Pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisas Eleitorais (ABRAPEL), mostra que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49% das intenções de voto neste segundo turno das eleições para a Presidência da República.
O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem 43%. Votos brancos e nulos somam 6%. Não sabe ou não respondeu corresponde a 2% do eleitorado.
O levantamento foi realizado nos dias 17 e 18 de outubro e foram entrevistadas 1.100 pessoas de todas as regiões do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-06307/2022. Levando em conta somente os votos válidos, Lula tem 53% e Bolsonaro, 47%.
Esse é o segundo levantamento feito pelo IPESPE/ABRAPEL neste segundo turno. Em relação à primeira pesquisa, Lula oscilou um ponto para baixo, enquanto Bolsonaro se manteve estável.
O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) cobrou do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Ministério da Educação (MEC) e Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que informem as medidas adotadas pelos órgãos federais para fiscalização das verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), bem como do cumprimento da aplicação do limite mínimo constitucional de 25% em Pernambuco e nos demais entes subnacionais. O caso é de responsabilidade da procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.
O MPF requisitou que FNDE e MEC esclareçam as medidas adotadas em razão da omissão e do preenchimento irregular de dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), mantido pelo FNDE, por parte do Estado de Pernambuco. Ademais, exige esclarecimento a respeito da política de fiscalização da aplicação da complementação federal ao Fundeb por parte dos demais estados e municípios. FNDE e MEC também deverão prestar esclarecimentos sobre a existência de política nacional de transparência dessas verbas aplicadas pelos entes subnacionais, entre outros esclarecimentos.
Da STN, o MPF demanda medidas quanto à omissão e do preenchimento irregular de dados do Siope pelo Estado de PE, inclusive a respeito da adoção de medidas legais consistentes na suspensão das transferências voluntárias e da contratação de operações de crédito com recursos oriundos da União. STN deverá informar, ainda, se a metodologia do atual Manual de Demonstrativos Fiscais para preenchimento de dados no Siope é capaz de detectar a manobra contábil utilizada pelo Estado de Pernambuco – utilização de Dotação Orçamentária Especial – para ocultar a contabilização de valores com aposentados e pensionistas no cálculo da aplicação do mínimo constitucional em educação.
Em 2021, pesquisas realizadas pela Assessoria de Pesquisa e Análise Descentralizada do MPF detectaram ausência de elementos mínimos de transparência ativa tanto dos gastos relacionados ao Fundeb por parte do Estado de Pernambuco, quanto das despesas realizadas em favor de aposentados e pensionistas. Nas pesquisas, foi constatado que o portal de transparência do Estado de PE, ao tratar das despesas com pessoal com recursos oriundos do Fundeb, trazia identificações genéricas, sem informar que os gastos se referiam a pessoal ativo ou inativo, com dados fragmentados em diversos portais e documentos, o que não possui embasamento na Lei de Acesso à Informação.
Entre 2020 e 2030, se governos globais não adotarem medidas urgentes para incentivar a atividade física, cerca de 500 milhões de pessoas irão desenvolver doenças cardíacas, diabetes, obesidade ou outras DNTs (doenças não transmissíveis) em decorrência do sedentarismo.
Também chamada de inatividade física, a condição irá custar anualmente em torno de R$ 142 bilhões (US$ 27 bilhões) aos cofres dos 194 países analisados. O percentual equivale a mais de R$ 1,5 trilhão até 2030 (US$ 300 bilhões).
Os números foram publicados nesta terça-feira (18) no relatório inédito de status global sobre atividade física 2022, organizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
As doenças cardiovasculares, por sua vez, especialmente infarto e AVC (acidente vascular cerebral), já mataram, em 2022, mais de 300 mil brasileiros – uma média de 1.100 por dia, ou 46 por hora, segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).
Os números demonstram a importância da atividade física, já que “é bom para a saúde pública e faz sentido econômico promover mais atividade física para todos”, disse Ruediger Krech, diretor do Departamento de Saúde, em comunicado divulgado pela OMS.
