenda) estava “fazendo a coisa certa”. O governador mantinha a postura de não encampar temas ideológicos, e isso incomodava os bolsonaristas.

Nos últimos dois meses, porém, quando seu nome começou a aparecer com mais força como herdeiro de Bolsonaro, inelegível, despontando como a principal alternativa da direita para as eleições presidenciais de 2026, Tarcísio deu mostras de que tem se sentido mais confortável para abraçar o bolsonarismo –e sua ideologia.

O ponto de virada foi na manifestação na avenida Paulista em defesa de Bolsonaro, no fim de fevereiro. Tarcísio rasgou elogios ao aliado, acuado diante do avanço das investigações que apuram se houve tentativa de golpe para mantê-lo na Presidência. O governador afirmou que Bolsonaro, que se hospedou no Palácio dos Bandeirantes naquela passagem pela cidade, não era mais só uma pessoa, mas sim a representação de um movimento.

“Você representa todos eles que descobriram que vale a pena brigar pela família, pela pátria, pela liberdade”, disse Tarcísio.

Ao fim do mês de março, na filiação da então secretária Sonaira Fernandes ao PL, o governador voltou a repetir o lema ideológico do bolsonarismo: “Bolsonaro representa o que o PL representa hoje: Deus, pátria, família e liberdade. É o que a gente está falando o tempo todo”.

O que hoje se fala o tempo todo não se falava tanto antes. O governador já havia repetido o mote anteriormente, em março de 2022, quando se filiou ao Republicanos, comandado pelo bispo licenciado Marcos Pereira. Mas essas palavras não eram constantes no vocabulário de Tarcísio, e a tônica também não esteve presente em seu programa de governo.

Com origem no fascismo italiano, o mote “Deus, pátria e família” foi adotado pelos integralistas brasileiros e pela ditadura de António de Oliveira Salazar em Portugal, no meio do século passado. Esses pilares também são a base do governo do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, aliado de Bolsonaro. O lema revela a base do orbanismo e do bolsonarismo: o nacionalismo cristão. Essa ideologia associa a identidade de um país e o pertencimento a ele à religião cristã e seus valores morais e culturais.

O dia da filiação de Sonaira ao PL foi também quando o The New York Times revelou que Bolsonaro havia dormido na embaixada húngara, poucos dias depois de ter tido seu passaporte apreendido pela PF. A notícia não provocou desconforto em Tarcísio, que disse que Bolsonaro era um líder como nunca viu igual. “Prazer de servir a esse grande líder e viver este sonho com ele”, afirmou.

Dois dias depois, questionado pela Folha sobre o episódio da embaixada, Tarcísio disse que não via “nada de mais”. No mesmo dia, em meio à pressão que fazia para o apadrinhado se filiar ao PL, Bolsonaro afirmou que um governador “peso pesado” estaria negociando a troca para o partido. “Pessoas que somam, com pensamento muito semelhante ao nosso, que tem na cabeça Deus, pátria, família e liberdade”, disse o ex-presidente.

No mês de abril, Tarcísio continuou a tecer elogios públicos ao aliado e tomou duas decisões alinhadas ao grupo.

Primeiro, no início do mês, nomeou para a secretaria da Mulher a então deputada Valéria Bolsonaro, mantendo o alinhamento ideológico ao bolsonarismo em uma pasta cujas questões têm sido centrais para a direita. Valéria, que adotou o sobrenome ao se casar com um parente distante do ex-presidente, tem uma visão conservadora sobre gênero e família, temas morais que têm sido muito explorados por políticos de direita para mobilizar suas bases.

Depois, no fim de abril, após críticas de bolsonaristas, Tarcísio revogou uma resolução da secretaria de Saúde que submetia à consulta pública uma proposta voltada para a população LGBTQIA+, criada pela própria pasta. O texto falava em “garantir acesso universal e integral às demandas pelo processo transexualizador das pessoas travestis, transexuais e pessoas com outras variabilidades de gênero na rede SUS-SP”.

No mesmo dia, no interior de São Paulo, Tarcísio desfilou ao lado de Bolsonaro, em meio à Agrishow. O ex-presidente disse que, mesmo que não retornasse ao cargo, havia plantado sementes. O governador continuou a elencar elogios ao padrinho político e puxou um coro de “Volta, Bolsonaro!”, publicado em suas redes sociais. E completou: “Hoje ninguém tem vergonha de dizer Deus, pátria, família”.