O relatório analisou os dados de 194 países e evidenciou que o progresso dos governos na implementação de recomendações para atividades físicas em todas as idades é lento e precisa ser acelerado, para elevar os níveis de prática de atividades físicas, prevenir doenças e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde.
Apenas 30% desses países têm diretrizes nacionais de atividade física que contemplam todas as faixas etárias. Além disso, menos de 50% têm uma política nacional voltada ao assunto – e menos de 40% delas estão funcionando.
Quando o relatório avaliou o sistema de supervisão de atividade física, percebeu que menos de 30% dos países monitoram a prática entre crianças menores de cinco anos. Quase todos eles relatam ter esse sistema para adultos e 75% para adolescentes.
Levando-se em consideração as políticas que poderiam incentivar o transporte ativo e sustentável (efetivo no combate ao sedentarismo), como a caminhada e o ciclismo, apenas pouco mais de 40% dos países têm projetos de estradas que tornam a prática segura.
“Precisamos de mais países para ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas. Os benefícios são enormes, não apenas para a saúde física e mental dos indivíduos, mas também para as sociedades, ambientes e economias” disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ainda que as políticas nacionais para combater as DNTs e o sedentarismo tenham aumentado nos últimos anos, hoje, 28% delas não são financiadas ou não foram de fato implementadas.
A estudante Verônica Nunes, de 23 anos, recebeu o diagnóstico de diabetes tipo 1 em 2011. Desde criança, teve recomendações médicas para praticar atividades físicas.
“Quando eu tinha 12 anos, eu tinha que fazer caminhada. Depois que fiquei mais velha, eu comecei a ir à academia. Eu nunca fui uma pessoa que gosta de academia, mas eu precisava por conta do diabetes”, conta Verônica.
A estudante explica que a atividade física ajuda a controlar a glicemia e a insulina, e que pessoas com essa condição devem sempre acompanhar os níveis de glicemia e ter algum alimento na bolsa durante os exercícios (qualquer um que tenha açúcar ou que transforme o carboidrato rapidamente em açúcar), pois ela pode baixar.
“Na pandemia, eu comecei a não me cuidar direito, cheguei a ter 100 kg, e, ao invés de eu só ter a diabetes tipo 1, eu também estava começando a ter a tipo 2 junto. Ao invés de estar cuidando de uma diabetes, eu ia estar cuidando de duas. Então, é muito importante fazer atividade física, por mais simples que seja – uma caminhada, corrida, funcional, natação, qualquer tipo de exercício. Meus médicos pediam e tinha recomendação para eu fazer atividade física, era muito importante, além, obviamente, da alimentação”, relata Verônica.
A estudante relembra que, em determinada época, ela não precisava aplicar muita insulina no corpo – apenas em torno de duas canetas – graças ao exercício físico, que estimula a produção e ajuda no transporte da substância.
“A insulina deixa você com mais fome e também dá mais possibilidade de você engordar, e engordar prejudica o diabetes. Então, eu preciso da insulina, mas também não posso abusar dela. O jeito de eu conseguir, além de remédios, é a atividade física, uma fonte natural e excelente”, conclui.
Pandemia do novo coronavírus
Assim como Verônica, milhões de pessoas deixaram de praticar atividades físicas durante a pandemia de Covid-19. No mesmo período, as campanhas nacionais de comunicação e os eventos voltados para a prática também foram paralisados. Nos últimos dois anos, apenas pouco mais de 50% dos países fizeram uma dessas iniciativas.
Essa situação também afetou a implementação de outras políticas e aumentou as desigualdades no acesso às práticas de atividade física em comunidades, por exemplo.
“Precisamos facilitar programas inclusivos de atividade física para todos e garantir que as pessoas tenham acesso mais fácil a eles. Este relatório emite um apelo claro a todos os países para uma ação mais forte e acelerada de todas as partes interessadas relevantes, trabalhando melhor em conjunto para atingir a meta global de uma redução de 15% na prevalência de inatividade física até 2030”, alerta a OMS.
A empresa Garoto terá que recolher dois lotes de chocolates após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta terça-feira (18).“O procedimento de recolhimento foi iniciado pela empresa, tendo em vista a constatação de avaria em um dos equipamentos de produção da fábrica com risco de conter pequenos fragmentos de vidro em produtos dos lotes mencionados, podendo causar lesões na boca ou mucosas”, informou.
Um dos lotes é o da barra de 80 gramas do chocolate ao leite de castanha de caju. O outro é do chocolate ao leite com Castanhas de Caju e Uvas Passas, também de 80 gramas. De acordo com a documentação apresentada pela empresa à Anvisa, a maior parte dos produtos dos lotes implicados não foi comercializada, porém, alguns produtos foram distribuídos em Vila Velha (ES) e no estado de Santa Catarina.
Diante da iniciativa da Garoto, a Anvisa informou ainda ter publicado hoje (18) a Resolução-RE nº 3.420 (de 17 de outubro deste ano), que determina a proibição de comercialização, distribuição e uso, além do comunicado do recolhimento voluntário dos dois lotes do produto.
Os lotes em questão são o 225212941G: chocolate ao leite com Castanhas de Caju, marca Garoto, tablete 80g, validade 09/09/2023; e o 225312941G: chocolate ao leite com Castanhas de Caju e Uvas Passas, marca Garoto, tablete 80g, validade 09/09/2023.
Consumidores
Os consumidores que eventualmente tiverem adquirido produtos dos lotes em questão não devem consumi-los. A embalagem deve ser guardada e o cliente deve entrar em contato com o Serviço ao Consumidor Garoto, pelo telefone 0800 055-9550, de segunda a sexta, das 8h às 18h, exceto feriados, ou pelo e-mail sacgaroto@garoto.com.br para troca ou reembolso gratuito.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) a medida provisória (MP) que libera a compra de vacinas contra a covid-19 pela iniciativa privada. O texto segue para o Senado, onde precisa ser votado até o dia 25 de outubro para não perder a validade.
Ao editar a proposta, em vigor desde junho, o governo federal argumentou que a vacinação no país atingiu doses suficientes para contemplar 100% dos grupos prioritários. Além disso, o Ministério da Saúde mantém contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses e a possibilidade de compra adicional de 50 milhões.
A MP revoga a obrigatoriedade de doação de parte dos estoques comprados pela iniciativa privada ao Sistema Único de Saúde (SUS),, como previa lei aprovada durante a pandemia (Lei 14.125 de 2021).
“[A revogação da lei] permitirá a aquisição de vacinas pela iniciativa privada diretamente junto aos fornecedores, como acontece com as demais vacinas, sem o requisito da doação ao SUS, que já possui contratos firmados para distribuição de vacinas contra a covid-19 para o ano de 2022, colaborando, assim, com o poder público na superação do cenário pandêmico mundial”, argumentou a relatora, deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
Na avaliação da deputada, o cenário atual não é mais o vivenciado em 2021, quando foi registrado escassez de vacinas no Brasil e no mundo. Naquela ocasião, a iniciativa privada não estava autorizada a adquirir vacinas contra a covid-19, em detrimento do Poder Público. Ventura ponderou que o SUS já fez as compras de vacina para cumprir o calendário de 2022.
“Existem ainda cerca de 70 milhões de doses de vacinas covid-19 em estoque, o que traz segurança para a continuidade da vacinação no Brasil adicional aos contratos já assinados para o ano de 2022”, disse a deputada.
O boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (18) aponta que o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 687.326 mortes por covid-19. Segundo a pasta, o número total de casos confirmados da doença é de 34.762.873.
Em 24 horas, foram registrados 8.283 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 83 mortes de vítimas da covid-19. Ainda segundo o boletim, 33.984.783 pessoas se recuperaram da doença e 90.764 casos estão em acompanhamento.
Tocantins e Ceará não atualizaram os dados nesta terça-feira.