CDL lança campanha para incentivar vendas no Centro do Recife

 

Para incentivar as vendas no comércio do Centro do Recife, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) lançou ontem a campanha “Vem pro Centro Dia das Mães”. A campanha institucional vai envolver pelo menos 1.500 lojas da região central da capital pernambucana e também estabelecimentos do shopping Boa Vista. Na ação, cada estabelecimento terá sua estratégia para atrair os clientes. De acordo com o presidente da CDL Recife e também do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Bens e Serviços (Sindilojas Recife), Fred Leal, a expectativa é incrementar em pelo menos 5% as vendas deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A iniciativa vai envolver cartazes, faixas nas ruas e uma bandinha, que vai circular pelas ruas centrais da capital pernambucana no dia. O mote é destacar variedade, preço baixo e qualidade nos produtos.

Mais de um presente

Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que 78% dos consumidores devem realizar pelo menos a compra de um presente no período. Na lista estão mães (75%), esposa (18%), sogra (16%) e avó (12%). A sondagem, feita em todas as capitais, revela que 18% dos consumidores devem gastar até R$100, enquanto 23% compraram presentes entre R$101 a R$200. Entre os itens mais procurados estão roupas, perfumes e cosméticos, além de calçados e acessórios e serviços como almoço ou jantar fora. Para o varejo, o Dia das Mães é considerado a principal data comemorativa do primeiro semestre e a segunda mais importante do ano, perdendo somente para o Natal.

Bolsonaro diz que Lula e Moraes querem “destruir” a direita no Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que o objetivo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é “destruir a direita no Brasil”. Bolsonaro não citou o magistrado nominalmente e se referiu a ele como “um juiz que preside o [TSE] Tribunal Superior Eleitoral”.

Bolsonaro participou do Space, podcast ao vivo no X (antigo Twitter), do jornalista australiano Mario Nawfal. Durante sua participação, o ex-presidente afirmou que existe uma perseguição do Governo Federal e do Poder Judiciário contra políticos e perfis de direita. As informações são do Poder360.

Na visão de Bolsonaro, a imprensa tradicional é aliada da esquerda, enquanto as redes sociais são a única forma da direita combater as narrativas de seus adversários. Segundo o ex-presidente, o Judiciário mira as plataformas digitais só para calar as vozes de direita.

Bolsonaro também declarou que aguarda a apresentação de provas do dono do X, Elon Musk, de que Moraes censura arbitrariamente perfis de direita na rede social. Para o antigo chefe do Executivo, o Brasil precisa de apoio externo para expor os “abusos autoritários” praticados no país.

Bolsonaro foi convidado a participar do programa de Nawfal para discutir “os desafios da liberdade de expressão no Brasil”. Existia a expectativa de que Elon Musk, dono do X, participasse da conversa, mas o bilionário sul-africano não compareceu.

O ex-presidente participou do Space de Manaus. Em sua 1ª fala, Bolsonaro agradeceu Elon Musk pela tecnologia da Starlink que estava possibilitando que ele participasse do programa da região amazônica.

Bolsonaro teve dificuldades técnicas para participar do podcast na plataforma. Segundo o jornalista australiano, o perfil oficial do ex-presidente não conseguiu acessar o Space e só foi capaz de participar do programa através do perfil do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM).

O apresentador também declarou que diversos brasileiros reportaram dificuldades em escutar o programa e precisaram utilizar VPN (virtual private network, ou rede privada virtual, em tradução livre) para ouvir o Space.

Depois da conversa com Bolsonaro, Nawfal convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a participar do programa para ouvir “o seu lado da história”.

Nova raspadinha da Caixa pagará cerca de R$ 1 bilhão em prêmios

 

Por Houldine Nascimento*

A Caixa Econômica Federal programa o retorno da Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva) – também conhecida como raspadinha – em 2024. Os preparativos estão sendo feitos para que o produto volte a ser vendido ainda no 1º semestre.

O Poder360 apurou que a expectativa de arrecadação com a nova raspadinha seja de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões nos 24 meses em que a instituição financeira irá comercializar o jogo com exclusividade. Em 20 de março, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, havia adiantado a estimativa a este jornal digital.

Internamente, a avaliação da cúpula do banco é a de que a projeção é conservadora. Desse valor, 65% (cerca de R$ 1 bilhão) serão destinados ao total de pagamento de prêmios. “O payout [pagamento de prêmios] é bem alto e maior do que o historicamente pago”, afirma Lucíola Vasconcelos, presidente da Caixa Loterias, ao Poder360.