Boletim covid-19 de 18 de outubro de 2022 – Ministério da Saúde
Estados
De acordo com os dados divulgados, São Paulo lidera o número de casos, com 6,12 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (149,7 mil). Em seguida, aparece Roraima (175 mil) e Amapá (178,3 mil).
Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes, São Paulo apresenta o maior número (175.334), seguido de Rio de Janeiro (75.766) e Minas Gerais (63.842). O menor número de mortes está no Acre (2.029), Amapá (2.164) e Roraima (2.175).
Vacinação
Segundo Ministério da Saúde, foram aplicadas 486.094.373 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180,1 milhões como primeira dose e 161,8 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.
A Caixa Econômica Federal paga hoje (19) a parcela de outubro do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 6. Esta é a terceira parcela com o valor mínimo de R$ 600, que vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada em julho pelo Congresso Nacional.
A emenda também liberou a inclusão de 2,2 milhões de famílias no Auxílio Brasil. Com isso, o total atendido pelo programa subiu para 20,65 milhões.
O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Em janeiro, o valor mínimo do Auxílio Brasil voltará a R$ 400, a menos que uma nova proposta de emenda à Constituição seja aprovada. Tradicionalmente, as datas do Auxílio Brasil seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês. No entanto, portaria editada no início de outubro antecipou o pagamento da parcela deste mês, que ocorre entre os dias 11 e 25.
Final do NIS
Data
1
11/10
2
13/10
3
14/10
4
17/10
5
18/10
6
19/10
7
20/10
8
21/10
9
24/10
0
25/10
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também é pago hoje às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 6. Com valor de R$ 112 neste mês, o benefício segue o calendário do Auxílio Brasil.
Com duração prevista de cinco anos, o programa beneficiará 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026. O benefício, que equivalia a 50% do preço médio do botijão de 13 quilos nos últimos seis meses, foi retomado em agosto com o valor de 100% do preço médio, o que equivale a R$ 112 em outubro. O aumento vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada pelo Congresso.
Pago a cada dois meses, o Auxílio Gás originalmente tinha orçamento de R$ 1,9 bilhão para este ano, mas a verba subiu para R$ 2,95 bilhões após a promulgação da emenda.
Só pode fazer parte do programa quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família tem preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Benefícios básicos
O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.
Podem receber os benefícios extras as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e de até R$ 200, em condição de pobreza.
A Agência Brasil elaborou guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro do ano passado.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) projeto de lei que amplia a assistência às gestantes e mães antes, durante e após o parto (puerpério). O projeto segue para o Senado.
A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para garantir assistência psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e puerpério, com encaminhamento de acordo com prognóstico. O texto prevê que poderá ser fornecido às mulheres inscritas no CadÚnico um kit curativo do coto umbilical e um kit enxoval.
“O estado emocional da mãe não apenas é determinante para o bom andamento do trabalho de parto, como impacta definitivamente o bebê e reflete em seu desenvolvimento. Igualmente, o puerpério é um período em que a mulher, devido ao grande estresse fisiológico e à súbita alteração nos níveis hormonais, encontra-se extremamente vulnerável e mais suscetível a desencadear transtornos psíquicos”, justificou o relator, deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO).
O texto também estabelece que os hospitais públicos e particulares que atendem gestantes deverão desenvolver atividades de educação, conscientização e esclarecimentos a respeito da saúde mental da mulher no período de gravidez e puerpério.
Uma tentativa de homicídio foi registrada no início da noite dessa sexta-feira (14), na Quadra E do Residencial Nossa Senhora da Conceição. A polícia foi avisada que um homem identificado como Victor Oriel, havia pulado o muro de uma residência e se recusava a sair, relatando que elementos queriam lhe matar.
Victor disse aos policiais, que estava indo comprar ração para seu animal, acompanhado da mulher e do filho, quando ouviu alguém falar “atira neguinho”, e um homem se aproximou e efetuou disparos de arma de fogo, porém não foi atingido, e que outro elemento saiu do mato atirando, momento em que correu e pulou o muro.
Segundo a Polícia Militar, Victor Oriel disse ainda que não reconheceu os indivíduos, mas confessou ter praticado um roubo a um motoboy, por volta das 18:30h do dia anterior. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil local.
O Hospital Regional Fernando Bezerra (HRFB), em Ouricuri – referência em média complexidade para a população do sertão do Araripe – colocou em funcionamento, na tarde de ontem (13), um tomógrafo de última geração para qualificar, ainda mais, o atendimento à população que acessa o serviço. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 2 milhões na aquisição do equipamento e nas obras de qualificação da estrutura física para a sua operacionalização. A inauguração ocorreu com a presença do secretário estadual de Saúde, André Longo; do deputado federal Tadeu Alencar; do deputado estadual Antônio Fernando; e do prefeito de Ouricuri, Ricardo Ramos e da irmã Fátima Alencar, do Instituto Social das Medianeiras da Paz (ISMEP), entidade gestora do HRFB.
O tomógrafo vai auxiliar nos atendimentos de traumatologia e também nos diagnósticos de acidente vascular cerebral, qualificando a assistência aos pacientes internados na unidade de saúde. Com isso, os usuários não vão mais precisar ser transferidos, ou deslocados para outras unidades de saúde para realizarem os exames complementares. A unidade já conta com sala de imagem e realiza ultrassonografia e raio-X digital.
“O Hospital Regional de Ouricuri é um suporte importante da rede pública estadual para os pacientes que utilizam o SUS no interior do Estado. Com a instalação do novo tomógrafo, os pacientes terão à disposição este novo exame que possibilita otimizar a demanda dos diagnósticos por imagem, aumentar a resolutividade e qualificar a assistência aos pacientes”, pontua o secretário estadual de Saúde, André Longo. A ordem de serviço para instalação do equipamento foi assinada pelo governador Paulo Câmara em agosto deste ano. A aquisição do tomógrafo foi viabilizada graças ao aporte de recursos no fundo estadual de saúde por meio de emenda parlamentar do deputado federal Tadeu Alencar, que liberou espaço orçamentário para compra do equipamento.
A unidade conta, atualmente, com 106 leitos, sendo 20 leitos de Terapia Intensiva (UTI). O HRFB possui emergência para atendimentos nas áreas de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, traumatologia e obstetrícia; além de realizar cirurgias, atendimentos ambulatoriais eletivos, emergenciais e consultas em diversas especialidades (ortopedia, urologia, ginecologia e pré-natal de alto risco). A unidade também realiza partos e é referência em Síndrome Respiratória Grave (Srag) para pacientes da região. Por mês, realiza cerca de 6 mil atendimentos de urgência e emergência; cerca de 400 cirurgias (urgência e eletivas); uma média de 2 mil atendimentos ambulatoriais; 160 partos e quase 700 internamentos.
UTI PEDIÁTRICA – Durante a visita ao Hospital Regional de Ouricuri, o secretário André Longo também conferiu as obras para implantação de 10 leitos de Terapia Intensiva voltada para o público infantil na unidade Serão 5 leitos de UTI pediátricos e 5 leitos de UTI neonatais, que serão entregues em dezembro deste ano.
A Secretaria de Saúde faz um convite especial para as crianças petrolinenses. É que nesse sábado (15), na Unidade Básica de Saúde Júlio Andrade, no Cacheado, as equipes de saúde bucal irão promover um encontro educativo com todas as crianças. A atividade é voltada aos cuidados com os dentes.
As equipes estarão a partir das 8h30 para receber as crianças. Serão realizadas atividades lúdicas, avaliação bucal, distribuição de kits e orientações sobre o cuidado com a saúde da boca. Para participar basta comparecer a unidade.
“Estamos desenvolvendo essa ação com o objetivo de incentivar o cuidado com a saúde bucal, tendo a criança como exemplo dentro de casa, pois a mesma leva informação aos pais, tornando a atividade uma prática coletiva”, destaca a diretora de Saúde Bucal, Roberta Teixeira.