A subsidiária será responsável por operar o jogo. O prazo de exclusividade passa a contar a partir da 1ª emissão de bilhetes do produto lotérico em meio físico ou digital.

Em dezembro de 2023, o Ministério da Fazenda autorizou a instituição financeira a retomar a Lotex. Os valores das apostas irão de R$ 2,50 a R$ 20.

Para o bilhete mais barato, os prêmios devem atingir até R$ 250 mil. O valor máximo de cada jogo resultará em pagamentos de até R$ 2 milhões.

Até 2015, quando a raspadinha havia sido descontinuada, os jogos custavam de R$ 0,50 a R$ 2. Naquela época, o prêmio máximo era de R$ 600 mil.

Além das casas lotéricas, as apostas poderão ser feitas de forma virtual, com um simulador. Os prêmios até R$ 2.259 serão resgatados nas loterias. A partir desse valor, o ganhador terá de se dirigir a uma agência da Caixa Econômica. O Poder360 apurou que o banco estuda que o resgate possa ser feito também on-line para dar maior comodidade ao apostador. 

Destinação social

Também há uma parte do jogo voltada a áreas sociais (16,7% de tudo o que for arrecadado). Vasconcelos defende que o retorno da raspadinha é importante por destinar parte dos recursos para o social.

“A volta da Lotex é positiva. É um jogo que a gente sabe que tem muito apelo. É divertido, dinâmico, de fácil entendimento e que contribui para a sociedade”, declara.

Temáticas variadas

A Caixa Loterias pretende tornar o jogo ainda mais atrativo, com uma infinidade de temas. Datas comemorativas como Dia das Mães, Carnaval e São João devem estar entre as temáticas, bem como jogos de tabuleiro –caso do banco imobiliário.

Modalidades esportivas, a exemplo de futebol, vôlei, basquete e tênis, também devem fazer parte do cardápio da nova raspadinha. 

Entenda a volta

A Lotex operou no Brasil dos anos 1960 até 2015, quando foi descontinuada por determinação da CGU (Controladoria Geral da União), que contestou a legalidade da operacionalização. Em 2018, uma nova legislação retomou a modalidade na forma de concessão, por meio de processo licitatório.

À época, 2 leilões foram realizados sem atrair interessados. As exigências foram flexibilizadas e, em 2019, as empresas IGT (International Game Technology), e SG (Scientific Game), na forma de consórcio, venceram a concorrência da 1ª concessão da Lotex realizada no país.

O grupo projetou o início das operações para 2020, mas desistiu do negócio depois de considerar que o serviço só seria viável por meio de um contrato de distribuição com a Caixa, que não foi viabilizado.

Em 28 de fevereiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retirou a Lotex do programa de desestatização. A ação foi oficializada por meio do Decreto 11.935, de 2024.

*Do Poder360

Sancionada lei do Pernambucano Produz

 

A Lei 18.531, que institui o Programa de Desenvolvimento do Polo de Confecções do Agreste – PE Produz Polo de Confecções, foi sancionada na sexta-feira (3) pela governadora Raquel Lyra. A nova política, publicada na edição de sábado (4) do Diário Oficial, prevê a aquisição pelo Governo do Estado de fardamentos e alguns tipos de materiais escolares das empresas da área têxtil da região. A sanção ocorre após a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovar, na última segunda-feira (29), o projeto que foi enviado em 5 de março pela gestora. 

“Esse projeto foi pensado para impulsionar o Polo de Confecções do Agreste e toda região no entorno, permitindo que a economia circule em todo Estado, com geração de emprego e renda e fornecendo aos alunos materiais de qualidade com preço justo. Agora, diversos itens usados pelos estudantes na rede estadual de ensino serão produzidos por empreendedores do interior de Pernambuco ou instalados lá, beneficiando o desenvolvimento econômico da nossa gente”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Com a legislação, o Poder Executivo Estadual, no Edital de Chamamento Público para os credenciamentos, poderá reservar 50% do total de itens a serem adquiridos para aquisição preferencial de microempresas e empresas de pequeno porte do Polo de Confecções do Agreste. Além disso, haverá a possibilidade de apresentação da certidão de regularidade fiscal estadual apenas quando ocorrer a efetiva contratação.