Desde o primeiro dia que entrou em sala de aula, há 33 anos, o professor de geografia Paulo Roberto Magalhães, 57 anos, sonha em contribuir para melhorar a sociedade e fazê-la acreditar que o caminho da mudança está atrelado à educação.
Professor de uma escola pública na região central de São Paulo, ele conta que a violência urbana é a tônica local e que as famílias dos alunos fogem à estrutura nuclear tradicional e muitas vivem em situação de vulnerabilidade.
Mestre em arquitetura e urbanismo, o professor desenvolveu um projeto, em 2016, para levar os estudantes a visitações em vários pontos da capital paulista, para mostrar, a partir de fotografias antigas, como se deu a ocupação do espaço e como isso influencia a vida na região, em especial no Glicério, onde está inserida a escola em que ele trabalha: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias. Surgiu assim o projeto Aula Pública: Além dos muros da escola.
Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores – Acervo pessoal
“Através da Aula Pública, tornou-se possível contribuir de forma mais eficaz para a formação intelectual e cidadã dos alunos, incentivando a compreensão e o entendimento de questões políticas da sociedade brasileira a partir de dados da sua região. Este projeto, na medida do possível, tem contribuído para formar líderes, desdobrando-se na vertente do objetivo inicial: compreender e fortalecer o processo de transformação do espaço e sua real ocupação, além de melhorar os índices de aproveitamento escolar”, afirma o docente.
O início da empreitada, entretanto, contou com desafios: a própria comunidade não via com bons olhos os alunos saindo para campo, fotografando o bairro ou tentando entrevistar os moradores. “Às vezes, ouvíamos na rua pessoas em rodinha perguntando: ‘quem é esse cara?’, ou ‘lugar de aluno é na sala de aula!’. Mas, a relevância de sair da sala e a minha persistência fez com que nossos alunos reconhecessem a importância de preservar o espaço público e de reconhecer, através dele, o seu papel na sociedade”.
Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, um outro desafio veio à tona: com o isolamento social, o educador não podia levar os estudantes às experiências presenciais. Surgiu a ideia de ir sozinho aos locais para fotografar e criar conteúdos virtuais que proporcionassem aos alunos a sensação de ter estado naquele lugar. “Como eu não podia levar meus alunos para as ruas, eu trouxe as ruas para as telas deles”, destaca Paulo.
A iniciativa levou o professor a ganhar o Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, uma iniciativa que reconhece o trabalho das instituições de ensino e da sociedade civil na defesa e promoção dos direitos humanos por meio da educação, promovido pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Paulo conta que, durante o isolamento imposto pelo surto sanitário, as atividades tinham de ser lúdicas e envolventes. “Utilizamos jogos para prendermos a atenção dos alunos, e eles, felizmente, não se afastaram da escola”, comemora.
Quanto ao prêmio, ele diz que se sentiu fortalecido. “E corajoso a enfrentar todos os desafios que virão pela frente a partir do prêmio, pois defender um projeto que representa o nosso país em educação em direitos humanos, nos dá uma responsabilidade enorme, que o educador ele pode sim, transformar a nossa sociedade e lutar pelos seus direitos e deveres. Sempre olhando de forma positiva que um dia todos serão respeitados dentro da lei”.
Cruzando Fronteiras
Um dos eixos de atuação da OEI envolve a promoção do bilinguismo. Os idiomas das nações ibero-americanas pautaram iniciativas pelo Brasil, como o Programa Ibero-americano de Difusão da Língua Portuguesa, criado para valorizar as duas línguas oficiais – espanhol e português – e potencializar o uso das línguas em um modelo bilíngue na região ibero-americana.
Para estimular estudos relevantes sobre o bilinguismo, que mostrem a importância geopolítica dos dois idiomas, o programa busca identificar, promover e reconhecer experiências educativas realizadas por escolas da rede pública de ensino que se destacam no ensino bilíngue e intercultural.
Assim surgiu o Prêmio Cruzando Fronteiras, que reconhece as experiências educacionais de interculturalidade e bilinguismo nas escolas da rede pública de educação básica formal, englobando a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, e instituições de educação profissional técnica de nível médio.
O trabalho premiado – o “Club de Lectores” – foi organizado pela professora Sarah Corrêa Carneiro, de 46 anos – Acervo pessoal
Um das instituições premiadas este ano foi a Escola Intercultural Brasil-México (CIEP 413), de ensino bilíngue, localizada no bairro de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que venceu na categoria Região Sudeste.
A instituição atua junto às comunidades carentes da região com atividades culturais e, na crise sanitária, em que muitos alunos abandonaram os estudos ou ficaram desmotivados, desenvolveu ações voltadas à música, dança e teatro, colocando o aluno como protagonista em todos os projetos.
O sucesso das atividades culturais se refletiu no aumento de matrículas e na criação de turmas bilíngues de 6º ano e resultou ainda no projeto Clube de Leitores, que envolve crianças desta série em aulas de espanhol, por meio de atividades lúdicas. O trabalho premiado – o “Club de Lectores” – foi organizado pela professora Sarah Corrêa Carneiro, de 46 anos.
A professora conta que o projeto surgiu da ideia de estimular a leitura, aprimorar o vocabulário e a pronúncia na língua espanhola. O recurso utilizado foram revistas em quadrinhos da Turma da Mônica, na versão em espanhol.
Há 22 anos lecionando espanhol, Sarah conta que o reconhecimento do prêmio a motivou como professora. “Nossa, nem acreditei quando soube do prêmio. Isso me deu um gás para continuar e não desistir. Ter a certeza que estou no caminho certo”.
Para outros educadores, ela deixa uma mensagem de incentivo: “Não desista! Ame o que faz. É difícil, é cansativo, às vezes não temos ajuda e ninguém acredita. Mas se você acredita, faça, realize e lute por ele. O importante é ver o resultado maravilhoso por algo que você idealizou e acreditou. E mais do que isso, colocando sempre o aluno como protagonista da atividade.”
Tríplice fronteira
Na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, mais um caso em que professores inovaram e conquistaram a atenção dos estudantes.
Em Foz do Iguaçu (PR), a arte de disseminar o bilinguismo e fortalecer os idiomas espanhol e português rendeu à Escola Municipal Professor Pedro V. Parigot de Souza, a conquista do Prêmio Cruzando Fronteiras, na categoria nacional, que reconheceu as práticas para fomentar o bilinguismo entre o público infantil, que já convive com essa realidade.
Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores – Acervo pessoal
A unidade recebe crianças das cidades vizinhas que têm o espanhol como idioma materno.
“Por causa dessa característica, funcionamos de forma bilíngue, recebendo alunos da Argentina e do Paraguai, e, mais recentemente, da Venezuela. Por isso, pensamos em ações onde o aluno falante de espanhol é inserido em uma troca de linguagem com os estudantes que falam português. A gente quer que o aluno nos ensine o idioma dele”, explica a coordenadora pedagógica da instituição, Viviane Marques.
“Uma experiência muito rica foi com os alimentos. A professora trouxe vários tipos de milho, comparamos com o nosso, trabalhamos a pipoca, a polenta, a lenda do milho nas duas línguas, foi uma experiência muita rica para as crianças”, destaca Viviane.
Funcionando em tempo integral, a escola investe na capacitação dos professores e oferece, no contraturno, aulas de espanhol. “No começo, a dificuldade foi a língua espanhola ser entendida pelos professores, mas hoje todos estão comprometidos”.
Além disso, os idiomas são trabalhados em atividades lúdicas com os alunos.
“Temos a semana do folclore, por exemplo, em que focamos em temas brasileiros e sul-americanos. Aqui, as crianças usam expressões em espanhol, e fazem essa troca, uma aprende o idioma da outra”, comemora a professora, que tem como próximo desafio montar uma biblioteca bilíngue na escola.